terça-feira, 31 de março de 2015

Perseverança na Oração

“Perseverai na oração, vigiando com ações de graças”. Colossenses 4.2


O apóstolo Paulo inicia suas anotações finais com incentivo à oração. A oração é a respiração na vida cristã, assim como a Palavra é o alimento. Não há vida cristã, não dá para viver sem estas duas coisas. Para o cristão vencer as tentações e provações, e ter poder e autoridade para testemunhar, precisa estar na presença do Senhor.
 A Bíblia fala sobre muitos homens e mulheres de oração. O próprio Senhor Jesus, mesmo tendo muita coisa para fazer, e muitas pessoas para atender, “se retirava para lugares solitários e orava” (Lc 5.16).
 Temos o exemplo de Isaque, do qual a Bíblia não fala muita coisa, mas conta-nos que ele saía ao campo para meditar ao cair da tarde (Gn 24.63), e que ele orou por sua esposa estéril, e ela concebeu (Gn 25.21). Ana foi perseverante, e o Senhor ouviu sua oração (1 Sm 1.7,16, 26-27). Jó estava constantemente na presença do Senhor (Jó 1.5), teve força para passar por grande provação, e finalmente foi restaurado, quando orava por seus amigos (Jó 42.10).
 Não basta orar na hora das refeições e antes de dormir, ou quando somos solicitados a orar na igreja. É preciso ter uma vida de constante oração (Rm 12.12; Ef 6.18; 1Ts 5.17), e não apenas individual, mas comunitária, ou seja, com os irmãos (At 1.14; 2.42).
 “Perseverança na oração” – é a expressão mais importante da nova vida, e é também o meio de obter para nós mesmos e para os outros, a satisfação das necessidades, tanto físicas como espirituais.
 Jesus foi perseverante na oração. Os apóstolos seguiram o Seu exemplo, a igreja primitiva seguiu o exemplo dos apóstolos, e nós precisamos seguir o exemplo da igreja primitiva.
 Faça um propósito diante de Deus de separar um tempo diário para orar. Deus fará grandes coisas através de você e em você!
Rev. Jonas M. Cunha

sexta-feira, 27 de março de 2015

Relações Domésticas

“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens”. Colossenses 3.23



É triste de ver, e até alguns artistas na televisão tem comentado, sobre as novelas que passam uma visão distorcida de família para o povo.  A verdade sublime e prática de que Cristo é o único e Todo-suficiente salvador, e, como tal, a fonte de vida do crente é aplicada a grupos familiares, também.
 O apóstolo Paulo apresenta uma tabela de deveres familiares difícil de obedecer, porém, o Cristianismo oferece a força necessária para o cumprimento dos mandamentos,  apresenta um novo propósito: “fazer tudo para a glória de Deus” (Cl 3.15), E o padrão de conduta que glorifica a Deus.
 As mulheres devem ser “submissas” ao marido (v.18), e a razão apresentada é, “como convém no Senhor”, estando em harmonia com Sua vontade revelada nas Escrituras (o marido lidera, a esposa segue). Quando a esposa segue o padrão de Deus, ela pode ser uma benção para o marido, pode exercer uma influência benéfica e pode promover não somente a felicidade dele, mas também a sua própria. Submissão não implica inferioridade, não obriga a agir contra a consciência, mas ocorre num contexto de amor. Quando se sente amado, não é difícil submeter-se.
 Aos maridos é dito que “amem suas esposas”(v.19). Esse amor age como uma influencia moderadora sobre o exercício da autoridade do marido. Cada um procura agradar e beneficiar o outro.  Aos filhos, “obedecei” (v.20). Os pais são mais experientes. Quando os pais deixam os filhos fazerem o que querem, isto não é demonstração de amor, é crueldade. Os “pais” (v. 21), devem tomar cuidado para não serem injustos e demasiados severos. Isto pode desanimar as crianças.  Devemos procurar fazer menos críticas e mais elogios.
 Ainda Há uma palavra para os “escravos” (v. 22), agirem bem, não apenas sob vigilância, mas fazendo “de todo o coração, como para o Senhor”, com incentivo da recompensa da “herança”.
Mas os “senhores” também devem se lembrar que têm um senhor no céu (4.1). Todos nós estamos servindo ao Senhor, e as Suas virtudes devem ser vistas em nossas vidas em todo o lugar, primeiramente no lar. 
Rev. Jonas M. Cunha

segunda-feira, 16 de março de 2015

Novas Virtudes

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia,
 de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade”. Colossenses 3.12



A santificação é um processo realizado por Deus, no qual somos participantes. Ela é composta por duas partes: mortificação e vivificação. Isto quer dizer, matar a velha natureza (Cl 3.5) e vivificar a nova natureza (Cl 3.1). Em outras palavras, devemos deixar as práticas antigas do pecado, e em seu lugar, implantar novas práticas, resultantes da nova natureza.
 Nos versos 12 a 17, o apóstolo trata do aspecto da vivificação, comparando-o com o tirar a roupa velha e suja, e colocar uma roupa nova e limpa, já que fomos lavados no sangue do Cordeiro, continuando e especificando o que ele disse em Colossenses 3, verso 10.
 “Revesti-vos” – devemos nos vestir das virtudes que são as do próprio Cristo, pois somos “santos” (separados para o Senhor e Sua obra). Fomos isentos da culpa dos pecados pelo sangue de Cristo, e estamos sendo libertos, mais e mais, da imundícia do pecado, e renovados segundo a imagem de Deus.
 Devemos nos vestir de; “ternos afetos de misericórdia”, isto indica um sentimento muito profundo; lembra-nos a reação de José ao ver Benjamin (Gn 43.30);  de “bondade” – benevolência do coração, conferida pelo Espírito Santo, e oposto a malíciaou perversidade, como no caso do bom samaritano (Lc 10.25-37); “humildade” – uma qualidade que os crentes devem se esforçar mais e mais por adquirir, que se revela em modéstia na apreciação em relação ao próximo (Lc 7.6); “mansidão”- que não é fraqueza, mas submissão sob provação, a disposição de sofrer injúria em vez de praticá-la (Exemplo: Moisés – Nm 12.3); e “longanimidade” – característica da pessoa que, diante daqueles que a molestam, mostra paciência, recusando-se a ceder à violência ou a explosão de raiva, como o profeta Jeremias, ou o profeta Oséias.
 Quando um crente manifesta essas virtudes no seu relacionamento com o próximo, ele “se revestiu” de Cristo (Rm 13.14).
 Você está se revestindo das virtudes de Cristo todos os dias? Lembre-se disto da próxima vez que for se vestir para sair!
Rev. Jonas M. Cunha

segunda-feira, 9 de março de 2015

Buscando as Coisas Lá do Alto

“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as cousas lá do alto...”. Colossenses 3.1



Após falar de sua alegria e seu amor para com os crentes da cidade de Colossos; de falar sobre a pessoa e obra de Cristo, explicando a base da nossa salvação; e de adverti-los e exortá-los, quanto aos perigos de se desviar da fé em Cristo somente; agora, o apóstolo Paulo vai explicar sobre o processo de santificação e como vencer o pecado: mortificação e vivificação.
 A palavra “portanto”, do verso 1, liga este trecho ao que foi dito anteriormente. Deviam deixar de seguir os pensamentos carnais e terrenos, para vencer o pecado, focados nas suas próprias obras, e concentrarem-se na obra de Cristo. Por nós mesmos não conseguimos viver uma vida santa, não conseguimos vencer o pecado, sendo aquelas ideias do verso 21 a 23 do capítulo 2, inúteis e ineficazes. Por isso, o apóstolo diz que eles deveriam ter uma atitude e comportamento diferentes, baseado na união com Cristo: “se fostes ressuscitados juntamente com Cristo”.
 “Buscai” – o verbo implica em esforço perseverante, constante. Não uma busca para descobrir, mas para obter, como em Mt 6.33; 13.45-46. Mas a ênfase não está no buscar, mas no objeto a ser buscado. “As coisas lá do alto” são valores espirituais que estão no coração do Mediador exaltado em glória, de onde, sem prejuízo a si mesmo, são concedidos àqueles que humildemente os pedem e diligentemente os buscam (Mt 7.7; Ef 4.7-8). Paulo faz referência às realidades apresentadas mais adiante, nos versos 12 a 16, do capítulo 3, em que se destaca o amor.
Se o coração dos crentes forem cheios de tais frutos, não haverá lugar para satisfação da carne. Eles são instigados por esta admoestação muito prática a ponderar e ansiar por aquelas coisas. Esse método positivo de vencer o pecado é uma característica do ensino de Paulo (Rm 12.21; Gl 5.16, Fp 4. 8,9). Portanto, deve-se “fazer morrer”(v.5), “despojai-vos” (v.8), deixar de alimentar a natureza carnal e terrena (ver filme, novelas, internet, etc) e jogar fora alguns velhos hábitos – que aguçam os desejos da nossa natureza pecaminosa, e em seu lugar, cultivar (“vos revistais do novo homem” v. 10) pensamentos e ações que ajudem a desenvolver o caráter de Cristo.      
Rev. Jonas M. Cunha

quarta-feira, 4 de março de 2015

Um Deus de Braços Abertos

“...Ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)”.  Mateus 1.23b


Por ser uma realidade acima de qualquer outra realidade ou por ser uma ficção criada ou alimentada pela preocupação com a morte, “a ideia de Deus jamais morrerá, ou melhor, morrerá apenas com o último homem”.
 O problema da humanidade em todos os tempos não é o ateísmo. Apesar de todas as filosofias e de todos os movimentos contrários ao teísmo, o ser humano continua mantendo sua fé nos deuses (a grande minoria)ou em Deus (a grande maioria). Segundo o sociólogo americano Phil Zuckerman, os ateus ao redor do mundo  seriam apenas11% da população (pesquisa realizada em 2007), problema ligeiramente maior para o gênero masculino.  O grupo que mais cresce é o formado pelos sem-religião, mas nem todos são ateus.
 O problema acentuadamente preocupante é que um bom número daqueles que creem em Deus não acredita que ele esteja de braços abertos para sua alma aflita.  Eles nunca leram a resposta à 1ª pergunta do Catecismo Menor, preparado pela Assembleia de Westminster, que reuniu os mais competentes e fervorosos teólogos da Inglaterra na Abadia de Wetminster, em Londres, a partir de 1º de julho de 1643. “Qual o fim principal do homem?” A resposta: “O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”. O propósito nº 01 do ser humano não é exclusivamente adorar a Deus. Além de magnificar a Deus a criatura pode e deve “gozá-lo para sempre”. ... Então, o fim principal da criatura é deliciar-se com o Criador, é desfrutar de seu amor, de sua graça, de sua presença, de seu perdão, de sua glória. Em resumo: desfrutar de seus braços abertos – quando a alma está aflita ou não.
 Deus não é meramente o arquiteto e mecânico deste vasto universo. Deus não é meramente o Criador e sustentador dos céus e da terra e o soberano Senhor que governa tudo. O Deus dos cristãos... é uma pessoa que ama, que se aproxima, que enxerga e enxuga lágrimas, que ouve e responde à oração, que se compadece da fraqueza humana e o trata com bondade e paciência, que gosta de ser chamado de Pai Nosso...
Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de Revista Ultimato