segunda-feira, 28 de abril de 2014

OS PERSEGUIDOS

“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus..” Mat 5.10


Depois de se comprometer com Cristo, chorar por seus pecados, entregar tudo nas mãos de Deus, buscar uma vida de santidade, expressar misericórdia e pureza de coração e vir a ser um pacificador, começamos a pensar que tal pessoa é digna de gozar tranqüilidade e paz, mas Jesus afirma que agora vem a perseguição. Que bem-aventurança é essa? Isto pode ser motivo de alegria?
I – Para quem é esta bem-aventurança?
Jesus diz que a alegria é para os perseguidos, mas não para alguém que sofra qualquer tipo de perseguição (falta de sabedoria ou por razões político-religiosas). Jesus se refere aos justos (v.10 e 11),  que estão procurando realizar a vontade de Deus. Como conseqüência de um comprometimento com o Senhor (Jo 15.18-20; 2 Tm 3.12).
II – Por que os justos são perseguidos?
Basicamente porque eles são diferentes. O seu modo santo de viver provoca a ira daqueles que vivem para si mesmos, vítimas de seus desejos e paixões. Por isto os fariseus sentiam tanta inveja e ódio de Jesus. O grande perigo do qual Jesus nos exorta a tomar cuidado não é sermos perseguidos, mas o de sermos elogiados pelo mundo (Lc 6.26).
III – Como os justos podem reagir diante da perseguição?
Na hora da perseguição, calúnias, chacotas, seremos tentados a revidar, mas devemos lembrar que a vingança pertence ao Senhor (Rm 12.19). Seremos tentado a explodir ou ficarmos deprimidos, mas o exemplo que Jesus nos deixou é que devemos nos “entregar àquele que julga retamente” (1 Pe 2.23) e nos alegrarmos.
IV – Por que os perseguidos devem se alegrar?
A razão da alegria não é pelo perseguição em si (isto seria masoquismo). Além disso a perseguição em si é obra de Satanás, e devemos por isso mesmo lamentar que ela aconteça. Mas a razão da alegria é que:
a) Ela demonstra quem são os perseguidos – servos do Rei. Só os verdadeiros cristãos são perseguidos por causa da justiça.
b) Ela aponta para onde vão os perseguidos – “nos céus” (v.12). Não somos deste mundo. Estamos aqui de passagem, como embaixadores.
c) Ela revela a recompensa dos perseguidos: “grande é o vosso galardão” (2 Co 5.10; 2 Tm 4.8)
Rev. Jonas M. Cunha – Adaptado.

terça-feira, 22 de abril de 2014

OS PACIFICADORES

“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus..” Mateus 5.9


O primeiro sentido da palavra “pacificadores” é que estes são os que efetuam a paz entre Deus e o homem, por meio de Cristo, pela proclamação aos homens da reconciliação do evangelho (2 Co 5.20). Mas há também referência aqui à paz estabelecida entre homem e homem. “Eles têm paz com Deus e a semeiam” (Bíblia Vida Nova).
 Aqui é pronunciada uma benção sobre todos aqueles que, tendo recebido para si mesmos a reconciliação com Deus por meio da cruz, agora procuram, por meio de sua mensagem e conduta, ser instrumentos para comunicar este mesmo dom aos outros. Por meio da palavra e do exemplo, esses pacificadores (que amam a Deus, amam uns aos outros e até mesmo aos seus inimigos), também promovem a paz entre os homens.
Num mundo sem paz (pois as pessoas se distanciaram de Deus), essa bem-aventurança revela que o cristianismo é uma força “relevante”, vital e dinâmica. A “Igreja” é incessantemente caluniada no sentido de que sua influência neste sentido é insignificante. Se empregarmos a palavra “igreja” em referência a uma instituição na qual prevalece uma ortodoxia morta, a acusação pode ser procedente. Mas se a referência é ao “rebanho de Deus”, ou seja, a soma de todas as gerações, religiões e raças que pelejam a batalha do Senhor contra o mal em prol da justiça e da verdade, a resposta é na forma de uma contrapergunta: “Sem a influência desse poderoso exército, as condições do mundo atual não seriam muitíssimo piores?” Não é a igreja o próprio salva-vidas no qual o mundo permanece flutuando?” (Veja o exemplo de Abraão intercedendo por Ló e Sodoma – Gn 18.26, 28-32).
Entretanto o evangelho da paz é ao mesmo tempo, a pregação do Cristo crucificado (1 Co 1.18). O homem, por natureza, querendo estabelecer sua própria justiça, não se senti inclinado a aceitar este evangelho (1 Co 1.23). Por isso, sua proclamação provoca uma guerra em seu coração.
Além do mais, esta não é uma paz a qualquer preço. Ela não é produzida comprometendo a verdade sob o disfarce do “amor”. Ao contrário, ela é uma paz preciosíssima para o coração de todos aqueles que são regenerados.
O título “filho de Deus”, é uma designação de elevada honra e dignidade, revelando com isso que penetramos na própria esfera de atividade do Pai (cooperadores).       
 Rev. Jonas M. Cunha – Adaptado.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

OS LIMPOS DE CORAÇÃO

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus..” Mateus 5.8


Devemos lembrar que as bem-aventuranças só são possíveis àqueles que já nasceram de novo e que elas demonstram o caráter do Filho de Deus vivendo Sua vida através dos nascidos de novo.
A ordem em que Jesus as colocou é de grande importância. Só pobre de espírito vai chorar pelo seu pecado e consequentemente adquirir mansidão por notar que tudo pertence a Deus. Vendo-se como nada diante deste Deus que é tudo, tem fome e sede de justiça (de santidade) e será farto. Então, como resultado, ele se tornará misericordioso, puro de coração e pacificador. E como consequência será perseguido por causa da justiça.
O SIGNIFICADO DE PUROS DE CORAÇÃO
                É evidente que Jesus está contrastando a pureza de coração com a pureza exterior dos escribas e fariseus. Em Mt 23.25 Jesus afirma: ”Ai de vós escribas e fariseus hipócritas. Porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes por dentro estão cheios de rapina e intemperança.”; e no verso 28: “Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e iniquidade”. Portanto o puro de coração tem colocado não apenas os seus atos diante de Deus para serem purificados, mas até os motivos e intensões. Não se preocupam apenas em não adulterar fisicamente, mas em nem mesmo “olhar para uma mulher com intensão impura” (Mt 5.28).
Jesus está ensinando que a verdadeira pureza não se trata apenas de atitudes diferentes que aprendemos a praticar, mas de uma mudança íntima provocada pelo Espírito que é Santo no mais profundo das intenções do crente. Jesus também ensinou que é do coração que procede toda sorte de coisas ruins: “Prostituição, impureza, lascívia, etc” (Mc 7.21-23).
Portanto a verdadeira pureza deve ser tratada bem no centro de nossa personalidade (coração), Pv 4.23. Porque ali está a fonte que vai jorrar água boa ou má. Não é tanto questão do que eu faço, mas do que eu sou.
COMO MANTER O CORAÇÃO PURO
1. Reconhecendo que temos um coração impuro, uma natureza decaída. Arrependendo-nos todas as vezes que estivermos fazendo algo com a motivação errada. 2. Sendo sinceros diante doas irmão. Não tentando impressionar ninguém com nossa máscara de “espiritualidade”. 3. Orando o Sl 51.10. 
Rev. Jonas M. Cunha – Adaptado.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

OS MISERICORDIOSOS

“Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia..” Mateus 5.7



Você é uma pessoa misericordiosa?
A palavra não traz só a ideia de “colocar-se no lugar do outros”, mas “perdoar completamente”, como Deus faz. O apóstolo Paulo, em Colossenses 3.13 nos esclarece em poucas palavras o que vem a ser alguém misericordioso. “Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós”. Aquele que tem o caráter de Jesus há de agir como Ele agiu e esta pessoa receberá a misericórdia divina.
O profeta Miquéias impressionou-se com a misericórdia de Deus – Mq 7.18. Neste verso verificamos que perdoar é fator de alegria para Deus. Você tem prazer em perdoar? Quando você perdoa alguém você se esquece da ofensa que lhe foi feita, ou deixa sempre a outra pessoa presa a uma dívida de culpa para cobra-la cada vez que voltar a ofendê-lo?
“Alcançarão misericórdia” não significa que só serei perdoado “se” perdoar. Isto contraria a doutrina da graça, porque faz do meu perdão uma condição para o perdão divino. Na verdade Jesus está ensinando tanto aqui, como na oração dominical (Mt 6.12) que aquele  que foi alvo do perdão divino há de , inevitavelmente, ser um perdoador. Se assim não for este é um grande sinal de jamais ter conhecido o perdão de Deus.
Mateus 18.21-35 nos esclarece sobre o perigo de não sermos misericordiosos.
Corrie Tem Boom no seu livro “Andarilha para o Senhor” conta como após a 2ª Guerra Mundial ela se defrontou, na Alemanha, com um homem que tinha sido dos mais cruéis guardas no campo de concentração em Ravensburk, onde sua irmã morrera e ela estivera aprisionada. Alí na igreja agora ele estendeu-lhe a mão dizendo que agora ele era um cristão e que Deus o havia perdoado das atrocidades que fizera, mas ele gostaria que ela também o perdoasse. Após segundos que pareciam horas, em que ela manteve a mão ocupada para não estender, ela orou: “Jesus, ajuda-me! Eu posso levantar a mão, isto eu posso fazer; Tu supres o sentimento.” Ela afirma que quando estendeu mecanicamente sua mão aquele calor que cura inundou o seu ser e trouxe lágrimas a seus olhos. Disse ela então: “Eu o perdoo irmão, de todo meu coração”. Não era o seu amor, mas o amor de Deus derramado em seu coração que ela experimentava.
Rev. Jonas M. Cunha – Adaptado.