segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O VERBO SE FEZ CARNE

“...Porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.” João 4.42



Em virtude do testemunho da mulher samaritana, a cidade de Sicar foi encontrar-se com Jesus e muitos creram nele por causa do testemunho dela. Depois de ouvi-lo, muitos outros creram e afirmaram ser ele o Salvador do mundo.
 Três verdades devem ser aqui enfatizadas. A primeira é que não existem outros salvadores no mundo. Há muitas religiões, credos, livros considerados sagrados, mas há somente um Salvador: Só há salvação em Jesus. Não há outra porta do céu, senão Jesus. Só Jesus é o caminho para Deus. Só ele é o mediador entre Deus e os homens. Ele é, de fato, o Salvador do mundo.
 A segunda verdade é que Jesus é poderoso passa salvar pessoas em todo o mundo. Ele morreu para comprar com o seu sangue aqueles que procedem de toda tribo, língua, povo e nação. Nunca houve, nem jamais haverá em qualquer lugar do mundo e em qualquer tempo da história, outro salvador, além de Jesus.
 A terceira verdade é que Jesus não é o Salvador do mundo quantitativamente falando, mas qualitativamente falando. Ou seja, ele é o Salvador do mundo sem acepção e não sem exceção. Somente aqueles que creem em seu nome são salvos. Os que se mantêm rebeldes contra o Filho de Deus permanecem na morte, mas aqueles que, arrependidos, creem no seu nome, são salvos, agora e para sempre.
 Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de CADA DIA Natal

domingo, 13 de dezembro de 2015

Palavras Doces

“Como são doces para o meu paladar as tuas palavras! Mais que o mel para a minha boca!” Salmo 119.103




Muitos são os livros que já li. Desde a minha infância descobri o fascínio que eles têm, e tenho dedicado boa parte de minha vida à leitura. Lembro com saudades dos tempos em que a Biblioteca Móvel vinha até próximo do bairro onde morávamos e trazia com ela conhecimento, entretenimento, esperança, sonhos e aventuras, que embasavam meu coração de adolescente. Viajei com Dom Quixote, mais tarde fui aprisionado pelo estilo do Grande Sertão: Veredas, e depois fiquei impressionado ao perceber que a história pode ser contada em forma poética, como em Os Lusíadas. Hoje reconheço o quanto os livros me ajudaram. Foram sempre meus companheiros e espero que assim continuem.
 Amo livros, mas procuro ser seletivo, pois eles são mais numerosos do que podemos ler. Assim, uma indicação de boa leitura é muito importante. No meu caso, não tenho dúvidas – quando sou perguntado a respeito do melhor livro que já li, sempre respondo: a Bíblia! Este pode ser indicado sem medo, ele é garantia de boa leitura. Afinal, é o livro de maior tiragem de todos os tempos, contando com mais de quatro bilhões de volumes espalhados por todo o planeta. Além do mais, não é um livro para ser lido apenas uma vez, é para ser lido durante a vida, pois, além de apontar para você o caminho da salvação, nos dá orientações claras a respeito de como viver bem com Deus, com o próximo e conosco mesmos. É um livro do qual posso testemunhar: mudou a minha vida e minha forma de pensar.
 Existem muitos livros, livros e livros, mas a Bíblia é o livro dos livros, o clássico por excelência. Uma pessoa instruída não pode deixar de ler este que é o grande destaque entre os demais. Como disse o salmista no texto base desta meditação, referindo-se aos primeiros livros da Bíblia, as suas palavras são “mais doces do que mel”. Prove e comprove estas verdades!
 Nunca deixe de ler tudo o que há no livro
Mais lindo de todos os tempos: a Bíblia!
Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de Presente Diário - 18

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Gratidão

 “[Dê] graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Efésios 5.20



Deveríamos ser sempre gratos, até porque se fuçarmos apenas reclamando não solucionaremos nossos problemas e dificuldades. No texto de Salmo 116.1-19, aprendemos algumas lições sobre gratidão. Vemos nele um homem que buscava a Deus e que passava por momentos difíceis em sua vida: chegou bem perto da morte, tinha tristezas e problemas. Creio que poderíamos também escrever uma lista como a do autor e fazer uma comparação. Descobriremos que “estamos no mesmo barco”: temos dificuldades também. Às vezes podemos achar que morreremos devido a tanto sofrimento. Isso faz lembrar a história dos amigos de Daniel na fornalha ardente (Dn 3). Eles passariam por uma situação extremamente difícil, mas Deus os livrou.
 Nesses momentos, qual o caminho a seguir para alcançar contentamento? Guardar ressentimentos, culpar a Deus e pensar que ele se esqueceu de nós não oferece solução adequada. O salmista buscou o Senhor e apresentou a ele o seu sofrimento e suas decepções. Quando fazemos isto, contando a Deus tudo o que estamos passando, descobrimos que ele já nos tem ajudado e cuidado de nós de muitas maneiras. Podemos proclamar todas as maravilhas que ele fez e constatar que foi ele quem nos trouxe até aqui e que por isso estamos cheios de gratidão.
 Quando buscamos a Deus, sabemos que ele já conhece nossa situação. Mesmo assim, creio que não é errado descrever o nosso sofrimento e dizer a Deus que estamos sobremodo aflitos. Posso imaginar o salmista dizendo a Deus que estamos sobremodo aflitos. Posso imaginar o salmista dizendo a Deus: Estou aflito e necessitado, mas creio!”. O que aprendemos neste salmo é que não podemos deixar de crer que Deus está agindo e que devemos continuar investindo em nosso relacionamento com ele. Então, sofrendo ou não, lembremos a compaixão e a misericórdia de Deus não estão distantes daqueles que nele confiam.
 O privilégio de contar com a ajuda de Deus já é motivo de gratidão.
Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de Presente Diário - 18

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Quem Governa Sua Vida?

“Os anciãos todos de Israel vieram a Samuel... e lhe disseram:... constitui-nos agora um rei sobre nós, para que nos governe.” 
1 Samuel 8. 5,6




O capítulo 8 do Primeiro livro de Samuel, contém um momento importante na vida do povo de Israel. Um momento de transição. Eles queriam trocar a teocracia (governo de Deus), pela monarquia (governo de um homem). Estavam dispostos a se sujeitar às ordens de um rei e assumir o ônus, mas não estavam dispostos a submeterem- se a Deus.
 Os Anciãos (líderes) se reúnem e se dirigem ao Profeta e Sacerdote Samuel, o último juiz do período dos juízes, para pedirem que ele constituísse um rei sobre eles, que os liderasse, como tinham as outras nações de seu tempo. Sentiram inveja, e se nivelaram aos povos que não temiam ao Deus de Israel, que adoravam falsos deuses, ídolos. Hoje também, alguns crentes têm inveja dos ímpios, dos ricos e famosos do mundo, e querem ser iguais a eles. Querem se nivelar, esquecendo-se que estão num nível muito mais alto, pois eles têm um Deus poderoso que cuida deles.
 Samuel não se agradou das suas palavras e intenções! (O que você faz quando algo não lhe agrada? Xinga, resmunga, emburra?). Samuel orou (consultou) ao Senhor. Devemos expor nossas dúvidas, frustrações, sentimentos e desejos diante do Senhor. Ele nos ouve e é capaz de nos compreende. E ajudar!
 Deus ouviu o Seu servo e respondeu, orientou-o (Assim como faz conosco!). Ele disse para Samuel atender ao povo. (Nem sempre sabemos pedir o que convém – Tg 4.3; Rm 8.26; ou confiamos em Deus – Is 55.8).  
 O povo não havia rejeitado a Samuel, mas a Deus. Samuel era apenas um instrumento nas mãos de Deus. Não queriam que Deus reinasse sobre eles. Não queriam ter de obedecê-lo. O povo que Ele havia tirado do Egito o havia deixado (v.8). Já o tinham abandonado, virado as costas para Ele. Isto é o que nós fazemos quando pecamos. Damos as costas para Deus e vamos fazer o que pede o nosso coração. Desentronizamos a Deus e entronizamos o ego.
Rev. Jonas M. Cunha

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O que é oração?

“Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido. Entretanto, Deus me tem ouvido e me tem atendido a voz da oração.” 
Salmo 66.18-19


Há alguém especial com quem você gosta de conversar? Quando você fala com essa pessoa? Do que você gosta de conversar com seus amigos? Quando podemos falar com Deus? Que tipo de coisas podemos dizer a Deus? Que diferença isto pode fazer em nossa vida?
 Oração é falar com Deus, louvá-lo pela sua grandeza, agradecer a ele pelo seu amor e pedir a sua ajuda.
 Nós gostamos de falar com as pessoas a quem amamos. Vamos procura-las quando precisamos de ajuda. Quando amamos a Deus, conversamos com ele sobre tudo o que acontece em nossa vida. Contamos a ele porque o amamos tanto. Passamos tempo com ele. Pedimos a sua ajuda. Gostamos de estar na sua presença de maneira especial.
 Quando você vai orar hoje? Tenha um caderno para tomar nota das coisas sobre as quais quer orar. Lembre-se de louvar e agradecer a Deus, dizendo a ele que está triste com as coisas erradas que disse e fez.
 Leia Lucas 22.41, Mateus 6.9 e Daniel 6.10-11 para ver o que eles dizem sobre a oração.
 “Amado Deus, obrigado porque eu posso falar com o Senhor sobre tudo, à hora que eu quiser. Ajuda-me a falar sobre tudo com o Senhor. Amém.”
 Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de O grande livro de perguntas e respostas
Sinclair B. Ferguson

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

SE...

“Os sofrimentos que suportamos foram tão grandes e tão duros... Mas isso aconteceu para que aprendêssemos a confiar não em nós mesmos e sim em Deus.” 2 Cor. 1. 8,9




Em um livro Quando Deus Não Faz Sentido, escrevi sobre situações muito difíceis que não conseguimos entender. Algumas são dolorosas ou apresentam riscos para a vida, outras apenas inconvenientes e desconfortáveis. Sabemos que Deus poderia resolver tudo num piscar de olhos, mas ele permite que soframos.
 Um dos maiores propósitos é nos revelar seu poder. Esse princípio foi claramente expresso pelo apóstolo Paulo: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Cor 4.7).
 Em lugar de aceitar as dificuldades da vida, muitos se debatem no que chamo de “ses”. “Se eu não fosse diabético (ou surdo, ou asmático)”, “Se eu não fosse estéril”, “Se eu não tivesse arrumado aquele sócio desonesto (ou sido processado ou me casado sem amor)”, “Se nosso filho fosse saudável”, “Se não estivéssemos tão sem dinheiro.”
 Se vocês estão lutando com alguns “ses”, aconselho-os a entregarem tudo para Deus. Ele tem um plano perfeito, elaborado em amor, para a vida de vocês – mesmo que pareça não ser o ideal. Podemos não entender por que ele permite tantas dificuldades em nossa vida, mas podemos ter certeza de que tudo é parte de um plano eterno que resultará em nosso bem. Ele nos diz para aceitarmos seu amor e buscarmos, em dependência humilde, a suficiência que há nele.
 Alguma vez já ficamos desanimados por causa dos “ses” em nossa vida?
 Senhor, quando nos sentimos sobrecarregados pelas decepções, ajuda-nos a depender do teu grande amor. Consola-nos e fortalece-nos nas nossas necessidades. Amém.
Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de Momentos com Deus
James e Shirley Dobson

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

AS GRANDES ÊNFASES DA REFORMA

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus.” Efésios e.8



A Reforma Protestante foi uma volta à doutrina dos apóstolos. Cinco pontos foram destacados: primeiro, só a Escritura. A Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a educação na justiça. A Escritura é nossa regra de fé e prática.
 Segundo, só a graça. A salvação não é uma conquista do homem, mas uma oferta de Deus. É recebida pela graça e não conquistada pelas obras.
 Terceiro, só a fé. A fé não é a causa meritória da salvação, mas a causa instrumental. Somos salvos pela graça, mediante a fé. É pela fé que nos apropriamos da salvação. A fé não é meritória; é dom de Deus.
 Quarto, só Cristo. Jesus não é apenas um dentre muitos caminhos para Deus; ele é o único caminho. Não é uma dentre muitas portas  do céu; ele é a única porta. Não é um dentre os muitos mediadores entre Deus e os homens; Jesus é o único Mediador. Só Jesus pode nos reconciliar com Deus e nos dar a vida eterna.
 Quinto, só Deus merece a glória. A salvação não é um troféu que recebemos pelos nossos méritos. É obra de Deus do início ao fim. Foi Deus quem nos escolheu, nos chamou, nos justificou e nos glorificou. Tudo vem dele, tudo é por meio dele e tudo é para ele. Portanto, a ele seja a glória eternamente.
 Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de CADA DIA

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A ORAÇÃO E A OBRA MISSIONÁRIA

“Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava.”
Lucas 5.16





O evangelista Lucas registra de forma vívida a intensa vida de oração de Jesus. Lucas faz isso com maior destaque porque seu foco é apresentar Jesus como o homem perfeito. E, como tal, foi um homem de oração. Jesus orou nos momentos mais decisivos de sua vida. Orou em seu batismo. Orou quando no deserto da tentação. Orou para escolher seus apóstolos. Orou quando as multidões buscavam-no apenas em busca de um milagre. Orou no monte da transfiguração e também no jardim do Getsêmani.
 Jesus orou na cruz e agora ora no céu. Seu compromisso com a oração ensina que Deus vem antes de sua obra. Quando as multidões afluíam para o ouvir e serem curadas de suas enfermidades, Jesus se retirava para lugares solitários e orava. Para Jesus, a intimidade com o Pai, por intermédio da oração, era mais importante do que o ministério. Sem oração não há poder, nem avanço missionário. Sem oração a igreja perde o foco.
 Ao longo dos séculos, a obra missionária avançou quando a igreja se prostrou para orar. Os missionários que foram poderosamente usados nas mãos de Deus foram aqueles que mais se entregaram à oração. Sem oração a pregação gera morte e não vida. Sem oração falta óleo na mensagem e sermão sem unção endurece os corações. Antes de a igreja ir até aos confins da terra, ela precisa restaurar o altar da oração.
 Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de CADA DIA

ENSINO

“Todos ficavam maravilhados com o seu ensino.”
Marcos 1.22a



Quem não se lembra da primeira professora? De quem marcou sua vida pela boa didática, paciência e profundo conhecimento? Muitos daqueles que hoje ensinam foram contagiados por professores dedicados que lhes serviram de modelo. Ensinar é preciso! Há um poder transformador no ensino. Paulo Freire criticava a educação “bancária”, na qual o aluno é visto como um receptáculo de informações que vão sendo nele depositadas, como se fosse um banco. Não! O ensino é muito mais que acúmulo de informações. Deve ser libertador, gerar crescimento e autonomia. Não é à toa que Jesus foi chamado de Mestre e o era por excelência. Reunia uma multidão e ensinava, às vezes dentro de um barco, como no texto de Marcos 4.1-9. Por meio de parábolas, ele fazia com que seus ouvintes analisassem sua realidade de forma crítica. Usando cenas do cotidiano para ilustrar a profundidade do seu ensino, tornava-os responsáveis pelo que ouviam e assimilavam. O estilo de ensino de Jesus é até hoje estudado e serve como referência dentro e fora do contexto religioso.
 Ser professor é gratificante, apesar das dificuldades enfrentadas. Ao darem o que sabem, os mestres enriquecem seus alunos com o conhecimento compartilhado. Tal como a semente precisa cair em boa terra para germinar, o ensino também tem de achar um terreno fértil em quem o recebe a fim de crescer. Que neste Dia do Professor você volte seus ouvidos ao ensino de Jesus e aprenda com ele, mude , cresça, pense, torne-se crítico de si mesmo e do sistema vigente e aproxime-se da vida plena que os ensinamentos do Senhor geram. E você, professor, veja no exemplo do Mestre (que dedicou sua vida a um ensino libertador, questionador e transformador) o estímulo para seguir adiante em sua nobre tarefa de educar para a vida!

A educação transforma nossa realidade;
o ensino de Cristo muda nossa vida.

Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de Presente Diário

Renda-se Agora!

“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará.” Salmo 37.5


A Segunda Guerra Mundial estava chegando ao fim. Era o ano de 1945. As cidades de Hiroshima e Nagasaki haviam sido varridas do mapa pelo poder da bomba atômica. Os países do eixo, Alemanha, Itália e Japão, estavam derrotados. O presidente norte-americano Harry Truman e o primeiro-ministro da Inglaterra Winston Churchill desembarcaram em Tóquio, a fim de que Hiroito, o imperador japonês, assinasse o tratado de rendição.
 O imperador japonês disse: “Eu assino o tratado, mas antes tenho algumas exigências a fazer”. Chruchill respondeu com firmeza: “Não aceitamos exigências nem condições. Primeiro assine o tratado de rendição, depois reconstruiremos o Japão”.  É assim que Deus faz conosco também. Não podemos exigir nada de Deus. Primeiro, rendemo-nos a seus pés e depois ele restaura a nossa vida. Não há esperança para o pecador enquanto ele não se render aos pés do Salvador.
 Não há cura para nossas feridas enquanto não nos curvamos diante daquele que tem o bálsamo de Gileade. Não há esperança para nossa alma a menos que nos prostremos diante daquele que é poderoso para nos perdoar, restaurar e salvar. Deus resiste ao soberbo, mas dá graça aos humildes. Somente aqueles que se ajoelham  diante de Jesus, o Rei dos reis, poderão ficar de pé no dia do juízo final. Você já se rendeu?
 Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de CADA DIA

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Um Pregador na Terra dos Deuses

“Porque passando... encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO...”
Atos 17.23

O apóstolo Paulo acabara de chegar em Atenas, a capital intelectual do mundo. Ao percorrer a cidade ficou revoltado com a idolatria reinante ali. Atenas tinha mais de trinta mil estátuas dedicadas aos deuses. Para cada divindade pagã havia um altar. Como esses deuses eram vingativos, na concepção dos atenienses, ergueram, também, um altar ao DEUS DESCONHECIDO, com medo de que alguma divindade tivesse sido esquecida.
 Paulo utiliza essa conexão para anunciar aos atenienses o Deus verdadeiro que eles não conheciam. O Deus verdadeiro é o Deus criador; que fez o mundo e tudo o que nele existe (At. 17.24), que de um só fez toda a raça humana (At.17.26). O Deus verdadeiro é o Deus da providência, pois ele é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais (At. 17.25), uma vez que nele vivemos, e nos movemos e existimos (At 17.28).
 O Deus verdadeiro é Deus que se fez carne, viveu entre nós, morreu por nós e ressuscitou para a nossa justificação (At 17.18). O Deus verdadeiro é o Senhor. Ele é o Senhor do céu e da terra (At 17.24). O Deus verdadeiro não pode ser representado por um ídolo nem por imagem de escultura (At 17.24, 29). O Deus verdadeiro é o Deus que exige arrependimento (At 17.30) e que julgará o mundo com justiça (At 17.31). Você conhece este Deus?
 Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de CADA DIA

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Fidelidade

“Quem é fiel no pouco também é fiel no muito...”
Lucas 16.10a


Antigamente, havia uma expressão Hifi, que significava “hight fidelity” (alta fidelidade), que era usado para aparelhos de som, especialmente, toca discos. Hoje, usa-se uma expressão Wifi, “wireless fidelity” (fidelidade sem cabo), usado para aparelhos que permitem a conexão de computadores, smartfones, e similares à internet dispensando o uso de cabos de conexão.  O dicionário define fidelidade como uma característica de quem é fiel, de quem tem compromisso com aquilo que assume. É uma característica daquele que é leal, que é confiável, honesto e verdadeiro.
 É comum ouvirmos ou vermos nos para-brisas dos carros a expressão “Deus é Fiel!”. Ela remete imediatamente ao fato de Deus ser bondoso, e cumpridor das Suas promessas, especialmente e relação ao nosso sustento. E há muitos textos na Bíblia que apontam para esta característica de Deus: Sl 92.1-2... A grande questão é se nós somos fiéis ao Senhor!  De maneira geral a fidelidade a Deus pode ser resumida na palavra “obediência”. Ela é usada em referência ao fato de fazermos o que Ele diz na Sua Palavra.
 O texto de Provérbios 3. 9 e 10 apresenta um preceito em que há uma ordem e uma promessa de recompensa para nós. E este não é o único. Malaquias 3.10 diz: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós benção sem medida”. E há também textos no Novo Testamento. Os verso 8 e 9 de Malaquias 3 diz que roubamos a Deus, quando deixamos de trazer o dízimo.
 A Bíblia fala muito sobre dinheiro, pois a maneira como o usamos, reflete nosso relacionamento com Deus. Podemos dizer que o amamos e consagramos nossa vida a Ele; pode também trazer grande ofertas ou tentar impressionar a Deus com nossas orações ou “serviço”, mas não entregarmos dos dízimos. Esta questão é reveladora de como está nossa vida com Deus. Creio que há pelo menos 3 motivações importantes para trazermos o dízimo: 1. Gratidão (pelo que Ele nos deu); 2. Fé (crendo que Ele tem poder para continuar suprindo nossas necessidades); 3. Obediência (amor a Deus).
 “Tem, por ventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra?” (1 Sm15.22ª)
 Você tem obedecido? Tem sido fiel ao Senhor?
 Rev. Jonas M. Cunha

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Crescer

“Deixei para trás as coisas de menino.” 1 Corintios 13.11


O texto de 1 Corintios 13 é conhecido por falar do amor.Mas fala de outras coisas também! O texto de hoje diz que o amor não acaba nunca, mas há outras coisas que acabarão. Assim, há coisas transitórias e outras perenes, algumas que são próprias para um dado momento e outras que são para sempre. Ao deixarmos o que é transitório para buscar o que é perene caminhamos para o amadurecimento.
 O amor é para sempre mesmo ao lado da fé e da esperança, o amor é maior que estes dois outros porque o amor jamais terá fim! Mas há coisas que devem passar como a infância. Paulo fala como era seu comportamento quando criança – típico de um menino na maneira de pensar, de falar, de raciocinar. Mas quando se tronou homem, deixou para trás o comportamento infantil. Também somos assim, não somos? Hmm... deveríamos ser!
 Crescemos, estudamos, trabalhamos, compramos um carro, formamos nossa família, tomamos inúmeras decisões. Apesar disso, há muitos cujo comportamento continua sendo o de meninos, na fé temerária, no ego inflado, na birra, na imaturidade e nos sentimentos confusos de uma criança que insiste em permanecer comandando nossa vida adulta!
 Jesus disse que deveríamos ser como crianças se quiséssemos fazer parte do reino de Deus. Porém, ele não se referia ao comportamento infantilizado de um adulto desajustado, e sim à fé singela e confiante de uma criança. A vida cristã é um convite ao crescimento. à maturidade e à mudança na nossa forma de ser, fruto do amor que nunca acaba. Devemos deixar de lado todo e qualquer comportamento infantilizado – na relação com Deus, com a vida e suas circunstâncias, com os outros, com as decepções e as perdas. O convite do caminho do amor que não acaba é um convite à maturidade de quem deixa para trás as coisas de criança porque decidiu tornar-se adulto: crescido, maduro e capaz de enfrentar a vida com o amor de gente grande!
 Deus nos dá o crescimento espiritual, mas nós precisamos cultivá-lo deixando Deus agir em nós,
Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de PRESENTE DIÁRIO - 18

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Reuniões de Oração

 “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.” Atos 4.31


Estudos avançados, pesquisas e uso de computadores (por mais que sejam úteis na “missiologia”) jamais podem substituir a oração fervorosa na vida do povo de Deus. Centenas de versos bíblicos e dezenas de bons livros comprovam o valor que Deus dá às orações do seu povo. Seu chamado para nós hoje inclui o chamado para oração significativa, tanto privada como em grupo. A falta de um grupo de oração verdadeira, consistente e inteligente pelo mundo não evangelizado – até mesmo em igrejas evangélicas centradas na Bíblia – deveria ser uma grande preocupação para todos aqueles que amam a Cristo e desejam que Seu evangelho seja espalhado entre todas as nações.
 Muitos cristãos querem ser realmente eficazes na oração por missões, mas não sabem como começar. Outros não acham atrativas as reuniões de oração de suas próprias igrejas, acham chatas e sem vida. Até mesmo nos grupos onde há um ânimo e um interesse renovado pelo louvor e oração, nem sempre eles incluem muita ênfase na intercessão por missões mundiais. Versículos bíblicos como o de Mateus 9.36-38 são claros em mostrar o papel absolutamente vital da oração para se realizar a tarefa da evangelização mundial.
Deve haver ação! Pastores e líderes de igrejas devem agir e os membros das igrejas devem cooperar.
 É vital que os líderes das igrejas se reúnam para discutir e orar sobre ações específicas que deveriam ser tomadas para fazer com que a reunião de oração seja um evento importante na igreja.
 Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de GOTAS DE UMA TORNEIRA QUEBRADA
de George Verwer – O.M.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

ATÉ AOS CONFINS DA TERRA

“...E sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria eaté aos confins da terra.”
Atos 1.8


O propósito de Deus é que a igreja pregue o evangelho a toda criatura e faça discípulos em todas as nações, sendo testemunha de Cristo até aos confins da terra. Jesus o Cordeiro de Deus, morreu pelos nossos pecados e comprou com o seu sangue aqueles que procedem de toda tribo, língua, povo e nação. Sua morte não apenas possibilitou a salvação. Ele nos comprou com o seu sangue. Sua morte foi vicária, ou seja, substitutiva. Jesus morreu pela sua igreja. Ele deu sua vida pelas suas ovelhas.
 Agora, essa notícia precisa ser proclamada com urgência, no poder do Espírito Santo, a todos os povos da terra, em todos os lugares, em todos os tempos. Há ainda muitas etnias inalcançadas. Há muitos povos que ainda nunca ouviram as boas-novas da salvação. Mais de oitenta por cento do esforço missionário da igreja é endereçado aos povos já alcançados. Há milhares de etnias que não têm sequer um versículo da Bíblia traduzido para seu idioma e nunca receberam um missionário.
 Se a nossa visão missionária não engloba o mundo inteiro, ainda não temos a visão de Deus. A obra missionária não é primeiro aqui em nossa Jerusalém e, depois, em nossa região, Judéia, e, mais tarde entre nossos vizinhos próximos, Samaria, e só então, aos confins da terra. A obra missionária deve ser realizada aqui, ali e além fronteiras ao mesmo tempo.
 Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de CADA DIA-Ago/2014

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Mutirão

“Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é contribuir, que contribua generosamente...”
Romanos 12.6-7

Dentre as lembranças da infância, recordo-me dos mutirões. Quando não havia dinheiro suficiente para construir ou quando faltavam braços para levar a obra adiante, surgiam pessoas que se reuniam para limpar a roça ou para reformar ou para construir uma casinha para quem estava começando a vida de casado. Ainda hoje amigos e familiares se mobilizam, baseando-se na ajuda mútua prestada gratuitamente. Somente quem participa de um mutirão sabe o quanto é gratificante fazer parte de uma atividade tão nobre.
 Todos podem contribuir de alguma forma. Enquanto algumas mulheres fazem comida, outras preparam a bebida e o lugar da refeição. As crianças ajudam a limpar e os homens realizam o serviço mais pesado. Ninguém fica de fora. A alegria é contagiante! Enquanto quebram pedras, quebram barreiras nos relacionamentos.
 Foi isso que ocorreu quando Esdras e Neemias convocaram o povo para reconstruir o templo do Senhor e os muros de Jerusalém. Realizaram um grande mutirão com as famílias e até mesmo com os vizinhos de Israel. Contribuíam como podiam no mutirão. Com alegria entregavam ouro, prata, azeite, madeira e o que fosse preciso. Reconstruir o templo e os muros representava o início de uma nova jornada espiritual. À medida que trabalhavam, renovavam a aliança com Deus, despertavam-se espiritualmente, adoravam e cultuavam de coração. O povo permanecia unido, mesmo com a oposição dos inimigos de Israel.
 Quem é cristão também tem uma grande obra pela frente. Temos desafios em que, para ser bem sucedidos, precisamos de todos em nosso mutirão. Se você é cidadão do reino de Deus, procure contribuir como você pode para sua expansão e consolidação.
 “Há maior felicidade em dar do que em receber.” (At 20.35)
Rev. Jonas M. Cunha 
Extraído de Presente Diário – nº 18

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Não se envergonhe do Evangelho

 “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...” Romanos 1.16



O apóstolo Paulo foi o maior bandeirante do cristianismo. Cruzou mares, atravessou desertos, percorreu todos os rincões  do vasto império romano pregando o evangelho, a tempo e fora de tempo. Mesmo sendo perseguido por causa do evangelho, jamais se envergonhou dele. Pelo contrário, sentia-se devedor, estava sempre pronto e nunca se envergonhava de anunciar as boas-novas de salvação em Cristo. Hoje, muitos se envergonham do evangelho. Outros são a vergonha do evangelho.
 Nós, porém, devemos pregar o evangelho, pois este é o poder de Deus. Como Deus é onipotente, o evangelho também o é. O evangelho é o poder de Deus não para a destruição, mas para a salvação. Aqueles que nele creem são libertos das algemas do pecado e são salvos da condenação do pecado. O evangelho é poderoso, pois por meio dele, os pecadores se achegam a Cristo, o Salvador, e são salvos.
 No evangelho se manifesta a justiça de Deus, uma vez que o evangelho trata da morte de Cristo em nosso favor, como oferta pelo nosso pecado. O evangelho nos apresenta a gloriosa verdade de que Cristo pagou nossa dívida na cruz, cumpriu a lei por nós e satisfez as demandas da justiça divina. Agora, não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. Em vez de se envergonhar, proclame o evangelho!
 Rev. Jonas M. Cunha 
Extraído de Cada Dia

Beco Sem Saída

 “...Estou preso e não vejo como sair.”
Salmo88.8b



O Salmo 88 traz a mais sombria de todas as lamentações do Saltério. O clamor angustiante do salmista pode ser ouvido do começo ao fim, uma vez que a sua dor o acompanha desde a juventude (v.15) até o momento. Grande parte das lamentações transforma-se em confiança e louvor no final, mas esse não é o caso aqui.  O único raio de esperança que emana desse salmo é o fato de que o salmista orava e de que ele se referia a Deus como “minha salvação” (v. 1).
 O grande ensinamento deste salmo é que os cristãos não estão isentos dos sofrimentos deste mundo. Na verdade, a vida do cristão muitas vezes inclui aflição e dor. Nossa esperança não está em escaparmos do sofrimento, mas no significado que inunda o nosso sofrimento por causa da angústia experimentada pelo nosso Senhor Jesus. Alguém disse: “O melhor não é a vitória que você ganha na guerra. É a Comunhão que você tem com Deus durante o combate”.
 Egoisticamente, achamos que o nosso sofrimento é maior do que o dos outros, que Deus é injusto em nos permitir passar por sofrimentos, ou, que Deus tem obrigação de nos atender e nos livrar. Precisamos lembrar qual é o propósito principal da nossa existência, que não é ser rico, famoso e feliz, mas “glorificar a Deus e gozá-lo para sempre” (Breve Catecismo).
 Devemos recordar dos vários exemplos bíblicos, de homens e mulheres, que sofreram: José, Ana, Jó, Lázaro, Paulo, muitos outros, e o próprio Senhor Jesus. Dessa forma devemos mudar nossa reação diante do sofrimento e das pessoas que nos fazem sofrer. Devemos entender que o sofrimento pode ser juízo de Deus (livro de Jeremias), Disciplina (treinamento – Tg 1.2-4), para nos humilhar e glorificar a Deus (2 Co 12. 7-10). Devemos louvá-lo em todo o tempo e em todas as circunstâncias (Sl 34.1-3).
 Este salmo nos ajuda a lembrar que sofrimento ininterrupto é uma possibilidade; final feliz é dádiva e não dívida de Deus; não devemos desistir ou aceitar o sofrimento, e que devemos orar sempre (Rm 8.22-23); confiar em Deus e no Seu plano.
 Rev. Jonas M. Cunha

O Brado de Vitória

 “Está consumado!” João 19.30



A cruz não é um símbolo de fracasso, mas de vitória. Jesus não caminhou para a cruz como um prisioneiro impotente, mas rumou para ela como um rei caminha para a sua coroação. A penúltima palavra proferida por Jesus na cruz foi um brado de triunfo. A palavra grega Tetélestai, “está consumado”, tem três significados.
 Primeiro, era usada para a conclusão de uma tarefa. Quando um filho terminava um trabalho, dizia para seu pai: “Tetélestai”. Está concluído o trabalho a mim confiado.
 Segundo, era usada para quitação de uma dívida. Quando alguém ia ao banco pagar a promissória, batia-se o carimbo no documento: “Tetélestai”, ou seja, a dívida foi paga.
 Terceiro, era usada para posse definitiva de uma escritura. Quando alguém comprava um imóvel e o quitava, recebia a escritura definitiva com a inscrição: “Tetélestai”, ou seja, agora você tem direito de posse definitiva.
 Quando Jesus foi levantado na cruz, ele concluiu o trabalho que o Pai o confiou, ou seja, ser nosso substituto. Também, na cruz Jesus pagou a nossa dívida e concedeu-nos o dom da vida eterna. Agora, temos perdão e salvação. Por causa da morte de Cristo, podemos tomar posse da vida eterna.
 O sacrifício de Cristo foi plenamente suficiente para nos oferecer eterna redenção.
 Rev. Jonas M. Cunha 
Extraído de CADA DIA

Passos Para Herdar a Vida Eterna

“...Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?.” Marcos 10.17 b




Está muito na moda livros de autoajuda, com títulos do tipo: “10 passos para o sucesso nos negócios”; “5 passos para tornar sua família feliz”; “7 passos para emagrecer”, etc... Em muitas situações da vida, gostaríamos de encontrar um livro ou alguém que nos desse uma “receitinha” para encontrar uma maneira de resolver nossos problemas ou de conseguirmos o que desejamos. Porém, nem sempre as coisas são tão simples assim.
No texto do “Jovem Rico” (Marcos 10.17-22), parece que ele veio até Jesus com a mesma ideia, ou seja: Jesus diria 3 ou 5 coisas que ele deveria fazer, e ele tranquilamente alcançaria a vida eterna. Ele parecia ser uma pessoa bem religiosa e educada (vv. 19-20), então, pensou que seria fácil. Porém, a resposta de Jesus a sua pergunta o pegou desprevenido e o verso 22 conclui a história dizendo que “retirou-se triste”.
1º “Ser bom” não é suficiente para alcançar a vida eterna. Jesus disse: “ninguém é bom” (v.18). Romanos 8.23, diz claramente que “todos pecaram e carecem da glória de Deus”, e Efésios 2.8-10, nos ensina que a salvação não é alcançada por boas obras praticadas por nós, mas somente pela fé no Filho de Deus e em Sua obra por nós.
2º Exige renúncia. É preciso se livrar do que atrapalha. “Vende tudo o que tens”, disse Jesus (v.21). Algumas coisas, mesmo não sendo más em si mesmas, podem nos atrapalhar e nos impedir de alcançar a vitória, por isto precisamos nos desembaraçar delas (Hb 12.1). O nosso coração não deve estar dividido, mas totalmente focado no Senhor.
3º Quem quer herdar a vida eterna precisa se tornar um seguidor de Jesus. Andar com Ele. Não basta recebe-lo como nosso Salvador, aquele que perdoa os nossos pecados. Precisamos aceita-lo também como Senhor das nossas vidas e viver para Ele e em constante comunhão. Até mesmo realizar milagres em Seu nome é inútil (Mt 7.21-23). Ele quer ter relacionamento íntimo com Ele e por isto herdamos a vida eterna (Sl 25.14).
Em que se baseia a sua certeza de vida eterna?

Rev. Jonas M. Cunha


O Despertador

 “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.” Salmo 90.12


A cena é clássica e com certeza todos já a protagonizamos. O despertador toca no melhor de nosso sono anunciando que está na hora de viver o dia o quanto antes. Apertamos o botão que silencia o despertador, mas não nos levantamos da cama. A função “soneca” é acionada e nos justificamos com uma voz meio sonâmbula: “Só mais cinco minutinhos”. Atire o primeiro relógio quem nunca fez isso. E é certo que muitas vezes os “cinco minutinhos” atrasaram toda a agenda, complicando nosso dia.
 Frequentemente pressionamos também o “botão soneca          da vida. O nome dele é procrastinação. Deixamos para depois o que precisa ser feito agora ou hoje. Deixamos os dias escorrer como areia na ampulheta sem aproveitar o tempo precioso que Deus nos concede. Adiamos nossa vida devocional (momento de oração e leitura da Bíblia), exercícios físicos, reconciliação com pessoas, atividades no trabalho, exames médicos, tempo de qualidade com a família; enfim, adiamos o que é inadiável, mas mesmo assim damos um jeito de burlar o cronômetro. A procrastinação nos transforma em tolos. Nossa vida tem missão e propósito, e quando desperdiçamos nosso tempo com o que não tem valor ou por pura preguiça, não nos limitamos a livrar-nos dos compromissos ou deveres, mas impedimos o fluxo da sabedoria.
 Isso não significa que uma pessoa que se enche de trabalho e atividades seja sábia. Muitos confundem ativismo com uma vida realmente produtiva e nem sempre isso é verdade. O descanso e o lazer também não devem ser adiados. Boas férias são revigorantes e podem proporcionar lindas experiências. Não é pecado nem desonroso descansar.
Para tudo há tempo e ocasião, e com a força do Senhor em nossa vida diária podemos, sim, vencer o mal da procrastinação e avançar para uma vida cheia de significado e com atitudes sadias que honrem a Deus.
Rev. Jonas M. Cunha
Presente Diário - 18

Ouvido Atento e Coração Odediente

 “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o coração...” Salmo 95.7-8

Este salmo abre com um hino exuberante e termina com a advertência para que o povo de Deus ouça a Sua voz e lhe seja obediente.
“Vinde cantemos” – v.1. Um dirigente da adoração tal como um sacerdote, chamou a congregação para adorar o Senhor, juntamente com ele.
“E o grande rei acima de todos os deuses” – v.3. Na qualidade de Deus supremo do universo, toda a soberania lhe pertence. A referência é à mitologia popular do Oriente Próximo e não à existência real de tais deuses. (Não existem outros deuses. O Senhor é rei não só de Israel mas de todo o universo).
“O mar... os continentes” –v.5. Tal como no v. 4, os termos são usados para indicar a terra inteira.
“Que nos criou” – v. 6. Adoramos ao nosso Criador.
‘“Hoje”- v.7.Esse”hoje”éum dia sempre presente.
“Me tentaram... as minhas obras” – v. 9. Os pronomes nos mostram a troca de quem fala, para a qual a ultima linha do v. 7 nos alertou “Hoje, se ouvirdes a sua voz”. Os versos 8 a 11 deveriam ficar entre aspas, pois trata-se do oráculo da parte de Deus.
Os estudiosos recentes veem este salmo como uma unidade composta, talvez, para a Festa dos Tabernáculos, quando o povo de Deus revivia, simbolicamente, o tempo em que viviam em tendas acampados no deserto, antes de chegar à Terra prometida.
Assim, neste contexto de festa e adoração, vem a solene advertência: “Como em Meribá, como no dia de Massá” (v. 8). Esses nomes podem ser traduzidos como “contenda” e “provocação”, e resumem a atitude de Israel para com Deus durante os 40 anos de peregrinação pelo deserto (Ver Êx 17.1-7 e Nm 20.1-13).
“Não entrarão no meu descanso” (v. 11). Aqueles que se rebelaram contra o Senhor, no deserto, nunca entraram na Terra Prometida. O trecho de Hebreus 3.7-4.7, cita esta passagem e a aplica à vida cristã. Os que se dizem crentes precisam ouvir a Palavra de Deus, ou não entrarão no descanso divino – falta de fé, incredulidade. A fé precisa provar ser verdadeira através da perseverança. Enquanto a adoração não tem valor sem a obediência, a obediência é uma forma de adoração.

             Rev. Jonas M. Cunha

Escândalo e Loucura

“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura pra os gentios.” 1 Corintios1.23


A cruz é um emblema paradoxal. Para uns representa vergonha, fracasso e derrota; para outros, triunfo, conquista e vitória.
 O apóstolo Paulo estava em Corintho, uma importante cidade grega. Os grandes pensadores disputavam suas ideias em praça pública. Seus admiradores aplaudiam. Por serem amantes da sabedoria, consideravam a pregação a cerca do Cristo crucificado uma verdadeira loucura.
 Os judeus, por sua vez, esperando a chegada do Messias vitorioso, para quebrar o jugo de Roma, dar fim à sua escravidão e ainda, assentar-se no trono para reger as nações com vara de ferro, pensavam que um Cristo pregado na cruz era um verdadeiro escândalo.
 Paulo, porém, não se deixou mover por essas reações. Continuou pregando a mensagem da cruz. Não há outro evangelho a ser pregado senão anunciar Cristo e, este crucificado. Não há boas novas para o pecador fora da cruz de Cristo. É pela morte de Cristo que temos vida. É pelo seu sangue que recebemos perdão e redenção.
 Aprouve a Deus salvar os pecadores pela loucura da pregação. A loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria dos entendidos deste século. A cruz de Cristo pode ser vista como sinal de fraqueza pelos incrédulos, mas para nós, os que cremos, é o poder de Deus e a sabedoria de Deus.
 Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de CADA DIA