terça-feira, 28 de janeiro de 2014

OS ENSINOS DE JESUS

“Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, 
aproximaram-se os seus discípulos”.Mateus 5.1


   Os evangelhos foram escritos para que as pessoas pudessem saber quem era Jesus e crer nEle (Jo 20.31). A necessidade de escrevê-los se justifica  pela rápida expansão do cristianismo, pois eram utilizados para evangelizar e doutrinar os novos convertidos, como também pelo fato de as principais testemunhas e personagens da história de Cristo começavam a morrer.
   Outra questão: Por que 4 evangelhos? Na verdade muitos outros foram escritos, mas somente estes foram considerados verdadeiros e aceitos como inspirados, já que outros tinham partes não confiáveis e foram escritos mais tarde. Os 4 tinham sido escritos por apóstolos ou por associados íntimos de algum deles. Os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas apresentam muito material semelhante sobre a vida de Cristo, apresentando uma visão mais ou menos comum de Suas atividades e ensinos e da cronologia dos acontecimentos. São chamados de sinóticos (de sinopse, uma  visão de conjunto). João apresenta grande parte de material peculiar e organizado em longos discursos. As diferenças servem para completá-los mutuamente, sem contradições, ao passo que as semelhanças têm caráter confirmatório.
   O evangelho de Mateus foi escrito para judeus, visando responder às suas perguntas sobre Jesus de Nazaré, que alegava ser o Messias de Israel (predito no A.T.). Assim, Jesus é frequentemente chamado de “Filho de Davi” e como Aquele que cumpre as profecias messiânicas do A.T. O reino dos céus é o assunto central de boa parte de Seu ensino aqui registrado. A data provável de escrita do livro é de 64 a 70 d.C. O tema do livro é “Cristo, o Rei”. E as divisões importantes são: o Sermão do Monte (cap. 5 a &); as parábolas do reino (13), e o sermão profético, que trata de eventos futuros (24-25).
   O “Sermão do Monte” é o primeiro dos 5 grandes blocos do ensino de Jesus em Mateus. É um dos Seus discursos mais famosos. Ele não apresenta o caminho da salvação, mas o caminho da vida justa para os que fazem parte da família de Deus, contrastando o novo caminho com o caminho “antigo” dos escribas. É a afirmação clássica da ética do reino de Deus.
    Para os judeus do tempo de Cristo o sermão foi uma explicação detalhada do que significa a exortação “arrependei-vos!” (3.2; 4.17). Era também uma elaboração do espírito da lei (5.17, 21-22, 27-28). Para todos nós é uma revelação detalhada da justiça de Deus, e seus princípios são aplicáveis hoje para os filhos de Deus.

 Rev. Jonas M. Cunha

sábado, 18 de janeiro de 2014

JESUS, O DEUS CRÍVEL

“Não se turbe o vosso coração: credes em Deus, crede também em mim.
 (...) crede ao menos por causa das mesmas obras”. João 14.1, 11b


   “Os Incríveis”, animação da Pixar Animation Studios, lançado em novembro de 2004, distribuído pela Walt Disney Pictures,   recebeu o Oscar de melhor animação e de melhor edição de som. O filme fala sobre uma família que tinha superpoderes, e por isso podiam realizar coisas extraordinárias, que uma pessoa comum não poderia realizar.
   O dicionário diz que “incrível” é: que não se acredita, inacreditável; difícil de acreditar; extraordinário; inexplicável; singular, estranho. Mas também pode significar aquilo que não se pode crer. Desta forma, num sentido, Jesus também é incrível, pois Ele é Deus, Poderoso, e realizou milagres e coisas extraordinárias, inexplicáveis, difíceis de acreditar. Porém, também podemos dizer que Jesus é crível, pois ele é real, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e é digno de nossa confiança.
   No contexto de João14 Jesus estava preparando os discípulos para Sua partida, pois Ele seria morto, ressuscitaria e voltaria ao Pai. Mas Ele não os deixaria órfãos. Jesus os estava exortando então a continuar confiando nEle, ainda que Sua presença com eles não fosse corpórea, mas espiritual. “...Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20); “De maneira alguma te deixarei,, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13.5). Quando vivia aqui na terra Ele podia estar apenas em um lugar de cada vez. Agora Ele está à disposição de todos os crentes em qualquer lugar.
O que Jesus estava dizendo aos seus seguidores, e a nós também é: vocês podem confiar na minha presença. Vocês creem em Deus, então, creiam também em mim. Ele se põe em um plano igual a Deus.  “Crede em Deus, ainda que não possam vê-lo. Crede também em mim. Continuem crendo. Sua fé em mim não pode diminuir só porque vocês não me verão mais. Eu ainda estarei presente com vocês”.
   Certamente vamos passar por lutas e dificuldades neste novo ano. Acontecerão coisas que nos deixarão surpresos. Outras nos deixarão tristes, ou aborrecidos. Mas não se esqueça: Jesus está com você. As crises provam a nossa fé, a nossa consistência diante de Deus. O trabalhar de Deus em nossa vida pode exigir de nós algum esforço, mas criará em nós persistência, resistência, caráter, aperfeiçoamento. A facilidade traz flacidez, acomodação, inércia espiritual. Vamos confiar no Senhor e coloca-lo em 1º lugar diariamente (Mt 6.33).
Rev. Jonas M. Cunha