quinta-feira, 29 de maio de 2014

BUSCANDO DIREÇÃO DE DEUS NO LAR

“Então, Manoá orou ao Senhor...” Juízes 12.8a


O livro de Juízes apresenta a situação em que o povo de Israel em sua vida espiritual cheia de altos e baixos, e as conseqüências deles se afastarem do caminho de Deus, o agir disciplinador do Senhor e o livramento através de um juiz, levantado por Deus.
A mesma coisa ocorre no capítulo 13, onde encontramos a família de Manoá, num momento em que o povo de Israel está sendo oprimido pelos Filisteus.
Deus envia um mensageiro para trazer alegria ao casal e a nação.  Haveria de nascer um menino através da mulher de Manoá, que era estéril, e este menino seria nazireu, consagrado ao Senhor desde o ventre materno até sua morte, e por ele o Senhor começaria a livrar Israel das mãos de seus inimigos.
Israel estava sofrendo porque havia desobedecido a Deus, se afastado do Seu caminho. Quantas vezes nós também não sofremos por culpa nossa mesma, como conseqüência de nossas atitudes, palavras, ações ou omissões?
A notícia que o mensageiro traz deixa a mulher emocionada: “ conceberás e darás à luz um filho” (v.3). Assim como aconteceu com Sara e Abraão e com Zacarias e Isabel. “Acaso para o Senhor há cousa demasiadamente difícil?” (Gn 18.14a). Assim como queria mudar a sorte daquela mulher, queria mudar a sorte de seu povo!
O anjo instrui a mulher. Esta por sua vez conta ao seu marido que acreditou e confiou nela. Dar ouvidos é mais do que só escutar, é dar tempo, é aceitar, é transmitir a idéia: “você é importante para mim!” Ele era um marido que ouvia e confiava na esposa. Tanto que ele “orou ao Senhor” (v.8), e pediu que o Senhor enviasse o mensageiro novamente.
Manoá se preocupou com a criação de seu filho. Não deixou toda a responsabilidade para sua mulher. Interessou-se e buscou a direção de Deus. Muitos pais ficam contentes em receber elogios sobre os filhos, mas não querem participar de sua criação! O pai tem papel importante na vida emocional, mental e espiritual, além do sustento de seus filhos. No livro “A diferença que o pai faz”, da Editora Candeia, os autores apontam para a grande falta que os filhos sentem do pai e as grandes dificuldades que a ausência ou indiferença nos pais causa.
Deus não deu filhos no lar para serem criados apenas pela mãe, sem a participação do pai. A criação de filhos é um trabalho que deve ser feito em equipe, e o pai é chamado a assumir um papel de liderança na vida espiritual: Efésios 6.1-2, e especialmente o verso 4; Provérbios 4. 1, 3 e 4, e Jó 1. 4 e 5 mostram isto!
Deus ouviu a oração de Manoá e enviou Seu mensageiro novamente. Ele acreditou em sua palavra e disse: “quando se cumprirem as tuas palavras, qual será o modo de viver do menino e o seu serviço?” (v.12).
Só quando o mensageiro se retira para o céu, é que eles percebem que era o “anjo do Senhor”, uma teofania (Deus se apresentando em semelhança de homem). Ele veio ao encontro do ser humano para lhe mostrar sua graça e misericórdia. E Sua palavra se cumpriu e o menino nasceu e o Senhor o abençoou.
Com que freqüência você tem buscado a direção de Deus para a vida no seu lar?
     Rev. Jonas M. Cunha

ALEGRIA E TRISTEZA NO LAR

“Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” Jó 2.10 b


É ilusório pensar que um casal que contrai matrimônio nunca passará por problemas. A vida no lar é composta tanto de momentos alegres quanto de momentos tristes.
O capitulo 4, do 2º livro dos Reis, do verso 8 a 37, narra a história de Eliseu e uma família, com a qual ele teve contato. Um lar que foi instrumento par abençoar a vida do “homem de Deus” e o seu trabalho para Deus.
Primeiramente, vemos a hospitalidade, através da “mulher rica”, no v. 8, como uma qualidade ou característica presente naquele lar, quando ela constrange Eliseu a comer pão e a partir daí “todas as vezes que passava por lá, entrava para comer”. Verificamos a preocupação, o zelo e a sensibilidade para com a obra de Deus e para com Seu servo.
Outra característica é que ela não ficou apenas com desejo de ajudar, ou na área do sentimento (dó). Desejando colaborar com o servo de Deus e Sua obra, ela age, toma iniciativa. O texto diz que ela “falou com seu marido” (v.9). Apesar de ser rica, ela era casada. Não foi contratando um pedreiro, não atropelou a autoridade de seu marido, antes, conversou com ele, buscou o seu apoio e a sua aprovação, e assim, mais uma vez o seu lar foi instrumento de Deus, e eles construíram um aposento para o servo de Deus, onde ele pudesse descansar e refazer as forças.
O homem de Deus, então, quis demonstrar sua gratidão e consideração e pergunta a sunamita, “o que se há de fazer por ti?” (v.13). Mas ela não buscava favor, não tinha ajudado por interesse, mas com alegria de coração (2 Co 9.7). 
O profeta lhe diz: “daqui a um ano, abraçarás um filho” (v.16). Como ela era estéril, esta notícia fez o seu coração bater mais forte, e no tempo determinado ela deu à luz um filho, o que trouxe grande alegria, não somente a ela, mas também ao seu marido e a toda sua casa.
Mas, certo dia, quando o já havia crescido para acompanhar o pai no trabalho de colheita, ele começa a passar mal e é enviado para sua mãe, no colo da qual ele morre (v.20). Aquele que tinha sido o motivo de maior alegria na vida daquela família, era agora o motivo de maior tristeza!
Deus não nos dá apenas o bem aos nossos lares, mas também permite o mal (Jó 2.10 b). Em Sua soberania ele não está limitado apenas pelas coisas boas, mas pode usar até coisas más. Tudo está sob Seu controle (Gn 50.20; 45.8).
A mulher guarda silêncio e vai, e busca a Deus (v.25). Não se lamenta, não reclama, e não cai em depressão, mas controla-se até poder lançar sua ansiedade sobre aquele que podia resolver seu problemas (Fp 4.5-7).
Eliseu a acompanha de volta para casa e ressuscita o menino. Não um ressuscitamento cardiopulmonar, mas um verdadeiro milagre. Assim como Jesus se compadeceu de nós, que estávamos mortos em delitos e pecados e veio nos trazer vida (Ef 2.1; Jo 10.10b). Ele voltou com ela para trazer de volta vida e alegria àquele lar, uma alegria maior do que a primeira. Assim como a alegria do pai do filho pródigo (Lc 15.32).
Deus permite problemas e tristeza para surpreender-nos com Sua graça superabundante (Is 55.8, 9).
Rev. Jonas M. Cunha

EDUCAR SEMPRE

“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos.” João 15.13


Muitos de nós, com filhos já casados e com netos, podem pensar: Não temos mais responsabilidade de educar ninguém. Nossos filhos já cresceram. São responsáveis por eles mesmos. Evidentemente, nesse caso, a nossa responsabilidade não é mais a mesma de quando nossos filhos eram menores, porém, nós ainda somos pais e eles ainda são nossos filhos. E ninguém é perfeito.
 Diálogo, aconselhamento, orientação e até advertências, alicerçados na Verdade Eterna devem ser atitudes espontâneas no relacionamento entre pais e filhos, sem, porém, intrometer-se na vida deles. Isso só iria atrapalhar o relacionamento.
 Nossa experiência de vida pode servir de guia para nossos filhos já crescidos, e o papel dos avós é importante no desenvolvimento emocional das crianças. E é aí, então, quando estamos mais velhos e mais cansados, que devemos demonstrar aos nossos filhos e netos a serenidade que uma vida norteada pelos ensinamentos de Cristo nos deu.
 Mais do que os carinhos e mimos que naturalmente dispensamos aos nossos queridos, o exemplo de retidão, de tolerância e de alegria por amor a Deus serão as referências mais significativas para o fortalecimento da fé daqueles que mais amamos.
 Pense: A educação dos filhos desconhece limites de idade!
 Extraído de Cada Dia (Mai/2005)
 Rev. Jonas M. Cunha

terça-feira, 6 de maio de 2014

... E SEUS IRMÃOS

“Todos estes perseveraram unânimes em oração, com as mulheres, 
com Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dele.” Atos 1.14



Para todos com um membro próximo de sua família que não seja de Cristo, Dr. Lucas incluiu uma maravilhosa surpresa no primeiro capítulo de Atos. Entre os reunidos para orar nos dias após a ascensão de Jesus aos céus, Lucas mencionou Maria, a mãe de Jesus, e Seus irmãos (At. 1.14).
 Esses mesmos irmãos cresceram com Jesus em Nazaré (Mt 13.54-55). Eles chegaram a querer tomar conta de Jesus no começo de Seu ministério, porque erroneamente pensavam que Ele estava fora de Si (Mc 3.21, 31-32). E, sarcasticamente, mandaram que Jesus iniciasse sua “carreira” em Jerusalém, ainda que se recusassem a segui-Lo (Jo 7.1-5).
Como em muitos lares de hoje, a própria família de Jesus estava dividida pela questão de acreditar nEle. Nosso Senhor experimentou a tristeza, a falta de compreensão e até o conflito que pode resultar quando os familiares estão divididos em matéria de fé. Mas, em dado momento do qual não somos informados, Seus irmãos passaram a crer nEle como seu Senhor e Messias.
 Não podemos compelir nossos familiares a receber nosso Salvador, mas podemos continuar a amá-los e a orar por eles. E podemos permanecer confiantes que Deus ainda irá providenciar maravilhosas surpresas.
 Deus ama nossos amados perdidos mais que nós mesmos.
 Extraído de Pão Diária- v. 2
Rev. Jonas M. Cunha