“Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.” Lucas 2.40
Será que Jesus, sendo verdadeiramente Deus, precisava da ação do Espírito Santo em Sua vida?
II – A AÇÃO DO ESPÍRITO NA VIDA DE JESUS
Já vimos que o Espírito Santo agiu na encarnação de Jesus para que Ele assumi-se uma natureza humana, tornando-se um de nós para ser nosso representante na cruz – ato realizado pelo Espírito (Jo 1.14; Mt 1.18), e para que sua natureza humana fosse preservada do pecado e da culpa do pecado de Adão (Hb 7.26).
Ocorre que o Espírito Santo não manteve Jesus livre do pecado somente em sua concepção, mas durante toda a sua vida.
Jesus era, em um sentido totalmente único, cheio do Espírito. Ele era cheio do Espírito de forma ilimitada (Jo 3.34). Mesmo assim, houve crescimento em Sua vida espiritual. Enquanto Ele não podia progredir ou melhorar Sua natureza divina, pois sempre foi completa e perfeita, Sua natureza humana passou por todas as fases da vida até se tornar um adulto.
O desenvolvimento espiritual e intelectual da natureza humana de Jesus não foi automático, mas foi fruto da operação do Espírito Santo na vida dEle, conforme Isaías havia profetizado (Is 11.2).

Sempre que Suas capacidades humanas iam se desenvolvendo no curso do tempo, eram desenvolvidas em santidade. Durante toda a sua vida, o Espírito esteve sobre Ele, Sua natureza humana era perfeitamente santa e pura, e foi preservada sempre assim pelo Espírito Santo.
Se Cristo, o homem perfeito, que foi concebido sem mácula por obra do Espírito Santo e foi preservado, pelo Espírito Santo, livre de todo pecado durante toda a Sua vida, precisou da ação do Espírito, muito mais precisamos nós, que somos pecadores e temos que lutar diariamente contra o pecado.
Rev. Jonas M. Cunha (adaptado)