terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Muito obrigada, meu Deus!

“Bendito seja o Senhor, pois ouviu as minhas súplicas. O Senhor é a minha força e o meu escudo; 
nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda. Meu coração exulta de alegria, 
e com o meu cântico lhe darei graças”  Salmo 28.6-7


       
      Muito obrigado, meu Deus! Pelas lágrimas que rolam pelo meu rosto, pois quando meu coração está duro elas o atingem e deixam-no sensível e delicado. Muito obrigado, meu Deus! Por me ensinares a odiar o mal, não aprovar a injustiça e não ter preguiça nem covardia para lutar por um mundo melhor. Muito obrigado, meu Deus! Por Jesus ter morrido em meu lugar, pela compreensão de que Ele é o único caminho que leva a Ti e porque posso temer-Te todos os dias, resultando em benefícios para mim e para minha família. Muito obrigado, meu Deus! Por teres me escolhido para ser teu filho e pela esperança de participar do grande banquete na eternidade. Sei que sou teu convidado, Senhor! Muito obrigado, meu Deus! Por minha família crer em Ti, pois quando todos nós mais precisamos, te encontramos. Muito obrigado, meu Deus! Porque quando erro, tu me dás uma nova chance, pois tua misericórdia se renova a cada manhã. Muito obrigado, meu Deus! Por sempre fortaleceres meu ombros e firmares minhas pernas para te servir e por iluminares minha mente para compreender melhor o teu querer em minha vida. Muito obrigado, meu Deus! Porque não tenho mais motivo para ter medo, pois tu me dás coragem; não preciso me sentir derrotado, pois por meio de Cristo me conduzes ao triunfo. Também é raro que eu me sinta sozinho ou fraco, pois Tu és minha companhia sempre e minha fortaleza.
     Querido Deus, te agradeço também por quem está lendo este texto hoje. Que essa pessoa possa sentir Teu agir em sua vida e expressar toda a sua gratidão por tudo o que tens feito. Gratidão é a atitude natural de quem conhece Deus.
Extraído do Pão Diário

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Um Natal no barraco

“Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: mais bem aventurado é dar do que receber” Atos 20.35




     Era dezembro de 1999. Minha esposa estava no oitavo mês de gestação do nosso primeiro filho. Morávamos em Cuiabá. Devido a sua condição, não podíamos viajar 1.400km até a cidade de Maringá, como era o nosso costume, para passar as férias e o Natal com a família dela. Então, nesse ano foi diferente.
    Dedicamos o dia 24 a fazer os preparativos da ceia, assados, saladas, sobremesa. A noite, colocamos tudo no porta-malas do carro e partimos para uma favela, Pedimos a Deus que nos conduzisse a um lar que precisasse receber seu amor de uma forma especial. Chegamos a um barraco habitado por uma senhora muito simples, que morava sozinha.
    Mesmo um tanto assustada, ela nos recebeu em sua casa. Apenas um cômodo, parcamente mobiliado, bem limpinho, A cômoda serviu de mesa, a cama dela de cadeira. Nesse ambiente, ceamos, ouvimos sua história, oramos e assim foi aquele Natal. Sem música, sem enfeites nem fogos, sem muita gente, sem brincadeiras nem risadas.
    Fomos abençoados naquela noite. Não me lembro do cardápio, não me lembro do nome da senhora. Mas me lembro da paz que reinou naquele barraco, da doce emoção sentida, do sono tranquilo naquela noite. Dando, recebemos; querendo tocar, fomos tocados; falamos de Jesus, e por Jesus nós fomos visitados!

Extraído do cada dia com Deus – Meditações Holiness
Joel Tsuyoshi Odaira-Pastor da IEH de Guararapes/SP

As Escrituras e o Amor

“...O amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo.” Romanos 5.5


“Amor não é uma coisa que se sente. É uma coisa que se faz” (David Wilkerson).
A nossa leitura da Bíblia foi proveitosa? Tem trazido bênçãos para a nossa alma? Crescimento? Cuidado: desejo de adquirir conhecimento é diferente de amor pela verdade. Nosso alvo deve ser, com humildade e oração, examinar as Escrituras para ser corrigidos, ser sondados pelo Espírito Santo, amoldar o nosso coração aos requisitos santos das Escrituras.
Mais, um aspecto importante para considerarmos o quanto a nossa leitura da Bíblia tem sido proveitosa, é se, nossa leitura tem feito aumentar em nós o amor pelos irmãos. A Bíblia fala muito sobre o amor. Precisamos ver com cuidado e oração se essa virtude se acha saudavelmente em nós e se está sendo praticada de modo correto.
1. A Grande Importância do Amor. (1 Co 13)
Essa é a passagem bíblica que ressalta a importância do amor cristão mais enfaticamente. Nela vemos que, embora um crente professo possa falar com fluência e eloquência sobreas realidades divinas, se ele não tiver amor, será como o metal que embora faça barulho, não tem vida. Cristo fez do amor a grande evidência do discipulado, o que nos permite mais uma vez perceber a grande importância do amor, veja João 13.35. O amor por aqueles que o Senhor remiu é uma evidência segura de que possuímos o amor espiritual e sobrenatural do próprio Senhor Jesus.
2. A Verdadeira Natureza do Amor Cristão. (Rm 5.5)
O homem natural é incapaz de compreender qualquer realidade espiritual (1 Co 2.14). Portanto, não deveríamos nos surpreender quando cristãos professos, mas não regenerados, confundem o sentimentalismo humano e aquilo que agrada à carne como o amor espiritual. Não devemos confundir a amabilidade e a afabilidade humanas com a principal de todas as virtudes cristãs. O amor cristão é uma disposição santa, instalada nos crentes quando são regenerados (1 Jo 5.1). O amor é um princípio justo que busca o mais elevado bem do próximo. É o contrário do princípio de egoísmo e interesse próprio que se acha em nós por natureza.
3. Manifestando (Praticando) o Amor Cristão.  (1 Jo 3.17-18).
Amar os irmãos e manifestar o amor de todas as maneiras possíveis é nosso dever. Fazemos isto de maneira verdadeira e eficaz na comunhão com nossos irmãos: a) através da súplica e intercessão por eles, e até por aqueles que não conhecemos pessoalmente; b) repartindo um pouco da abundância que Deus nos propiciou com aqueles irmãos que são pobres quanto aos bens deste mundo; c) solidariedando-se com aqueles com quem convivemos, procurando sentir e tornar os seus fardos nossos, chorando com os que choram e alegrando-se com os que se alegram. A causa ou força que nos leva a manifestar amor aos nossos irmãos é que somos filhos de Deus, regenerados por Ele. O Seu amor por nós / em nós é o que nos impulsiona (1Jo 3.14).
Rev. Jonas M. Cunha

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

As Escrituras e a Alegria

“Alegrai-vos sempre no SENHOR; outra vez digo, alegrai-vos.” Filipenses 4.4



Os ímpios vivem na busca incessante da alegria, mas nunca a encontram.  Cansam-se nesta busca, mas o fazem em vão, porque o coração deles se afastou do Senhor, voltando-se a este mundo. No outro extremo há certos crentes (menos esclarecidos) que imaginam que alegrar-se é pecado. Eles imaginam que os sentimentos de alegria são produzidos pelo diabo, que se disfarça de anjo de luz. Concluem que a felicidade em um mundo de pecado, como o nosso, é quase um tipo de iniquidade. Julgam ser presunção regozijar-se no conhecimento de que seus pecados foram perdoados. Um outro ângulo pelo qual se pode ver a questão é que: “a alegria cristã é somente para p futuro”. Nesta vida, aqui neste mundo de pecado, sofrimento e ilusão, não existe alegria. Assim. O cristão vive aguardando o céu, onde aí sim, terá alegria.
Mas a Palavra de Deus diz: “Regozijai-vos sempre” (1 Ts 5.16). Sem dúvida é seguro fazer o que Deus nos ordenou. O Senhor nunca estabeleceu qualquer embargo contra a alegria. É Satanás quem se esforça por fazer-nos “penduraras nossas harpas”. Não existe qualquer preceito nas Escrituras que nos ordene: “Entristecei-vos sempre no Senhor: outra vez digo, entristecei-vos”. Pelo contrário, há exortação: “Exultai, ó justos, no Senhor! Aos retos fica bem louvá-lo” (Sl 33.1). Se você é crente, Cristo lhe pertence, e tudo quanto se acha nEle também é seu. Ele nos convida para uma festa. Isaías 55.2, diz: “Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleiteis com finos manjares”. A igreja primitiva era uma igreja alegre (At 2.46-47). A ordem de alegrar-se não foi dada àqueles que estavam no céu, e sim para os santos que ainda vivem na terra. Assim, as Escrituras nos ensinam que:
1. A alegria é um dever do crente. (Fp 4.4)
Trata-se de um dever pessoal, presente e permanente para todos que fazem parte do povo de Deus. O Senhor não nos deixou ao nosso bel prazer o ficarmos alegres ou tristes; antes, ele estabeleceu que a felicidade é um dever para nós. Não regozijar-se é pecado de omissão. Mas é claro que não devemos pensar em alguma alegria carnal, contrária à natureza de Deus.
2. O Segredo da alegria verdadeira. (1Jo 1.3-4)
Quando consideramos quão ínfima e quão superficial é a nossa comunhão com Deus, não admiramos que muitos crentes se sintam destituídos de alegria. “Alegrai-vos sempre no Senhor”. Não há outro objeto em que podemos nos regozijar “sempre”. Todas as aoutras coisas são inconstantes. O que nos agrada hoje pode provocar-nos repulsa amanhã. Mas o Senhor é sempre o mesmo e pode ser o motivo da nossa alegria nos tempos de adversidade, como nos tempos de prosperidade (Hc 3.17-18).
3. O grande valor da alegria.  (Ne 8.10).
Se nossa alma estiver descansando em Cristo, se o nosso coração estiver repleto de alegria, o nosso trabalho será fácil (1Co 10.31), nossos deveres nos parecerão agradáveis, as tristezas nos parecerão suportáveis, não haverá lugar para ansiedade, e a constância será possível.             
Rev. Jonas M. Cunha

As Escrituras e as Promessas

“...Nos tem sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas...”2 Pedro 1.4


As promessas de Deus registradas nas Escrituras tornam conhecidas e manifestam o amor de Deus ao seu povo. Elas são testemunhos externos do Seu coração, o qual, desde a eternidade, os ama e determinou previamente todas as coisas em favor deles. Por meio delas os redimidos podem ficar certos da vontade de Deus, em Cristo, a respeito deles, para que gozem de comunhão com Deus em todo o tempo, não importando quais sejam a condição e as circunstâncias deles. As promessas divinas são declarações de que Deus nos dará algum bem ou removerá algum mal. Segundo Spurgeon: elas “procedem de um grande Deus, dirigem-se a grandes pecadores, operam em nosso favor grandes resultados e abordam grandes questões”.
1. A Bíblia revela que as promessas pertencem exclusivamente àqueles que estão em Cristo. (2 Co 1.20)
Embora o intelecto natural seja capaz de perceber muito dessa grandeza, somente o coração regenerado pode sentir o gosto das inefáveis promessas de Deus.  Tanto as promessas como as bênçãos prometidas são entregues ao Senhor Jesus e dadas aos santos por meio dele (Jesus é o Mediador entre o Deus santo e os pecadores). Então, aqueles que não estão em Cristo não possuem nenhum benefício, antes a sua porção são as ameaças divinas, e não as promessas de Deus (Ef 2.12).
As Escrituras nos capacitam a fazer das promessas de Deus nosso apoio.
Elas consolam nosso coração e desenvolvem nossa fé. É impressionante o grande número de promessas que ignoramos.  Seu conhecimento nos ajudaria muito, e nos fortaleceria nos momentos difíceis, nos traria paz em momentos de tempestades.  João 6.27 – somente quando as promessas divinas são entesouradas em nossa mente, o Espírito as traz à nossa memória nas ocasiões de desânimo, quando nos são mais necessárias (Josué 1.1-10).
3. Obtemos verdadeiro proveito da Palavra quando nos utilizamos corretamente das suas promessas.
Isto não significa sair dizendo para as pessoas que se elas aceitarem a Cristo serão curadas, ficarão ricas e não terão mais problemas. Num momento muito difícil o profeta Jeremias disse: “Quero trazer a memória o que me pode dar esperança” (Lamentações 3.21). Se Deus já nos prometeu abençoar, não precisamos pedir que nos abençoe, mas apenas dizer: “Faze como falaste” (2 Samuel 7.25). É o tomar posse, apropriar-nos das promessas (“Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado...”). Com frequência Deus nos faz esperar para que a paciência seja “aperfeiçoada” (Habacuque 2.3). Várias finalidades são alcançadas por Deus quando Ele “demora” no cumprimento de suas promessas. Vale lembrar também que existem promessas incondicionais como existem promessas condicionais. “Somente quando cumprimos as exigências de uma promessa condicional podemos esperar que tal promessa se realize para nós (Spurgeon).
“Fé é se lembrar de que no Reino de Deus tudo é baseado em promessas e não em sentimentos”. Rev. Jonas M. Cunha

As Escrituras e o Mundo

“Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno.”1 João 5.19



O Novo Testamento ensina muito sobre o “mundo” e a atitude do crente para com ele.  O “mundo” é um sistema ou ordem de coisas completo em si mesmo.  Ele consiste da natureza decaída, que se manifesta no sio da família humana em conformidade com as suas próprias tendências. É o reino organizado da “mente carnal” que se encontra em “inimizade contra Deus”; e essa mente ou sua inclinação (pendor) “não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Rm 8.7). O mundanismo é o mundo sem Deus. Então, os filhos de Deus são exortados a não se deixarem “conformar” com ele-Rm 12.2
Antes, devemos nos conformar a imagem de Cristo. Um teste para aplicarmos a nós mesmos é: minha leitura da Bíblia está me tornando menos mundano?
1. Ela abre meus olhos para discernir o verdadeiro caráter do mundo?
1 Jo 5.19. Só o coração iluminado pelo Espírito Santo é capaz de perceber que aquilo que é elevado entre os homens é, na realidade, “abominação diante de Deus” (Lc 16.15). Jesus perguntou: “Que aproveitará o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mt 16.26).
2. Com ela aprendemos que o mundo é um inimigo que o crente deve combater e vencer.
O crente tem um combate (1 Tm 6.12), portanto há adversários a serem enfrentados e derrotados: “a carne, o mundo e o diabo”. Algumas razões que mostram que o mundo deve ser vencido: a) Os objetos do mundo tendem a desviar a nossa atenção.  As coisas visíveis tendem a desviar nosso coração das realidades invisíveis; b) O espírito do mundo é totalmente contrário ao Espírito de Cristo (1 Co 2.12). O Filho de Deus veio a este mundo, mas o “mundo não o conheceu” (Jo 1.10); c) As preocupações e cuidados do mundo são hostis a uma vida piedosa e celestial. Precisamos vigiar constantemente para que interesses cobiçosos não nos dominem. Nada pode vencer o mundo, senão a fé dada por Deus (1Jo 5.4). À medida que o nosso coração se  ocupa com as realidades invisíveis e eternas, ele é libertado da influência corruptora dos objetos mundanos.
3. Somos beneficiados pelo uso da Palavra quando nosso coração se desliga do mundo.
1 Jo 2.15 – “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo”.  Todos os desejos e desígnios das pessoas mundanas visam à satisfação do “eu”, não de Deus.  Os crentes estão no mundo. Precisam viver nele, ganhar seu sustento, cuidar de seus familiares, desenvolver sua atividade profissional. No entanto, não podem amar o mundo. Jesus pediu um sua oração sacerdotal: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal” (Jo 17.15). O nosso desafio é viver no mundo, sem se apegar a ele (Fp 2.15). Quando nossos olhos e corações são iluminados pelo Espírito, desprezamos aquelas coisas que pareciam tão boas (Fp 3.8; Tg 4.4).Devemos nos afastar daquilo que nos afasta de Deus!              
Rev. Jonas M. Cunha

As Escrituras e a Obediência

“O obedecer é melhor do que o sacrificar...”1 Samuel 15.22

Todos os crentes concordam que devem honrar e glorificar ao Senhor. A questão é: como? O que Deus realmente exige de nós? Participar das atividades da igreja, evangelização, contribuição financeira, são coisas que devemos fazer, porém o que Deus realmente exige é que vivamos em santidade para Ele, vida de sujeição à Sua vontade revelada.
Nossa leitura da Bíblia será relevante e proveitosa para nossa vida quando:
1. Descobrirmos as exigências que Deus nos impõe.
Deut 6.5. Deus quer que você obedeça a Sua Palavra. Os mandamentos de Deus são inalteráveis. Ele não abaixou as Suas exigências. O padrão é elevado!
2. Reconhecermos que temos deixado de satisfazer às exigências de Deus.
Is 6.5a. Vivemos infinitamente aquém dos padrões de Deus. A lei precisa ser ressaltada antes que alguém esteja pronto para ouvir o Evangelho com proveito.
3. Aprendermos que Deus providenciou todos os meios para que Seu povo cumpra as Suas exigências.
2 Co 5.17. Cristo satisfez vicariamente as exigências que Deus nos impõem, mas também assegurou que seus discípulos as satisfariam pessoalmente. O Espírito Santo opera em nós (entendimento, coração e vontade). Somos regenerados. Surge no coração uma disposição correspondente às exigências da lei (desejo de cumpri-la). A fé salvadora e a obediência são inseparáveis.
4. Percebemos que em nós é criado amor pelos mandamentos de Deus.
Sl 1.2. Toda pessoa que se considera salva mas não tem amor genuíno pelos mandamentos de Deus está iludindo a si mesma (Sl119.127).
5. Nosso coração e vontade se submeterem a todos os mandamentos de Deus.
Tg 2.10-11. Obediência parcial não pode ser chamada de obediência. Não exceção, nem restrições.  Ela deve ser total, completa. Submissão = sujeitar minha vontade à vontade de Deus. Agradar a Deus em todas as coisas ou nada em nada.
6. Nossa alma é impelida a orar intensamente por graça capacitadora.
O Espírito Santo nos transmite uma natureza que se inclina à obediência em harmonia com a Palavra de Deus.  Há um profundo desejo de agradar ao Senhor, porém permanece a velha natureza... Deus exige obediência perfeita de nossa parte (1 Pe 1.15). Perfeito = reto, sincero.  Deus vê o nosso coração. O desejo do verdadeiro crente é obedecer a Deus, o que é oposto à desobediência voluntária.
7. Desde agora desfrutamos a recompensa.
1 Tm 4.8. Purificamos nossa alma (1Pe 1.21). Obtemos atenção de Deus às nossas orações (1 Jo 3.22). Recebemos direção para nossa vida (Pv 3.17). Paz de estar no centro da vontade de Deus (Sl 19.11).
 “Vida cristã sem obediência integral a Deus significa religiosidade!''
Rev. Jonas M. Cunha

As Escrituras e as Boas Obras

“Sejam solícitos na prática de boas obras”.Tito 3.8 b


Se por um lado, é erro sério atribuir a nossa justificação diante de Deus a qualquer realização pessoal, por outro lado, são igualmente culpados de erro aqueles que negam que as boas obras são necessárias para chegarmos ao céu.
A Palavra de Deus nos ensina:
1. Qual é o verdadeiro lugar das boas obras.
O mesmo evangelho que declara que a salvação vem pela graça gratuita de Deus, mediante a fé no sangue de Cristo, independentemente das obras, é o mesmo evangelho que nos assegura que, sem a santificação, nenhum homem jamais verá a Deus. O coração dos homens regenerados são profunda e eficazmente influenciados pela autoridade e os mandamentos de Deus, de modo a se inclinarem à obediência. Existe uma conexão inseparável que Deus estabeleceu entre a nossa justificação e a nossa santificação – Rm 6.1-3.
2. A absoluta necessidade das boas obras.
A vida que os santos desfrutarão nos lugares celestiais será a consumação e a continuação daquela vida que viveram neste mundo após terem sido regenerados (Pv 4.18). Se alguém não estiver andando com Deus neste nível terreno, também não habitará com Ele nos céus. Se alguém não odiou o pecado e não amou a santidade antes da morte, certamente não o fará depois dela.
3. Qual é o desígnio das boas obras.
Os discípulos de Cristo precisam confirmar sua profissão cristã pelo testemunho de sua vida, a fim de que os homens possam ver as boas obras do crente. É assim que nosso Pai, que está nos céus, pode ser glorificado (Mt 5.16). A honra de Deus é o desígnio fundamental das boas obras. As boas obras visam chamar a atenção dos homens não para nós, e sim para Deus.
4. A verdadeira natureza das boas obras.
Só quando o Espírito Santo vivificar os indivíduos não regenerados transparecerá claramente que as boas obras são somente aquelas realizadas em obediência à vontade de Deus (Rm 6.16), baseadas no princípio de amor a Ele (Hb 10.24), em nome de Cristo (Cl 3.17) visando sempre à glória de Deus (1 Co 10.31). Isto é exemplificado na vida de Cristo.
5. Qual a verdadeira fonte das boas obras.
Os homens não regenerados não têm capacidade de realizar obras de modo espiritual (Rm 3.12; 8.7).  E os próprios crentes não são capazes de boa obra por si mesmos (2 Co 3.5), porque é Deus quem opera neles “tanto o querer como o realizar” (Fp 2.13). Além de ser regenerado, e necessário que a graça de Cristo seja implantada em nossos coração pelo Espírito. Sem Cristo nada podemos fazer (Jo 15.5).
6. Qual a grande importância das boas obras.
Por meio delas Deus é glorificado (Mt 5.16), silenciamos os que nos difamam (1 Pe 2.12), e evidenciamos a genuinidade de nossa fé (Tg 2.13-17).
7. Qual é o verdadeiro alvo das boas obras. Glorificar a Deus (Cl 1.10).                
Rev. Jonas M. Cunha

As Escrituras e a Oração

“Ele está orando” Atos 9.11


“Um crente que não ora é uma contradição de termos”. Uma pessoa que diz ser crente e não ora está destituída de vida espiritual.  A oração é como a respiração da nova natureza dos santos, assim como a Palavra de Deus é o seu alimento. Quando o Senhor quis assegurar ao seu discípulo de Damasco (Ananias) que Saulo de Tarso se convertera verdadeiramente, disse-lhe; “Ele está orando” (At 9.11).
 Muitas vezes o povo de Deus peca em oração! Hipocrisia em lugar de sinceridade; exigências presunçosas onde deveria haver submissão; formalidade em lugar de quebrantamento de coração. Quão pouco realmente sentimos os pecados que confessamos!
 A Palavra de Deus deveria ser o nosso manual de oração. Porém, estamos propensos a seguir nossas inclinações carnais como norma para nossas petições. Visto que de nós é exigido orar “no Espírito Santo” (Jd 20), segue-se que as nossas orações deveriam seguir o padrão das Escrituras, pois Ele é o Seu autor. Desta forma, concluímos que à medida que a Palavra de Deus habita mais ricamente em nós (Col 3.16), mais as nossas orações estarão em harmonia com a mente do Espírito.
 Com a benção do Espírito Santo, nosso estudo da Bíblia deve se refletir em nossa oração:
1. Levando-nos a perceber a importância profunda da oração – Mc 14.38. Uma vida de oração é absolutamente essencial para andarmos e termos comunhão diária com Deus, e para que sejamos libertados do poder do pecado no íntimo, das seduções do mundo e dos assédios de Satanás. Se essa convicção dominasse nossos corações, passaríamos muito mais tempo prostrados diante de Deus. Todos nós dedicamos tempo para tudo o que consideramos importante.
2. Levando-nos a sentir que não sabemos orar – Rm 8.26a. Isto é tão verdade que o próprio apóstolo Paulo se incluiu. O crente não pode orar sem a capacidade dada diretamente pelo Espírito Santo. A verdadeira oração é uma necessidade sentida e despertada em nós pelo Espírito, porque pedimos a Deus, em nome de Cristo, aquilo que está em conformidade com a sua santa vontade (1 Jo 5.14; Lc 11.1).
3. Tornando-nos conscientes da necessidade de ajuda do Espírito Santo – Para conhecermos nossas verdadeiras necessidades (Ec 6.12a); para orarmos pelas realidades espirituais e eternas, antes de tudo; para orar de maneira submissa e não como ditadores.
4. Ensinando-nos o propósito correto da oração – Tg 4.3.
5. Ensinando-nos a pleitear as promessas de Deus – Rm 4.21.
6. Levando-nos a uma submissão mais completa a Deus - 1Co 12.7-9.
7. Levando-nos a orar com alegria genuína – Sl 73.28.
Rev. Jonas M. Cunha

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

As Escrituras e Cristo

“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”.João 5.39



As Escrituras dão testemunho de Cristo como o único Salvador dos pecadores, o único por intermédio de quem podemos nos aproximar de Deus. Cristo não pode ser conhecido à parte das Escrituras. Crescimento espiritual implica em conhecer mais de nosso Senhor e Salvador – 2 Pe 3.18. Não se trata aqui de conhecimento intelectual, teórico, mas espiritual e prático, um conhecimento pessoal. O princípio que nos indica a profundidade com que nos tornamos forte na “graça que está em Cristo Jesus” (2 Tm 2.1) é a nossa capacidade de absorvê-lo, e depende de nós buscarmos a Ele com fé. Assim, podemos afirmar que uma pessoa se beneficia do estudo das Escrituras, quando:
1. Elas lhe revelam a sua necessidade de Cristo.
O homem, em seu estado natural, se considera autossuficiente. Ele crê que pode facilmente agradar a Deus, exatamente como Caim (Judas 11). Assim era com os judeus nos dias de Cristo, não tinha qualquer senso de que eles estavam “perdidos”, bem como da urgente necessidade de um Salvador – Mt 9.12. Faz parte do ofício do Espírito Santo, mediante a aplicação das verdades bíblicas, convencer os pecadores de sua situação desesperadora, de nossas tristes e fracassadas tentativas de dar-Lhe aquilo que Lhe devemos, e a reconhecer que Cristo é a nossa única esperança e que, se não nos refugiarmos nEle, a justa indignação de Deus certamente cairá sobre nós.
2. Elas tornam Cristo mais real para ela.
A maioria da nação de Israel via somente as formalidades externas, os ritos e cerimônias que Deus lhes havia dado para que observassem. Mas alguns tiveram o privilégio de ver através delas o próprio Cristo (Abraão – Jo 8.56, Moisés – Hb 11.26). Para muitos cristãos, hoje, Cristo é apenas um nome, um personagem histórico. Eles não têm contato pessoal com Ele, não desfrutam de comunhão espiritual com Ele.
3. Ocupa-se com as perfeições de Cristo
Primeiramente o senso de necessidade nos lança aos braços de Cristo, mas é a percepção das excelências de Cristo que nos faz achegar-nos a Ele mais e mais. Quanto mais Cristo se torna real para nós, tanto mais somos atraídos pelas suas perfeições. Nossa grande necessidade é ocupar-nos com Cristo, como fez Maria, irmã de Marta (Lc 10.38-42). Quanto de nosso tempo diário investimos nisto?
4. Cristo se torna mais precioso para ela. 1 Pe 2.7
O apóstolo Paulo considerava tudo como perda, em face da excelência de Cristo – FP 3.8. Comunhão diária com Ele é a essência e a natureza distintiva do verdadeiro cristianismo.
5. Tem uma confiança crescente em Cristo
Ninguém pode confiar em Cristo se não O conhece. E quanto mais conhecido Ele for, tanto mais confiaremos nEle.
6. Produzem nela o profundo desejo de agradar a Cristo – 1 Co 9.19-20.
7. Estas fazem-na ansiar pelo retorno de Cristo – 1 Jo 3.2               
Rev. Jonas M. Cunha

2-As Escrituras e Deus

“Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” Mateus 4.4


Vimos que as Escrituras nos dão um conhecimento de Deus que transforma a nossa vida. Assim, podemos dizer que a sua leitura é proveitosa, ou benefícios, quando há:
1. Um reconhecimento mais claro das reivindicações de Deus
O pecado separou o homem de Deus. O coração humano se tornou contrário a Deus. Porém, o desejo e a determinação daqueles que se converteram verdadeiramente é que “não vivem mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5.15). Então, as reivindicações de Deus passam a ser reconhecidas, e admitimos o legítimo domínio de Deus sobre nós, porque Ele é reconhecido como Deus. Rm 6.13. Ele exige ser o nosso Deus, ser servido por nós; que sejamos e façamos, de modo absoluto e sem reservas, tudo que Ele nos ordenar, rendendo-nos totalmente a Ele – Lc 14.26-27, 33. Reconhecer que Deus é o nosso Deus equivale a dar Lhe o trono do nosso coração.  Sl 63.1. Só teremos esta atitude à medida que obtemos um ponto de vista mais claro e mais completo sobre os direitos de Deus e nos submetermos a eles.
2. Maior temor pela majestade de Deus
As Escrituras dão a conhecer um Deus sobrenatural. O Deus revelado na Bíblia é muito diferente do conceito de Deus que se propaga em muitas igrejas chamadas “cristãs”.  O Deus das Escrituras Sagradas está vestido de perfeições tais e atributos tais que nenhum intelecto humano poderia tê-lo inventado. Deus é devidamente temido quando Ele é verdadeiramente conhecido. Pv 8.13 – O homem que vive no temor de Deus tem consciência de que “os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons” (Pv 15.3).
3. Mais profunda reverência pelos Mandamentos de Deus
Pela desobediência de Adão, todos os seus descendentes são gerados em depravação semelhante à de Adão (Gn 5.3). “O pecado é a transgressão da lei” (1 Jo 3.4). O pecado é o repúdio do domínio exercido por Deus: a autoridade de Deus é rejeitada, e a pessoa se rebela contra a vontade de Deus. O pecado consiste em seguirmos nosso próprio caminho. A salvação consiste em sermos libertos do pecado, de sua culpa, de seu poder e de sua penalidade. O espírito de obediência é dado a toda alma regenerada (Jo 14.23a). Nenhum de nós guarda os mandamentos de Deus com perfeição, mas todo crente verdadeiro deseja fazer isso e se esforça nesse sentido. (Sl 19.30 e 111).  Cristo não veio para destruir a lei, e sim para cumpri-la (Mt 5.17). Expressamos nosso amor por Cristo ao guardar os seus mandamentos (Jo 14.15).
4. Uma confiança mais firme na suficiência de Deus
O “deus” de um homem é aquilo ou aquele em quem ele mais confia.
5. Deleite mais pleno nas perfeições de Deus
6. Maior submissão aos atos providenciais de Deus
7. Canta louvores mais fervorosamente
Rev. Jonas M. Cunha

1-As Escrituras e Deus

“Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” Mateus 4.4


As Escrituras são inspiradas por Deus (2 Tm 3.16). Portanto, elas são totalmente sobrenaturais. “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21).
 As Escrituras dão a conhecer um Deus sobrenatural. O Deus revelado na Bíblia é muito diferente do conceito de Deus que se propaga em muitos países chamados “cristãos”.  O Deus das Escrituras Sagradas está vestido de perfeições tais e atributos tais que nenhum intelecto humano poderia tê-lo inventado.
 Deus só pode ser conhecido por meio da revelação sobrenatural de sua própria pessoa. Sem as Escrituras é totalmente impossível chegar perto de um conhecimento mesmo teórico de Deus (1 Co 1.21). Em todos os lugares onde as Escrituras são ignoradas, Deus é o “DEUS DESCONHECIDO”, sobre o qual o apóstolo Paulo prega no areópago em Atenas (At 17.23).
 Contudo, antes que a alma possa conhecer a Deus, antes que o conheça de maneira genuína, pessoal e vital, é necessário haver lago mais do que apenas as Escrituras. Deus não pode ser conhecido por meio de simples estudo da Bíblia, assim como o conhecimento da química pode ser obtido por meio de estudo de livros sobre química.
 O Deus sobrenatural só pode ser conhecido sobrenaturalmente (de um modo superior àquilo que a natureza humana pode adquirir), mediante a revelação sobrenatural do próprio Deus ao coração humano (2 Co 4.6). As pessoas não regeneradas não têm qualquer conhecimento espiritual de Deus. “Ora, o homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entende-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Co 2.14). É preciso ter um entendimento espiritual, por meio da regeneração, antes que conheçamos a Deus de maneira espiritual (1 Jo 5.20).
  O conhecimento sobrenatural de Deus produz uma experiência sobrenatural. Porém isto é algo que muitas igrejas desconhecem totalmente. Grande parte dos “religiosos” de nossa época é apenas um “velho Adão retocado”. É meramente um túmulo adornado, como os fariseus do tempo de Jesus. Conheciam a Lei de Moisés (intelectualmente), mas não reconheciam a Cristo a respeito da qual a Lei falava – Jo 7.28. O conhecimento sobrenatural de Deus produz uma experiência sobrenatural, e a experiência sobrenatural resulta em fruto espiritual (transformação na vida).
Rev. Jonas M. Cunha

Palavra da Vida

“Preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão...” Fp 2.16


Houve um tempo, no Brasil, em que o cristão era conhecido como “o Bíblia” ou “aquela gente do livro da capa preta”. Embora esse apelido fosse empregado de forma depreciativa pelos de fora da igreja, assim como o próprio termo “cristão” foi cunhado pela primeira vez, em Antioquia (At 11.26), o apelido evidenciava a ênfase, os valores, as crenças daquele povo. De alguma maneira, o motivo da chacota era também o que tornava os cristãos distintos no mundo em que viviam.
O verdadeiro cristão ama a Bíblia. Ela tem o peso da autoridade da Palavra divina. É este o argumento de Paulo em 2Tm 3.16-17. Ele afirma de forma clara e inquestionável a autoridade absoluta das Escrituras. E após esclarecer que Deus é o autor da Bíblia, o apóstolo passa a alistar como podemos nos beneficiar dela. Por outro lado, podemos dizer que as Escrituras são serão proveitosas em nossas vidas, se antes não a reconhecermos como a Palavra de Deus.
 Calvino comenta que “Paulo, para afirmar a autoridade da Palavra, ensina que ela é inspirada por Deus. Porque se esse é o caso, então, não há qualquer dúvida que os homens devem recebê-la com reverência. Eis aqui o princípio que distingue nossa religião de todas as demais, ou seja: sabemos que Deus nos falou e estamos plenamente convencidos de que os profetas não falaram de si próprios, mas que, como órgãos do Espírito Santo, pronunciaram somente aquilo para o qual foram do céu comissionados a declarar”. (2 Pe 1.20-21). 
 As Escrituras são claras em afirmar Sua própria autoridade, poder e fonte divinas. O Salmo 119 enaltece repetidamente a Lei, santificando-a e afirmando sua capacidade de transformar, vivificar, animar, sustentar, guiar, nutrir, fortalecer, iluminar, encorajar, ensinar, advertir, exortar, corrigir. Através dela podemos conhecer a Deus, Seus atributos, Seu caráter, Sua grandeza, poder e glória, e sobre nós, nossa criação, queda e condição, e Seu plano redentor.
 Entretanto, a Bíblia tem enfrentado os mais brutais ataques ao longo dos séculos.  Houve tentativas de desacreditá-la, diminuir sua relevância, com o secularismo, pela negação de valores absolutos que caracterizam o pós-modernismo, e de dentro da própria comunidade cristã, pelos liberais e neo-ortodoxos, e mais recentemente pelos hiper-pentecostais, que suprimem a autoridade e suficiência das Escrituras, substituindo-as ou equiparando-as a experiências místicas e novas revelações. Mas Deus mesmo a defende e preserva. Por isso, devemos nos aproximar da Bíblia com reverência. Temos que amar a Bíblia. 
Rev. Jonas M. Cunha

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A Igreja e o local onde é Plantada

“Louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, 
acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”. Atos 2.42



A palavra “gueto” refere-se, originalmente, ao “bairro onde os judeus eram forçados a morar, em certas cidades europeias (durante a guerra iniciada pelos nazistas); por extensão: bairro, em qualquer cidade, onde são confinadas certas minorias por imposições econômicas e/ou raciais”.  Ao aplicar esta palavra para a igreja, referimo-nos ao fato de que a igreja vive confinada dentro das quatro paredes do templo, isolada do local em que está plantada, sem se relacionar com o bairro ou cidade em que está plantada.
 Atos 2.42-47 registra como a igreja, recém-nascida, no dia de Pentecoste, vivia. A princípio, o texto mostra um modo de vida bastante focado nas próprias pessoas que faziam parte da igreja. As pessoas da primeira comunidade cristã estavam sempre juntas estudando a Palavra, orando, celebrando a ceia, e em comunhão, compartilhando inclusive os bens para ajudar os necessitados. Eles além de irem ao templo, também se reuniam nas casas uns dos outros, vivendo em união. Então, no verso 47 somos informados de que a igreja gozava de boa reputação, ou, eram elogiados pelo povo, e crescia em número.
 A questão que nos chama a atenção é: como que a igreja tinha aprovação do povo e aumentava o número dos que iam sendo salvos, se ela vivia sempre junta, em comunhão? A resposta é relevante para nós, pois, vivemos em tempos em que a igreja parece que vive isolada do mundo, falando uma linguagem própria, com programações e atividades próprias, fechada à comunidade, voltada para si mesma, e por isto mesmo criticada pelo povo e diminuindo em número. 
 O que o texto não diz diretamente, mas está implícito nas entrelinhas é que, apesar de viverem unidos, eles não estavam fechados para as pessoas ao seu redor.  Eles convivam com os irmãos da igreja, mas também se relacionavam com as pessoas de fora da igreja, imitando o modo de vida de Jesus. Ou seja, a igreja não vivia num gueto, mas envolvia-se com a comunidade em que estava inserida. Como diz o comentarista I. Howard Marshall: “A atividade evangelizadora da Igreja continuava diariamente. Na medida em que os cristãos eram vistos e ouvidos pelo restante do povo em Jerusalém, suas atividades formavam uma oportunidade para o testemunho” (Atos – introdução e comentário).
 Que a nossa igreja possa seguir este bom exemplo, entendendo que a igreja cresce por ação de Deus através dos crentes, e que, portanto, nossa igreja tem um papel a desempenhar no local em que foi plantada.
Rev. Jonas M. Cunha

Você está honrando a Deus?

“Honra ao SENHOR com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda”. Provérbios 3.9


A Bíblia nos ensina que tudo que existe na terra pertence a Deus (Sl 24.1). Dele é o ouro e a prata (Ag 2.8). Ele é dono de tudo, e na Sua benevolência nos sustenta (Sl 145.15, 16). Tudo que possuímos vem do SENHOR (1 Cr 29.14). Diante desta realidade o autor de Provérbios nos ensina a honrar a Deus com os nossos bens, e nos garante que o resultado será recompensador. Quase com as mesmas palavras, mas num outro contexto, o profeta Malaquias nos manda fazer uma prova: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha cada; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não derramar sobre vós bênção sem medida” (Ml 3.10).
 Por tudo o que já foi exposto, fica evidente que Deus não depende de nós e do nosso dízimo ou oferta, mas nós é que precisamos dele, de Sua provisão.  Tudo que temos vem dele, desta forma, não só o dízimo (10%), mas também os outros 90% pertencem ao SENHOR e nos são confiados para que administremos da melhor maneira.  Assim, dizimar é uma forma de servirmos a Deus, de honra-lo, e dele nos abençoar mais.
 Há três lições preciosas a respeito do dízimo que gostaria de compartilhar com os irmãos:
1º) É uma questão de obediência e fé. Jesus reafirma o nosso dever trazê-lo a casa de Deus (Mt 23.23);
2º) É uma questão de gratidão e amor. Provamos nosso amor, e reconhecemos que a nossa salvação vale muito mais (2 Co 8.8; 9.7);
3º) É uma questão de fruto, evidência de salvação. É algo natural na vida do crente, de uma pessoa regenerada (Lc 19.8,9).
 É considerado privilégio, e motivo de alegria. Vale lembrar que Abraão deu o dízimo, muito antes da lei, ou mesmo do nascimento dos filhos de Levi (Gn 14.18-20; Hb 7.1-7).
 Portanto, meus irmãos, dízimo é questão de prioridade, de disciplina. Está errada a atitude daquele que pensa “se sobrar eu vou dar o dízimo”. Ou temos fé ou não temos (Tg 2.14). Cremos que o Senhor vai nos sustentar, mesmo que entreguemos o dízimo, ou então não acreditamos no poder e nas promessas de Deus (Mt 6.33). Ou cumprimos com o compromisso que fizemos ao nos tornar membros da igreja, ou nos tornamos culpados perante o Senhor e desonramos nosso Deus (Ec 5.5-6).
 Rev. Jonas M. Cunha

Preço Pago

“Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifique a Deus”. 1 Corintios 6.20


             Entre todas as passagens bíblicas, o verso “sendo justificados gratuitamente por sua graça” (Rm 3.24) lido paralelamente com 1 Co 6.20, desperta emoções diante do que a Escritura relata sobre o grande amor de Deus por nós. Em João 3.16, o evangelista se esforça por descrever esse amor.  Ele não encontra expressões que pudessem exprimir esse amor, porque sente mesmo que não há como descrevê-lo.
 Aqui está a resposta de Deus para o nosso grande problema: ele conserta e restaura o homem em nome de Jesus por meio do amor e da graça. Isto não quer dizer que as pessoas melhorem de repete (pois é isto que se espera de cada um que aceita Jesus como Senhor e Salvador). Esteja o nosso pecado à vista ou cuidadosamente escondido no subconsciente, “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23). Por isso, tanto o ladrão e o assassino como o executivo e o industrial, o cortador de cana e o varredor de lixo, o médico e os políticos; todos estão condenados.
 Será que Deus deixou de se entristecer com o nosso pecado? Sabemos que, como justo juiz, existem duas coisas que ele nunca fará: condenar o inocente e inocentar o culpado. Então, como pode admitir que restabeleçamos relações com ele e ainda permanecer justo?
 Veja bem: é mais ou menos como o guarda que multou um motorista que não tinha o dinheiro para pagar a multa. Ele pensou: eu não posso fechar os olhos e ainda manter a minha honra como oficial da ordem; assim, ao chegar em casa, o motorista encontrou a intimação para pagar a multa, mas junto com ela, o dinheiro para pagá-la. Deus deu o seu Filho, o Senhor Jesus, para morrer na cruz em nosso lugar. Ele pagou a multa a fim de que pudéssemos sair livres; pagou a multa a fim de que pudéssemos sair livres; pagou o preço total. A nossa fé pode estender a mão e aceitar esta dádiva, reconhecendo: sou livre porque Jesus Cristo pagou o preço.
 Seu preço está pago. Você já se deu conta disto?
 Rev. Jonas M. Cunha

Santidade

“Sejam santos em tudo o que fizerem, assim como Deus, que os chamou, é santo”.

1Pedro 1.15



A raiz do significado da palavra santo é “ser diferente”. A Bíblia, por exemplo, considera o sétimo dia “santo” porque ele é diferente dos outros dias. O templo é chamado “lugar santo” porque ele é diferente dos outros edifícios.
 O modelo para a santidade é o próprio Deus – porque, acima de qualquer outra coisa, a santidade significa estar separado de tudo o que é mau, profano e impuro.  Nada e ninguém é tão santo como Deus.  Como membros do povo de Deus, os cristãos são chamados para a santidade.
 Os crentes são diferentes de todas as outras pessoas.  Eles foram escolhidos por Deus e colocados à parte. Foi-lhes dada a alta responsabilidade de viver para Deus neste mundo, e o glorioso privilégio de viver com Ele na eternidade.
 Os filhos deste mundo, por sua vez, fizeram deste mundo o seu lar e vivem exclusivamente para si mesmos.  Encontram eles alguma felicidade e prazer terrestre, mas no final serão como o relâmpago – excitante, quente, fulgurante – mas de curta duração.
 Durante este mês, reflita sobre a alegria e a responsabilidade de ser diferente.  Pela graça perdoadora e poder renovador de Jesus Cristo, também podemos ser santos. Podemos viver agora os reflexos da ressurreição, vida de qualidade total.
 Oração: Pai, chamaste-nos para a santidade. Jamais seremos santos como Tu, mas pela graça restauradora de Jesus, ajuda-nos a ser separados para a honra e glória do teu nome. Amém.
 Rev. Jonas M. Cunha
(Extraído de Cada Dia)

O Cenáculo

“Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja com vocês! 
...Assim como o Pai me enviou, eu os envio”. João 20.19,21


A versão de João para a Grande Comissão está permeada por quatro expressões curtas e incisivas, que Jesus proferiu aos seus discípulos. Primeiro Jesus lhes deu uma garantia de paz. Na noite do primeiro dia de Páscoa, os apóstolos estavam reunidos a portas fechadas, cheios de medo.  Então Jesus veio e se colocou entre eles, e ministrou paz a suas mentes e consciências atribuladas. Shalom era saudação convencional, mas tem aqui um significado mais profundo. Jesus mostrou aos discípulos suas mãos e seu lado, confirmando sua palavra com um sinal, como na Ceia do Senhor.
 Segundo, Jesus lhes deu um modelo de missões. “Assim como o Pai me enviou, eu os envio” (v. 21). A missão de Jesus envolveu a encarnação, descrita como “o exemplo mais espetacular de identificação transcultural na história da humanidade”. Ela foi identificação total, porém sem perda de identidade, pois ao tornar-se um de nós ele não deixou de ser ele mesmo. Agora ele nos envia ao mundo como o Pai o enviara. Toda missão autêntica é missão encarnacional, ou seja, implica necessariamente entrar no mundo das pessoas.
 Terceiro, Jesus lhes deu uma promessa do Espírito Santo. Ele soprou sobre eles e disse: “Recebam o Espírito Santo” (v.22). Os discípulos não saíram para proclamar o evangelho por conta própria. Missão sem o Espírito Santo é impossível. É ele quem nos equipa e capacita para o evangelismo. Em outro lugar Jesus disse aos discípulos que esperassem a vinda do Espírito. Seu sopro sobre eles foi uma parábola encenada confirmando a promessa que eles receberiam mais tarde.
 Quarto, Jesus lhes deu o evangelho da salvação: “Se perdoarem os pecados de alguém, estarão perdoados; se não os perdoarem, não estarão perdoados” (v.23). Trata-se de mais uma afirmação controversa, sobre a qual a Igreja Católica Romana tem baseado a afirmação de que os sacerdotes têm autoridade judicial para ouvir confissões e conceder o perdão. Em nenhuma ocasião sequer, no entanto, os apóstolos exigiram confissão ou concederam absolvição. Antes, pregaram o evangelho da salvação com autoridade, prometendo o perdão para aqueles que cressem e o juízo para os que o recusassem.
 Rev. Jonas M. Cunha
(Extraído de A Bíblia Toda o Ano Todo, de John Stott)