sábado, 10 de agosto de 2013

Deus Santo

“... Portanto, vós sereis santos porque eu sou santo.” Levíticos 11.45 b


  A santidade de Deus é, em primeiro lugar, aquela perfeição divina pela qual Ele é absolutamente distinto de todas as Suas criaturas, exaltado acima delas em majestade infinita. Temos em mente aqui, porém, mais particularmente a santidade ética de Deus, que consiste em Sua separação do mal moral, isto é, do pecado.
  Ao mesmo tempo em que a ideia fundamental desta santidade é a de separação, indica também algo positivo, a saber, a excelência moral ou a perfeição ética de Deus. Em Sua presença, portanto, o homem sente-se oprimido com a consciência do pecado (Isaías 6.5).
            Então, a santidade de Deus pode ser definida como aquela perfeição de Deus em virtude da qual Ele eternamente determina e mantém Sua própria excelência moral, aborrece o pecado, e exige pureza de Suas criaturas morais.
 Ela cobre todos os aspectos de Sua grandeza transcendente e perfeição moral, e, assim, é um atributo de todos os Seus atributos, salientando a “divindade” de Deus em cada ponto.  Cada faceta da natureza de Deus e cada aspecto de Seu caráter podem apropriadamente  ser chamados santos, precisamente porque Ele o é.
           Quando João diz que Deus é “luz”, não havendo nele treva alguma, a imagem está afirmando a santa pureza de Deus, o que torna impossível a comunhão entre Ele e o profano intencional, e requer a busca da santidade e retidão de vida como objetivo central do povo cristão (1 João 1.5-2.1).
 A convocação dos crentes, regenerados e perdoados que são, para praticarem uma santidade que se equipara à própria santidade de Deus, e desta forma agradando a Ele, é constante no NT, como certamente o foi no AT. Porque Deus é santo, o povo de Deus deve também ser santo.
 Sabemos que ainda possuímos uma natureza pecaminosa, e que o mundo inteiro jaz no maligno. Daí viver a vida cristã é uma missão quase impossível, e uma grande aventura. Não há nada de monótono! Mas o segredo é que não conseguimos viver uma vida santa na nossa própria força, ou pela nossa própria capacidade.  Só conseguimos isto, quando reconhecemos nossa incapacidade e fraqueza, e vivemos na dependência do Senhor, confiando na força que Ele nos dá.
Tem você buscado viver uma vida de santificação que agrada a Deus?
‘...para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo.” Filipenses 2.15
Rev. Jonas M. Cunha

A Origem da Família

“E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos,
 enchei a terra e sujeita-a...” Gênesis 1.28


 Deus criou o homem e a mulher. Criou-os à sua imagem e semelhança. Criou-os perfeitos, colocou-os num lugar perfeito e tinha com eles perfeita comunhão. O casamento não nasceu na terra, mas no céu. Não nasceu no coração do homem, mas no coração de Deus. O casamento é a primeira instituição divina. Precede á Igreja e ao Estado.
 A família é a base de todas as outras instituições. É a célula mãe da sociedade. Por ter sua origem em Deus, a família há de permanecer vitoriosa até o fim. Enquanto o mundo for mundo, a família estará presente na terra e homens e mulheres estarão se casando e dando-se em casamento.
 É bem verdade, que a família está sendo atacada implacavelmente. Mas, ela sairá vitoriosa em todas essas lutas. Os homens não podem desfazer o que Deus faz. A família prosseguirá sua jornada perseverantemente e navegará nesse mar revolto até chegar ao seu destino final, quando então, na consumação de todas as coisas, os remidos de Deus, serão recolhidos aos tabernáculos eternos para habitar para sempre com o Senhor, onde seremos uma só família!
 Senhor Deus, quero agradecer-te imensamente pela criação da família. Apesar das dificuldades que a envolvem, é maravilhoso estar no aconchego de meu lar. Em nome de Jesus. Amém.
 Rev. Jonas Morais Cunha - Extraído do Cada Dia Especial de Família

Deus Misericordioso

“Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua 
misericórdia dura para sempre.” Salmo 136.1


O amor de Deus pode ser considerado de vários pontos de vista: a graça de Deus; a misericórdia de Deus; a longanimidade de Deus. A misericórdia de Deus é a Sua devoção ao Seu povo, com quem Ele está livremente vinculado mediante o compromisso de sua própria graça em Sua aliança.
        Misericórdia é uma das características de Deus. É a suprema expressão da bondade de Deus, é o amor que salva os pecadores que só merecem a condenação; salva-os, além disso, à custa da morte de Cristo no Calvário (Rm 5.5-8). Esse amor se exerce somente em harmonia com a mais estrita justiça de Deus, à vista dos merecimentos de Cristo (Ef 2.4-5).
          O Salmo 116 era provavelmente usado na adoração do templo. Na liturgia judaica é chamado de o “Grande Hallel”, recitado na refeição pascoal depois do “pequeno Hallel” (Hallel significa louvor). Trata-se de uma liturgia antifonal, com um refrão para ficar na memória (“porque a sua misericórdia dura para sempre”). Um sacerdote ou solista cantava a primeira parte do verso, e a congregação respondia com o refrão.
 Era um poderoso e comovente convite para louvar a Deus. “Rendei graças”(v.1), introduz não somente cada um dos três primeiros versículos e o último, como também (sem ser ouvida), a totalidade dos versículos ou sequencias neste salmo. Basicamente, significa “confessar” ou “reconhecer”.
       Este Salmo nos conclama à adoração pensativa e grata, declarando tudo quanto sabemos ou descobrimos da glória de Deus e dos Seus atos, falando do Seu caráter (v.1) e soberania (v.2, 3); depois, daquilo que Ele criou – Seus feitos na natureza (v.4-9), daquilo que praticou – Seus atos de graça na história de Israel (v.10-22), e daquilo que continua a fazer – Sua misericórdia para com todos (v.23-25).   
Somos levados, não a discutir teorias sobre a criação, mas a deleitar-nos na obra de “amor inabalável”. Somos levados a louvá-lo por Sua intervenção a nosso favor (o julgamento deste mundo e do seu príncipe a partir e da cruz e da ressurreição, representados na derrota de faraó e suas hostes contra Israel).
       Os versos 17 a 22, aqui, como em Salmo 135.10-12, chama a atenção para o papel que uma lembrança grata de fatos reais desempenha na adoração.
Os versos 23 a 25, talvez seja o resumo da história já contada, e mais provavelmente a continuam até o tempo presente. Afinal de contas, “o Seu eterno amor dura para sempre” e o refrão tem a intenção de mostrar a relevância de cada ato de Deus a todos quantos cantam o salmo. O verso final retoma o estilo e à tônica do início.
A palavra hebraica “hesed” usada mais de 250 vezes no A.T., e traduzida principalmente por “misericórdia” na Bíblia versão revista e atualizada tem um significado muito profundo; é quase impossível traduzi-la adequadamente, porque descreve o âmago da natureza de Deus. É bondade, benignidade, amor, graça, favor, fidelidade e longanimidade. Só na pessoa de Jesus podemos compreender este amor persistente.
Rev. Jonas M. Cunha

Deus Fiel

             “...Os meus lábios proclamarão a todas as gerações a tua fidelidade”. Salmo 89.1 b


            Além de Poderoso é bom saber que o nosso Deus é Fiel. Conhecer este atributo de Deus nos dá algo que é muito precioso neste mundo de incertezas e insegurança.
Um dos atributos comunicáveis de Deus é a Sua veracidade. Aquela perfeição de Deus em virtude da qual Ele é verdadeiro em Seu ser íntimo, em Sua revelação, e em Sua relação com Seu povo. A fidelidade de Deus se refere a esta último aspecto da veracidade, em que Ele cumpre fielmente todas as Suas promessas pactuais.
A fidelidade é a base da confiança de Seus povo, o fundamento de sua esperança, e a causa do seu regozijo. Ela os salva do desespero a que suas infidelidades os conduziriam; dá-lhes valor para prosseguir, apesar de todos os fracassos, e enche seus corações com exultantes antecipações, mesmo que sintam profundamente o fato de haver perdido qualquer direito a todas as bênçãos de Deus.
Ele é o Deus que faz promessas e as cumpre. Ele não muda de ideia ou de opinião. No livro de Números vemos exemplo disto.  O livro trata da peregrinação do povo de Israel pelo deserto, e mostra como Deus cuidou dele.  Trata da fé que Deus requer do Seu povo, dos Seus castigos e juízos contra a rebelião e do cumprimento progressivo do Seu propósito.
Nos capítulos 22 a 24 do livro de Números, vemos que após os israelitas derrotarem alguns reis, o rei de Moabe e todo o povo temeu e mandou chamar um profeta da Mesopotâmia. Ironicamente, o Senhor usou o profeta pagão, Balaão, que tinha sido contratado para amaldiçoar o Seu povo, fazendo-o, ao invés disso, abençoar a Israel e profetizar a vinda da Estrela Real de Jacó – o próprio Messias (Nm 24.17-19). No vívido retrato da oposição divina àqueles que amaldiçoassem o Seu povo, a fidelidade de Deus às promessas feitas a Abraão segundo a aliança é demonstrada (Gn 12.3). E o mesmo profeta vai testemunhar: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Nm 23.19).
Deus é fiel (1 Co 1.9), e apesar de sermos infiéis, Ele continua sendo fiel (2 Tm 2.13). Deus é verdadeiro, Ele cumpre o que diz (Hb 10.23). Ele é fiel em cumprir o que prometeu aos que estão em aliança com Ele, seja para abençoar, seja para punir. Você já tem está experiência da fidelidade de Deus em sua vida? Já entrou em aliança com Ele?
Rev. Jonas Morais Cunha