quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A Ceia do Senhor


“Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, 
vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha.”1Coríntios 11.26

             Durante a refeição no Cenáculo, Jesus tomou o pão e, partindo-o, deu-o aos discípulos, dizendo-lhes: “Isto é o meu corpo dado em favor de vocês: façam isto em memória de mim” (Lc 22.19). Após a refeição, tomou o cálice de vinho e o deu a eles, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês” (Lc 22.20).  Tais palavras e atos são plenos de significado, pois nos mostram a própria visão de Jesus em relação à sua morte. Três verdades se destacam.
 1ª) A centralidade de sua morte. Jesus estava dando instruções para o seu próprio culto memorial – eles deveriam comer o pão e beber o vinho “em sua memória”. Além do mais, o pão representaria não somente o corpo vivo de Jesus, como também o corpo dado em favor deles, enquanto o vinho representava o seu sangue derramado.  Em outras palavras, ambos os elementos apontavam para a morte de Jesus.  Era pela morte que ele desejava ser lembrado.
 2ª) O propósito da morte de Jesus.  Conforme Mateus, o cálice representava “meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados” (Mt 26.28). Esta é a declaração verdadeiramente maravilhosa de que, através do sangue de Jesus, derramado em sua morte, Deus estabeleceria uma nova aliança (Jr 31), cuja maior das promessas era o perdão dos pecados.
 3ª) Necessidade de nos apropriarmos de forma pessoal dos benefícios da morte de Jesus.  No drama do cenáculo os discípulos não eram apenas espectadores, mas participantes. Jesus não somente partiu o pão, mas deu-lhes para que o comessem.  Não somente derramou o vinho no cálice, como também o deu para que eles bebessem.  Da mesma forma, não bastou que Cristo morresse – temos de nos apossar das bênçãos de sua morte.  O ato de “comer o pão e beber o vinho” foi, e ainda é, uma parábola viva do receber a Cristo como nosso Salvador crucificado e de nos alimentarmos dele em nosso coração mediante a fé.
A Santa Ceia, conforme instituída por Jesus, não foi uma declaração sentimental do tipo “não me esqueçam”.  Antes, foi um drama com grande riqueza de significado espiritual.

John Stott – A Bíblia toda, o ano todo.

Guerra Contra a Carne


“Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.”1Coríntios 15.57



            Uma das artimanhas do diabo para nos afastar de Deus é nos fazer pensar que somos tão maus, que não somos dignos de estar na Sua igreja. Ou então, que só depois que pararmos de cometer erros é que poderemos fazer parte de Seu povo.  Estes pensamentos têm afastado muitas pessoas de Deus, e feito muitos crentes viverem tristes e sentindo-se derrotados.
Em Romanos 7.7-25, fica claro a triste realidade da nossa condição.  Embora salvos em Cristo, lavados e remidos no sangue do Cordeiro, ainda possuímos uma natureza pecaminosa.  O pecado habita em nós – “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não porém, o efetuá-lo” (Rm 7.18). E no verso 21, do mesmo capítulo de Romanos, Paulo diz: “Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim”.
No verso 23 e 25, ele usa a “lei” como metáfora, para se referir a autoridade, compulsão e controle do pecado em nossa vida, como a lei da gravidade. E o pior é que ele está dentro de nós, e nos deparamos com ele, mesmo em nossos melhores momentos, e esta é uma luta sem trégua. Um “cabo de guerra” constante entre fazer a vontade de Deus e fazer a nossa vontade (da carne) – Rm 8.5.
Não podemos viver na ignorância espiritual.  É importante compreender esses fatos sobre a nossa velha natureza. A libertação e vitória não virão pela negação de que o mal existe em nossa própria natureza humana. Porém, por mais que exercitemos nossa força de vontade, falhamos.  Não há forças em nós para resistir e fazer a vontade de Deus.
Mas...”Graças a Deus por Jesus Cristo...” (v. 25). O apóstolo Paulo reconhecia que esta luta que temos, ele também tinha. As frustrações que sentimos, ele também experimentou. E no capítulo 8.1-11, ele vai dizer como nós podemos vencer esta guerra. 
1º) Temos de deixar Deus, através do Espírito Santo, vencer por nós, em vez de tentarmos vencer para Ele. Não há força em nós para resistir e fazer a vontade de Deus. “A lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.” (Rm 8.1 e 2).
2º) Temos que andar com Jesus cada dia – falando com Ele (orando) e ouvindo Sua voz (Bíblia), confessando nossos pecados. Temos que tomar a decisão, pela fé, de andar no Espírito e não viver mais para agradar a si mesmo (Gl 5.17).
Para ter uma vida vitoriosa, precisamos deixar o Espírito controlar nossa vida (Gl 5.16)                         
Rev. Jonas M. Cunha

A Lição de Mical


“Voltando Davi para abençoar a sua casa, Mical, filha de Saul, saiu a encontrar-se com ele e lhe disse: 
Que bela figura fez o rei de Israel...”. 2Samuel 6.20


Há uma tendência humana, desde a queda de Adão e Eva, de querer justificar atos pecaminosos, como não sendo praticados por culpa própria, mas como uma consequência natural dos atos dos outros. “Se ele não tivesse feito aquilo, eu não teria feito o que fiz!”.  Muitos creem que isto isente a pessoa da responsabilidade de seus atos.
As pessoas que são tementes a Deus devem ter uma atitude diferente.  Jamais devem justificar a prática do pecado ou minimizar sua gravidade.
O texto nos conta que após conseguir trazer a arca da aliança para Jerusalém, Davi, numa incontida expressão de alegria, dançava com rodas as suas forças diante de Deus, despojando-se de suas vestes reais, usando em seu lugar uma estola sacerdotal (2 Samuel 6. 12-22).
Mical, sua esposa, o acusou de falta de pudor e falta de senso de sua posição real, mas, ao fazê-lo, ela revelou seus baixos sentimentos e disposições encobertos. Ela não pode perceber o pecado grave que escondia em seu próprio coração, colocando-se como um juiz a condenar Davi.
Davi não estava usando vestes indecorosas, mas as mesmas vestes de linho que os sacerdotes do Senhor, que estavam sacrificando bois e carneiros, enquanto a arca de Jerusalém era reconduzida a Jerusalém. A referência de Mical aos sacerdotes como vadios, mostra bem o desprezo que ela sentia não somente por eles, mas também pelo ofício que ministravam e pelo Deus a quem serviam.
Além do orgulho de sua posição real, e o ciúme, por Davi estar ocupando a posição que era de seu pai, diferentes passagens revelam outras motivações negativas: talvez estivesse amargurada por Davi não ter procurado reavê-la, após ela livra-lo das mãos de Saul, e acabou sendo entregue como esposa a outro homem (1 Sm 18.20,21; 1 Sm 19.10-17; e 1 Sm 25.44); além disso, durante seu tempo de fuga ele tomou outras duas mulheres - Abigail e Ainoã (1 Sm 25.39-44); ela fazia parte da negociação de Davi com Is-Bosete, através de Abner, para unificação do Reino, demonstrando Davi, de certa forma, superioridade em relação a Saul, desfazendo a afronta dele (2Sm 3.7-21).
Ela tinha então motivos para falar asperamente com Davi (sentia-se usada e desprezada, o que certamente fizeram seu coração encher-se de mágoa e ira), porém isto justificava o seu pecado.
Aquilo que nos machuca, não nos dá o direito de machucar também.  Cuidado! É comum enxergar o cisco nos olhos dos outros, sem enxergarmos a trave diante de nós (Mt 7.3-5).
Rev. Jonas M. Cunha

Creio em Jesus Cristo...desceu ao Hades

“A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”. Filipenses 2.8
(conclusão)
III- Efésios 4.9 “regiões inferiores da terra”, isto é, as partes mais baixas, ou seja, à terra. A maioria dos comentaristas entende que a expressão é usada apenas para se referir a terra.  Como no Salmo 68, temos um contraste entre céu e terra. Efésios 4 aponta para o triunfo de Cristo, uma vez que a ascensão ao céu implica uma descida prévia à terra.  IV- 1 Timóteo 3.16- muito menos, aqui, poderia ser entendido como Cristo aparecendo no mundo inferior na presença de Satanás e seus anjos. Aqui não se refere a anjos caídos, antes, afirma que Ele foi reconhecido por toas as classes de seres, sua encarnação.  V- 1 Pedro 3.18,19 – é impossível que Cristo tenha descido ao inferno e com o propósito de pregar. A interpretação que os protestantes comumente dão a esta passagem é que Cristo no espírito pregou por meio de Noé aos desobedientes que viveram antes do dilúvio, que eram espíritos aprisionados quando Pedro escreveu, e pelo mesmo, poderiam ser designados desse modo.  Bavinck considera que isto é insustentável e interpreta a passagem como que se referindo a ascensão, a que ele considera como uma rica, triunfal e poderosa pregação aos espíritos em prisão. VI- 1 Pedro 4.4-6, o apóstolo adverte aos leitores que não devem viver o resto de suas vidas na carne, conforme a concupiscência dos homens, mas conforme a vontade de Deus, ainda que com isto ofendam a seus antigos companheiros e sejam ultrajados por eles, posto que estes terão que dar contas de seus atos a Deus que está pronto para julgar aos vivos e aos mortos.   Os “mortos” a quem o evangelho foi pregado, evidentemente, todavia, não estavam mortos quando se lhes pregou, posto que o propósito da pregação era em parte que pudessem “ser julgados na carne segundo os homens”.  Isto só poderia ter acontecido durante a vida terrena deles.
Muitas vezes, a palavra Hades no N.T. significa apenas morte (1 Co15.55), enquanto Inferno é sempre lugar de sofrimento (Mt 18.9;Mc 9.47-48).  Entendemos que a expressão Hades, como se acha no Credo, ensina que Cristo continuou sob o poder da morte por um dado tempo.  A morte de Cristo não foi simbólica, foi uma realidade, o mesmo tipo de morte que os homens experimentam.

Rev. Jonas M. Cunha

sábado, 24 de novembro de 2012

Creio em Jesus Cristo...desceu ao Hades


“A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”. Filipenses 2.8


Algumas pessoas ao lerem estas palavras do credo apostólico ficam se perguntando: Será que Jesus foi mesmo ao inferno? E se Ele foi, o que Ele foi fazer lá?
Este questionamento nos permite expor a respeito da doutrina dos estados de Cristo. Em geral “estado” é a posição ou estatus que alguém guarda na vida, e em particular o modo de relação forense em que alguém se coloca diante da lei, enquanto “condição” é o modo de existência pessoal, especialmente segundo o determinam as circunstâncias da vida.  Assim, aquele que diante de um tribunal de justiça é condenado se encontra em um estado de culpa ou de condenação, ao que, em geral, segue uma condição de encarceramento com todos os seus resultados de vergonha e privações.
Na teologia os estados do Mediador se consideram, geralmente, acompanhados das condições resultantes.  De fato, os estados diferentes de humilhação e exaltação, segundo costuma-se defini-los, têm a tendência de por em realce, mais as condições do que os estados.  Entretanto, os estados são mais importantes que as condições e assim devem ser considerados.
No estado de humilhação Cristo esteve debaixo da lei, não só como regra de vida, mas como a condição do pacto das obras, e também debaixo da condenação da lei, mas no estado de exaltação está livre da lei, havendo cumprido a condição do pacto das obras e havendo pago o castigo do pecado.
Fundamentando-se em Filipenses 2. 7 e 8, a teologia reformada distingue dois elementos na humilhação de Cristo: o fato dele haver posto de lado a majestade divina, e  em haver se sujeitado às demandas e maldições da lei.  O elemento essencial e central do estado de humilhação encontra-se no fato de que aquele que era Senhor de toda a Terra, o supremo legislador, se coloca debaixo da lei cumprindo, em benefício de seu povo, com todas as obrigações representativas e penais que ela impunha.  Por isto, se fez legalmente responsável pelos nossos pecados e atraiu sobre si a maldição da lei.
Este estado é refletido na correspondente condição que se descreve nas etapas de humilhação: encarnação, sofrimento, morte, sepultamento, e, descida ao hades.        
No Antigo Testamento, fala-se sempre dos mortos como indo a seus pais, descendo ao Sheol. Os tradutores da Septuaginta empregaram a palavra hades para traduzir sheol.  Ambas querem dizer: mundo invisível habitado pelo espírito dos mortos, aí se encontram em plena consciência, uns em estado de miséria e outros em estado de felicidade.
Muitas vezes, a palavra hades no Novo Testamento significa apenas morte (1 Co 15.55), enquanto inferno é sempre lugar de sofrimento (Mt 18.19; Mc 9.47-48).
Ao analisar algumas passagens bíblicas que são citadas para demonstrar que Cristo desceu ao inferno (em um sentido peculiar a ele propriamente) notamos que as mesmas não ensinam isto: I- Salmo 16.8-10//Atos 2.25-27, 30-31 – alguns concluem que a alma de Cristo estava no inferno (hades) antes da ressurreição, porque o texto diz que ela não foi deixada ali. Porém: a) a palavra alma se usa com frequência no hebraico como pronome pessoal e sheol como o estado de morte; b) se entendermos desta maneira essa palavra, teremos um claro paralelismo de sinônimos.  A ideia expressa seria que Jesus não foi deixado no poder da morte. c) Isto está em perfeita harmonia com a interpretação de Pedro em Atos 2.30,31 e a de Paulo em Atos 13.34,35.  Nos dois casos está citado o mesmo salmo para provar a ressurreição de Jesus. II- Salmo 18.5 e 116.3 – a alusão em ambos os casos é a ideia familiar de alguém em uma rede.  A ideia é que o salmista se sentia tão enleado que a morte lhe parecia inevitável.  Isso é algo muito diferente de “desceu ao inferno ou sheol. Além disso, a posição em que a clausula em questão se mantém no credo proíbe tal interpretação. Ela seque a clausula referente à morte e ao sepultamento de Cristo. É a exegese natural das palavras imediatamente anteriores. “Ele foi crucificado, morto e sepultado, e desceu ao Sheol”, isto é, ingressou no estado invisível.  Mas seria totalmente estranho dizer: “ele foi morto, sepultado e sofreu extrema agonia”,  quando se admite que seus sofrimentos seus sofrimentos terminaram na cruz. (Inferno – no caso, se refere ao que é invisível, o que está encoberto.  Todos os mortos, justos e injustos vão para lá).
  Rev. Jonas M. Cunha
(continua no próximo boletim)

Paz... é só para os Salvos!

“Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.”. Romanos 5.10


É impossível ao ser humano conseguir paz fora de Deus!
A paz é o sentimento mais procurado por todos nós. Toda humanidade a busca de várias formas: na família, na moradia, no lazer, nas festas, nas viagens e também nos bens.
Mas o que aprendemos, na verdade, é que quando nos sentimos amados e aceitos, temos então um sentimento de paz maior do que todas as coisas que podemos adquirir.
Contudo, o segredo está somente quando entendemos a nossa precariedade humana e a nossa impossibilidade de proporcionar algo que nos assegure amor eterno e incondicional, e quando nos deparamos com a manifestação pública do amor de Deus em Cristo, que é eterno, incondicional e inimaginável, esse sim é nosso porto seguro, chegamos onde precisávamos.
A grandeza desse amor nos dá motivo suficiente para vivermos saltando de alegria em toda nossa vida, porque fomos alcançados com o maior de todos os prêmios, o amor eterno de Deus. (1 Pe 2:10)
A bíblia afirma que nós que hoje somos filhos, quando ainda éramos inimigos dEle, fomos atraídos através de Jesus e que agora podemos viver em paz, pois somos amados e aceitos por Ele.
Nada irá nos separar dessa “família eterna”. A palavra de Deus nos diz em Rm 8:38 e 39:” Nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir..., poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
As evidências nos ensinam que as nossas buscas por paz, serão todas em vão, enquanto não reconhecermos o grande amor de Deus.
O argumento forte é que se Deus fez o máximo por nós, oferecendo seu único filho na cruz em nosso lugar. Agora não irá nos deixar jamais! Somos propriedade exclusiva dEle!
Isso nos assegura, nos tranquiliza e nos concede uma paz que excede todo entendimento.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”. (Fp 4:7)
Pr. Daniel Marcio
(Pastor da I. P. Jd. Bonfiglioli)

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Motivos de Intercessão pela Igreja


“Estas palavras que, hoje, te ordeno  estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos...”. 
Êxodo 6.6,7a


O grande desafio para a liderança da igreja verdadeiramente cristã é almejar ter nela cristãos verdadeiramente comprometidos com Deus e sua Palavra.
Não é novidade para o cristão consciente que não é possível a ele imprimir quaisquer valores espirituais na mente e no coração do pecador, mesmo regenerado, sem a intervenção divinal.  Por isso o primeiro e primordial passo é interceder para que Deus, na sua graça habilite a igreja para receber e viver tal realidade.
Diante da necessidade da saúde espiritual do povo de Deus, e sendo a intercessão mútua, princípio norteador da unidade da igreja, todo cristão comprometido deve envolver-se neste ministério e não só a liderança.
À luz de Deuteronômio 6, podemos pensar em pelo menos três motivos pelos quais a liderança e o povo de Deus deve interceder, para ser uma igreja saudável:
1 – Pelo despertar de interesse pelo agir de Deus na história: É necessário que o povo de Deus seja despertado nesse sentido, e somente Ele pode promover esse interesse.
Se não podemos despertar interesse pelas coisas espirituais; se somente o Espírito Santo pode fazer isso, cabe ao cristão suplicar para esse valor ser despertado no povo de Deus.
Não se pode esquecer que para sermos intercessores, precisamos, nós mesmos, ser os primeiros interessados para dar o exemplo. Portanto, há de se buscar um genuíno interesse pelo agir de Deus, e mais, pelo Deus que age.
(Continua)
Rev. Samuel Almeida Rios
(Presidente do Presbitério de Pinheiros)

O Dia do Senhor

“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!... Ali ordena o SENHOR a sua bênção e a vida para sempre”. Salmo 133.1,3b



              Um dia feito para o homem.
            Se por um lado o dia do Senhor foi feito para o aprofundamento da comunhão com Deus, Jesus nos apresenta outra função do sábado: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc 2.27).  Jesus quer dizer que quando Deus criou o sétimo dia Ele tinha em mente o homem, o seu descanso.
             Ao pensar na correria de nossas igrejas, no “estresse eclesiástico”, nos compromissos e agendas da igreja nos finais de semana, devemos guardar pelo menos dois princípios importantes:
 1º) o dia do Senhor também foi feito para o descanso.  Costumamos nos esquecer disso e nos envolvemos em um ativismo alucinante na igreja.  Nem sempre nos lembramos de que nosso corpo e mente precisam de repouso para enfrentar a jornada de trabalho da semana;
 2º) o culto não pode ser penoso, mas sim uma expressão de momentos deliciosos na presença de Deus e dos irmãos.  Se os domingos não têm sido prazerosos, não é porque Deus exige uma carga pesada demais, mas porque muitas igrejas não têm sido prudentes no estabelecimento de suas atividades.
           O salmista expressa bem a alegria, o prazer e até a necessidade (do corpo, da mente e do espírito) de estar na presença do Senhor, cultuando a Deus: “A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!” (Salmo 84.2).
O culto é, sem dúvida, um momento de renovação de forças para o ser humano.
 Rev. Jonas M. Cunha (adaptado)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Os Sacramentos e o Crescimento Espiritual

“Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados”.  Mateus 26.28.


              Vinculados ao culto, os sacramentos são parte fundamental na adoração cristã, e nós reconhecemos os dois que foram instituídos por Cristo: o batismo e a santa ceia.
             Os sacramentos são observados por toda a igreja há séculos.  Isso ocorre porque foram ordens diretas do Senhor Jesus enquanto esteve na terra.
             A santa ceia foi estabelecida antes de sua morte para servir como símbolo de sua contínua presença na igreja (Mt 26.26-28).  Ela é a continuidade da Páscoa judaica (Êx 14), porém com um significado completo de libertação do pecado.
            O batismo, da mesma forma, foi estabelecido por Jesus para simbolizar a obra do Espírito Santo em nós (Mt 28.19).
        O crescimento espiritual por meio dos sacramentos é real e devemos compreender que o símbolo endossado e praticado pela igreja nos sacramentos consolida nossa comunhão com Jesus.
             O batismo simboliza a obra do Espírito lavando, purificando e plantando a semente do novo nascimento no pecador redimido.  Jesus garantiu que aquilo que for ligado na terra estará sendo ligado também no céu (Mt 16.19).
           Essa afirmação de Jesus garante à igreja, hoje, que um irmão recebido pela igreja, também é recebido nos céus.  Semelhantemente, na prática da santa Ceia temos a garantia da presença espiritual de Jesus.
 Rev. Jonas M. Cunha (adaptado)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

I.P.B. – 153 anos


“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”.
Marcos 16.15


 Por Emma Castro - APMT

O mês de agosto é comemorado na Igreja Presbiteriana do Brasil - IPB - o “Mês das Missões”. Esta data foi instituída em homenagem ao missionário, Rev. Ashbel Green Simonton enviado pela Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos ao Brasil. Ele chegou ao Rio de Janeiro no dia 12 de agosto de 1859, aos 26 anos de idade.
O Rev. Ashbel Green Simonton (1833-1867) nasceu em West Hanover, na Pensilvânia, USA. Simonton estudou no Colégio de Nova Jersey e inicialmente pensou em ser professor ou advogado.
Influenciado por um reavivamento em 1855, fez a sua profissão de fé e, pouco depois, ingressou no Seminário de Princeton. Um sermão pregado por seu professor, o famoso teólogo Charles Hodge, levou-o a considerar o trabalho missionário no estrangeiro. Três anos depois, candidatou-se perante a Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, citando o Brasil como campo de sua preferência.
Já no Brasil, em abril de 1860, Simonton dirigiu o seu primeiro culto em português. Em janeiro de 1862, recebeu os primeiros conversos, sendo fundada a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. No breve período em que viveu no Brasil, Simonton, auxiliado por alguns colegas, fundou o primeiro periódico evangélico do país (Imprensa Evangélica, 1864), criou o Presbitério do Rio de Janeiro (1865) e organizou um seminário (1867). O Rev. Ashbel Simonton morreu vitima da febre amarela aos 34 anos, em 1867 (sua esposa, Helen Murdoch, havia falecido três anos antes).
A Igreja Presbiteriana do Brasil – IPB cresceu, se fortaleceu e se espalhou por todo o território nacional. Hoje a IPB conta com oito Seminários, Institutos Bíblicos, Colégios, mais de 3.000 igrejas e muitas congregações.
 Rev. Jonas M. Cunha
Extraído do Site Oficial da  I.P.B.


Pensando no Dia dos Pais


“E vós, pais,... criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor”. Efésios 6.4

Em todo o ensino da Bíblia, há uma ênfase acentuada no dever dos pais para com os seus filhos. Há um texto precioso, quando Deus anuncia a Abraão a destruição de Sodoma e Gomorra: “Ocultarei a Abraão o que estou para fazer, visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra? Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo”  Gênesis 18:17-19.
Antes de entrarem na terra prometida, Moisés deu uma solene instrução ao povo sobre o dever de amar ao Senhor de todo o coração, de ter as palavras do Senhor no coração e de inculcá-las nos filhos, seja assentado em casa, seja andando pelo caminho, seja na hora de deitar, seja na hora de levantar.
Note que não era uma opção para os pais. Tratava-se de um dever, de um mandamento.
No Novo Testamento é clara esta responsabilidade em Efésios 6:4: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor”. Uma interessante consideração sobre este versículo é que a palavra “pais” (pateres, no original grego), refere-se aos homens, aos pais e não às mães. Isto não quer dizer que as mães podem ficar omissas, pelo contrário; mas a principal responsabilidade está nas mãos dos pais, que infelizmente, não cumprem o seu papel nesta área.
Senhor, dá-nos pais segundo o Teu coração!

Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de “Radar Crianças” da Apec

Perdão e Direção de Deus


“Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados”.
Salmo 32.1


Todos os seres humanos, do mundo inteiro, são confrontados por dois problemas básicos: culpa em relação ao passado e ansiedade quanto ao futuro.  O Salmo 32 trata diretamente dessas duas questões.
            Em relação à primeira, Deus nos promete o seu perdão.  O salmo começa com uma bem-aventurança: “Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas”.  Como Deus pode nos perdoar pelos nossos pecados em vez de usá-los contra nós, para nos acusar?  O apóstolo Paulo nos dá a resposta, citando dois versículos desse salmo como exemplo, no Antigo Testamento, da justificação dos pecadores pela graça de Deus, por meio da fé, independentemente de obras (Rm 4.6-8).
            Porém, precisamos confessar os nossos pecados.  Deus não pode estender seu perdão sobre os nossos pecados enquanto não os colocamos diante dele em confissão.  Davi descreve o tormento daqueles que se recusam a assumir sua culpa.  Muito antes de surgir a expressão “psicossomático”, Davi relata como sua consciência torturada provocou sintomas físicos alarmantes (Sl 32.3-4).
            Quanto à segunda, Deus promete sua direção.  No versículo oito, Deus repete quatro vezes a mesma promessa: “Eu o instruirei no caminho que você deve seguir; eu o aconselharei e cuidarei de você”.  Contudo, é importante observar que a promessa é seguida de uma advertência: “Não sejam como o cavalo ou o burro, que não têm entendimento” (v.9).
            Assim, Deus promete nos guiar, mas não devemos esperar que ele nos guie da mesma forma que guiamos cavalos e burros.  Por que não?  Porque eles não têm entendimento, enquanto nós temos.  Ele normalmente nos dirige através de processos racionais, e não a despeito deles.

Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de “A Bíblia toda o ano todo” de John Stott

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Você já orou hoje?

“Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”. Tiago 5.16 
A oração é fundamental na vida cristã.  É o oxigênio da vida espiritual. 
Uma das principais evidências de que alguém é de fato convertido e regenerado é o fato dessa pessoa orar constantemente. “Orai sem cessar” (1 Ts 5.17).
No texto de Tiago 5, verso 16 (a cima), chama a atenção a explicação que vem entre vírgulas, pois diz que a súplica do justo pode muito, não porque ele saiba orar bonito, ou porque ele fica repetindo insistentemente o mesmo pedido, ou porque ele vai orar numa montanha, ou com copo de água em cima da televisão...  A frase mostra que o segredo é que ele ora, simplesmente.  A oração em si é um meio eficaz de resolvermos problemas.
Precisamos orar sempre, apesar da nossa falta de tempo.  Veja o que diz o Rev. Hernandes Dias Lopes: Eu sei que você é uma pessoa muito ocupada. Levanta cedo, vai dormir tarde e corre o dia todo. Sei que você tem muitos compromissos e às vezes lhe falta tempo até mesmo para cuidar de você. O problema é que nessa correria, você corre o risco de deixar para depois seu tempo de oração. Sem oração sua vida torna-se uma ciranda louca e pouco produtiva. Orar é otimizar o tempo. Orar é preparar-se para viver segundo a vontade de Deus, pela força do poder de Deus. Você já orou hoje?”
Rev. Jonas Morais Cunha

terça-feira, 31 de julho de 2012

O Cristão e o Medo 3


“Então, voltaram todos os homens de Judá e de Jerusalém... porque o SENHOR 
os alegrara com a vitória sobre seus inimigos”. 2 Cronicas 20.27
Aprendemos que há diversas situações em que sentimos medo.  O medo faz parte da natureza humana.  Quando o medo surge devemos não apenas buscar o SENHOR, mas com fé, com confiança.
            O relato de 2 Crônicas 20.1-30 nos ensina isto, e mais... mostra os resultados.  No final das contas, a história de Josafá e seu povo teve uma grande reviravolta.  O que inicialmente parecia uma calamidade transformou-se em uma manifestação da misericórdia de Deus. Ele fez com que os exércitos inimigos guerreassem entre si, de modo a se destruírem por completo.  Quando os judeus chegaram lá, só havia corpos pelo chão (v.24).
            Em lugar do medo terrível que sentiram no começo, o que se viu, no final, foi “alegria, porque o Senhor os alegrara com a vitória sobre seus inimigos” (v.27).  Resultados que fizeram com que eles voltassem para Jerusalém tão felizes:
         1. Fortalecimento da Fé – Quando confiamos nas promessas de Deus (Lc 1.37) e dEle dependemos, percebemos o quanto isso é maravilhoso e nos estimulamos a depender e confiar nele ainda mais, a despeito do medo que venhamos a sentir.
          2. Bênçãos Materiais – O texto diz que os judeus demoraram três dias para saquear os despojos, e que eram objetos preciosos e em grande abundância (v.25). Deus sabe do que necessitamos e nossa fidelidade ao Senhor não deve depender das circunstâncias favoráveis desta vida (Mt 6.32-33).
           3. Testemunho – Aquela situação aterradora transformou-se em uma oportunidade ímpar de testemunho (v.29).  Ao passarmos por situações que nos causam medo, nossas reações são observadas, e quando Deus concede livramento, torna-se oportunidade de testemunhar do Evangelho e da diferença que Cristo faz em nossa vida.
            A Bíblia nos garante que “... todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).

Rev. Jonas M. Cunha - adaptado


O Cristão e o Medo 2


“Daí ouvidos... ao que vos diz o SENHOR: Não temais, nem vos assusteis...” 2 Cronicas 20.15
Já vimos que o medo faz parte da natureza humana e que não é pecado sentir medo. Depois, vimos que a coisa certa a fazer, quando surge uma situação que nos causa medo é buscar ao Senhor. No texto bíblico de 2 Crônicas 20.13-21, aprendemos que além de fazer a coisa certa, também precisamos fazê-la da maneira certa.
            Após a oração de Josafá, Deus lhe deu resposta imediata através do profeta Jaaziel (v.14), dizendo que Ele mesmo os livraria (v.15).  Aí foi usada a palavra Yahweh (SENHOR), que mostra a eternidade de Deus e a imutabilidade dos Seus planos.
            O texto nos ensina que o rei não só buscou o Senhor, mas que o fez com fé.  A sua confiança e a de todo o povo é demonstrada pela maneira como eles reagiram diante da resposta do Senhor (v. 18-19).  Deus tinha dito que estaria com eles, que os livraria, e daria vitória, sem mesmo terem que lutar (v.17 e 18).  Bem, eles ainda não tinham visto a vitória, mas já estavam louvando a Deus, pois confiaram nEle (Hb 11.1).  A gratidão tomou o lugar do temor!
            O que é confiar em Deus?  É o cristão desempregado ficar em casa esperando o telefone tocar oferecendo um emprego? Não! Apesar de Deus ser poderoso para fazer até isso, sua Palavra nos mostra que ele age em uma dinâmica diferente.  A confiança de Josafá nos revela algumas verdades nesse sentido:
            1. Deus faz a parte dEle – Deus havia prometido que o povo não precisaria lutar, mas, o exército de Judá seria testemunha do livramento sobrenatural do Senhor (v.17). Confiar significa descansar no poder de Deus.
        2. Deus exige que façamos nossa parte – Deus podia dar o livramento sem que os soldados precisassem sair de casa. Mas, ele mandou que saíssem como se fossem guerrear, e marchassem até a frente de batalha (v.18).  Confiar significa agir dentro das limitações humanas, sabendo que Deus, a Seu tempo e a Seu modo, agirá.
            A Bíblia está repleta de promessas de Deus para consolar e animar Seus filhos.
(Continua)            Rev. Jonas M. Cunha - adaptado



domingo, 8 de julho de 2012

O Cristão e o Medo

"Então, Josafá teve medo e se pôs a buscar ao SENHOR...” 2 Cronicas 20.3a

Em diversas situações de nossa vida sentimos medo. A Bíblia está cheia de exemplos de pessoas que sentiram medo (Ex. discípulos no barco). O medo faz parte do nosso cotidiano. É algo natural nesta vida.  Sentir medo não é pecado.  Mas o que devemos fazer quando ele aparece?
            Meditando no texto de 2 Crônicas 1-13, aprendemos com o exemplo do rei Josafá, que como filhos de Deus, devemos buscar o Senhor.
            Numa outra situação de perigo, Josafá, em vez de buscar ao Senhor, aliou-se com o seu vizinho Acabe, rei de Israel.  Esta aliança terminou em tragédia: Acabe morreu (2 Cr 18.1-3) e Josafá só escapou pela misericórdia de divina (2 Cr 18.31).  Desta vez Josafá sabia o que não fazer: aliar-se com quem quer que seja, em vez de buscar o Senhor.
            A Escritura nos ensina a confiar no Senhor antes de tudo.  No entanto, é muito comum procurarmos o socorro de Deus apenas quando todos os recursos naturais já falharam. Buscar ao Senhor deve ser nossa primeira providência e não a última!
            Também somos ensinados a colocar diante de Deus as nossas angústias e aflições, com suplicas e ações de graças, pedindo que Ele abençoe o uso que faremos dos meios naturais e nos abençoe de forma sobrenatural, dando paz ao nosso coração (1 Pe 5.7; Fp 4.6-7).
            Josafá fez isto.  No meio do povo, na casa de Deus, ele orou, reconhecendo sua incapacidade de resolver o problema. E dois elementos importantes identificados em sua oração por socorro são:
1. Adoração – Bendizê-lo por tudo que Sua Palavra diz que Ele é. Vemos isto no v. 6, onde, em última análise, a soberania de Deus é apresentada como motivo de adoração, e base de sua confiança.
2. Louvor – Bendizê-lo por tudo o que a Sua Palavra diz que Ele faz. Josafá lembra e faz o povo lembrar os atos de misericórdia demonstrados por Deus ao Seu povo em diversas circunstâncias (v. 7-9).           
(Continua)
Rev. Jonas M. Cunha - adaptado

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Lidando com os dramas familiares


“Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam...” Salmo 127.1a

Alguns dizem que a família está falida e que o casamento é uma instituição fadada ao fracasso.  Concordo que nunca assisti a tantos relacionamentos descartados.  No entanto, essa visão é injusta.  Existem, sim, casamentos que dão certo.  Foi Deus quem planejou a família e ela é um projeto dele.  Antes que houvesse qualquer outra instituição humana, Deus a criou.  Não há ninguém mais comprometido com a felicidade do seu casamento e do seu lar do que o Senhor.
A família não faliu.  Quem faliu, na verdade, foram as pessoas que a compõem.  Falidos estão os corações, o respeito mútuo, o altruísmo, a opção de viver pelo outro e para o outro.  Falida está a capacidade de perdoar, a habilidade de compreender falhas; falidas estão as pontes de comunicação, a fidelidade ao cônjuge e a busca por construir o casamento sobre as estruturas indestrutíveis das Escrituras e de um compromisso sério entre os cônjuges.  E isso tem nos custado uma vida de decepções e lágrimas.
A palavra nos ensina que só por intermédio do sopro de Deus a vida se manifesta e a família encontra alívio para os dramas da vida.
Há esperança para você, ainda que seu lar esteja em ruínas.  Basta que você creia.  Porque para Deus tudo é possível (Mc 10.27).
Mensagem de abertura do Cada Dia
“Especial Família”
Pelo Rev. Milton Ribeiro


domingo, 24 de junho de 2012

Você é um Doegue?


“A tua língua urde planos de destruição; é qual navalha afiada....” Salmo 52.2a

Tema: Santidade no Falar Sl 52:1-5
 
3 características de um Doegue
1) Poderoso e Mau (v1)
2) Maledicente (v2)
3) Perverso
Contraste entre o justo e os perversos (v5a9)
DOEGUE - são aqueles que rejeitam os ensinamentos de Deus
DAVI- são aqueles que são comparados a oliveira verdejante e cheia de seiva - Feliz ''A mulher cristã que busca seguir os ensinamentos do Senhor e que confia nele e em sua misericórdia, florescerá e prosperará.''

3 Lições práticas
1) Precisamos ter muito cuidado com nossas palavras Pv 21.23
2) Não devemos utilizar a língua como se fosse uma navalha ou como ponta de espada Pv 12.18
3) Rejeitar a tagarelice Dt 13.14a
Sl 1.3/ Sl 92. 12-15
Mensagem do dia 10/06/2012,
Por ocasião do aniversário da SAF de nossa igreja – por Leide Spadini Almeida, da I.P. Belém


sábado, 16 de junho de 2012

Bezalel e o Tabernáculo (parte 2)


“Eis que chamei pelo nome a Bezalel,... e o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício.” Êxodo 31.2-3


A cultura e a religião não precisam estar em contraposição se usarmos a teologia certa para aproximá-las.
A teologia reformada rejeita os extremos nocivos, que são:  1º) tentar desassociar completamente a religião da cultura, como se nada houvesse de valor para ser aproveitado por considerar a malignidade do mundo; e, 2º) reagir a cultura de braços abertos como se nenhum filtro precisasse ser usado.
Cremos que realmente o mundo se encontra sob a influência do mal, mas isso não se constitui fator suficiente para negá-lo completamente, antes, a cultura produzida deve ser transformada.
O exemplo da construção do tabernáculo é  uma prova disto, mostrando o próprio Deus fazendo uso de elementos artísticos para instituir o Seu culto e adoração.  E o tabernáculo foi feito a partir de ofertas feitas pelos israelitas (Ex 35.5-9), mas elas provinham dos egípcios (Ex 12.35-36) como dote, quando saíram daquela terra de escravidão.
Podemos traçar, então, uma analogia sobre a santificação da cultura: as riquezas que eram usadas para adornar pagãos agora seriam usadas pelo habilidoso Bazalel na construção do tabernáculo.  De igual forma, instrumentos musicais criados pelos descendentes de Caim (Gn 4.21) são munerados por Davi como úteis e necessários à adoração a Deus (Sl 150).
Concluímos que os elementos culturais (literatura, política, cinema, música, artes, etc.) devem ser aproveitados para a produção de boa cultura a fim de proporcionar um maior desfrute da criação de Deus.
Os cristãos devem não só usar os seus talentos, mas ensinar a razão da existência do mesmo a outros.

 Rev. Jonas M Cunha (Adaptado)


sexta-feira, 8 de junho de 2012

Bezalel e o Tabernáculo (parte 1)


“Eis que chamei pelo nome a Bezalel,... e o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício.” Êxodo 31.2-3


O que Deus pensa das artes e da cultura?
Algumas pessoas acham difícil conciliar religião com cultura, e há os extremado: de um lado as artes e cultura são coisas do diabo, e, de outro, tudo pode ser usado na igreja de forma indiscriminada.
No livro de Êxodo, capítulo 30, versos 1 a 11, temos uma lição preciosa sobre esta questão. O povo de Israel estava no deserto.  Na ocasião da recepção das tábuas da lei por Moisés.  Junto com os mandamentos, Deus ordena que seja construída uma casa (tenda) para que Ele pudesse habitar no meio de Seu povo. A construção do tabernáculo foi extremamente importante para unificar a adoração.
Deus deu prescrições exatas sobre sua construção (Ex 25.9).  Era um projeto complexo, pois teria vários ambientes, cada um equipado com móveis e utensílios próprios, todos descritos e determinados por Deus, com cobertas de pele e cortinas de linho ... (Ex 26.1-30).
Os mais diversos tipos de matérias foram usados (Ex 35.5-9).  A complexidade e a variedade levam imediatamente a considerar o quão belo era o projeto de Deus. Com diversos utensílios – cada um deles belo e significativo.
Todo o projeto foi concebido pela mente criativa de Deus, porém, Ele não o fez, antes, Ele escolheu alguns homens para esta importante tarefa, e o homem escolhido para ser o construtor chefe se chamava Bezalel.
A capacitação conferida a Bezalel foi conforme a atuação do Espírito Santo no Antigo Testamento, isto é, para um determinado fim e pode ser sido temporária.  Isto, de certa forma, acontece em nossos dias pelo conceito de vocação.  Através de uma operação comum a todos os homens, O Espírito Santo faz com que a sociedade possa desfrutar do exercício de todas as profissões.  Deus trabalha no coração dos homens, dotando-os de certas habilidades, que resulta no exercício de determinadas profissões.  É a “graça comum” – o agir de Deus derramando bênçãos até sobre aqueles que nunca serão salvos (At 14.16-17).  Vemos isto nos descendentes de Caim (Gn 4.20-22).  Mesmo sendo preteridos, Deus não deixou de capacitá-los com virtude.
(Continua no próximo boletim)

Rev. Jonas M Cunha (Adaptado)