A oração do Pai nosso é feita em termos familiares: Jesus nos ensina a invocar Deus como nosso Pai; do mesmo modo que Ele fez (Mt 26.39; Jo 17.1-5).
A questão é que Jesus era Filho de Deus por natureza, a 2ª pessoa da Trindade, nós, porém, somos criaturas de Deus. Que direito temos nós então, de chamar Deus de Pai?
O ponto de Jesus não é que todos os homens são filhos de Deus por natureza, mas que seus discípulos foram adotados na família de Deus, pela graça (Jo 1.12; Gl 4.4,5).
Em outros textos, Jesus destacou que seus discípulos deveriam orar em seu nome e por meio dele – isto é, olhando para ele como o único caminho ao Pai (Jô 14.6, 13; 15.16). Somente aqueles que olham para Jesus como Mediador e como aquele que tomou sobre si os nossos pecados e se chegam a Deus por intermédio dele têm o direito de, como filhos, falar com deus.
As implicações da graciosa paternidade de Deus:
1) como filhos adotados de Deus, somos amados tanto quanto aquele a quem Deus chamou seu “Filho amado” (Mt 3.17).
2) Somo herdeiros de Deus. Os cristãos são co-herdeiros com Cristo da gloria de Deus (Rm 8.17). Somos muito mais ricos e privilegiados que qualquer monarca ou milionário (1 Jo 3.2).
3) Temos o Espírito de Deus em nós. Somos nascidos do Espírito (Jo 3.6). Ele nos prontifica a clamar, espontaneamente, como expressão de um novo instinto espiritual (Gl 4.6).
4) Devemos honrar nosso Pai – fazer Sua vontade. (Pv 3.5-12).
5) Amar nossos irmãos: cuidado e oração constante por eles. Pronome no plural (“Pai nosso”).
Esteja pronto a chamar Deus, conscientemente, de Pai!
Rev. Jonas M. Cunha (adaptado)