terça-feira, 22 de novembro de 2016

PERDOAI UNS AOS OUTROS – ADAPTADO.

''Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”  (Efésios 4.32).



Mesmo na igreja, frequentemente, pecamos uns contra os outros enquanto vivemos e adoramos juntos. Além disso, nem sempre somos realmente amados pelos outros. Cada um de nós já foi ferido, por vezes gravemente. Por isso, em meio aos mandamentos para acolher, servir, encorajar e amar uns aos outros, nós recebemos um mandamento para quando nossos irmãos e irmãs cristãos falham conosco nessas mesmas coisas. Nossas responsabilidades mútuas na igreja não cessam se os outros quebram as regras. Em Efésios 4.32, o apóstolo Paulo orienta os cristãos ofendidos por pecados: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”.
Pense em si mesmo
Normalmente, minha primeira reação quando alguém peca contra mim é pensar em mim mesmo. Minha queixa, meus direitos, minha perda e meu sofrimento consomem minha mente. Como a Srta. Havisham, de Charles Dickens, eu coleciono e valorizo cada velho sinal de como fui injustiçado. Pode ser surpreendente, então, que o Senhor nos mande responder aos erros em primeiro lugar pensando em nós mesmos. Mas o “como também Deus, em Cristo, vos perdoou” de Paulo não é um incentivo à autopiedade. Um olhar atento no espelho de Deus revela não a extensão dos meus ferimentos, mas a medida em que tenho ferido (Isaías 53.5); não as maneiras que eu tenho sido ofendido, mas a longa lista de minhas próprias ofensas (Romanos 4.25); não meus sentimentos de rejeição, mas como eu já rejeitei a Deus (Isaías 53.3). Muitos comentadores prestativamente conectam Efésios 4.32 à parábola de Jesus do servo incompassivo (Mateus 18.21-35). O servo é um personagem bíblico familiar. Tendo sua enorme dívida perdoada, ele imediatamente exige o reembolso de uma dívida muito menor de um outro servo. Qual era o problema do servo impiedoso? Ele esqueceu de si mesmo e do tamanho de sua própria dívida.
Pense em seu salvador
Minha segunda resposta quando alguém peca contra mim é limitar cuidadosamente os termos de perdão. Quero brechas e exceções. Eu posso perdoar essa pessoa um pouco se for preciso, se ela primeiro fizer as coisas certas. Como Pedro, eu quero manter o perdão em doses pequenas e mesquinhas: “sete vezes, Senhor” (Mateus 18.21)? Este mandamento mais uma vez reorienta nosso pensamento quando nos dirige a meditar sobre o nosso Salvador: “como Deus, em Cristo, vos perdoou”. O perdão de Deus é completo e irrevogável (Hebreus 10.17-18). É setenta vezes sete. Você, que foi perdoado, deve ir e fazer o mesmo, diz Paulo.
Pense em seu irmão

Jesus, porém, não é apenas um exemplo de perdão. Ele é a fonte de nosso perdão. Essa é uma boa notícia, pois, tendo sido chamado para perdoar, eu quero sentar e protestar: “Eu não consigo”! Mais cedo, em Efésios, Paulo nos lembra de como Cristo reconcilia as pessoas afastadas: “tendo derribado a parede de separação que estava no meio, a inimizade” (2.14). Por sua obediência, morte e ressurreição, ele nos reconciliou consigo mesmo e também nos reconciliou com todas as outras pessoas que são reconciliadas com ele. Embora os cristãos sejam chamados a estar prontos a perdoar mesmo não-cristãos, “perdoando-vos uns aos outros” (Efésios 4.32) tem um significado especial para a igreja. Podemos viver em paz uns com os outros, porque “ele é a nossa paz” (2.14). A obra de Cristo muda tudo. Quando o pecado do meu irmão é pregado ao lado do meu na cruz, o perdão se torna não apenas uma questão de cancelar sua dívida em um livro-caixa, zerando as colunas, mas de contribuir positivamente para o seu bem-estar. “Sede uns para com os outros benignos, compassivos”, escreve Paulo (4.32).

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O QUE SERÁ DA IGREJA BRASILEIRA – Jorge Fernandes

''Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te”  (Apocalipse 3.19).






O que será da igreja brasileira?
Em que condições a igreja evangélica deixará o país ao fim-do-ano?
Será que a expansão numérica dos evangélicos no Brasil tem-se refletido em luz, ou "tudo continua como dantes no quartel do Abrantes"? Com os evangélicos não fazendo diferença, nem salgando o mundo?
Quais mudanças serão percebidas na sociedade? Ela terá refletida a sabedoria e santidade bíblicas? Terá se tornado moral e eticamente aprovada? A defender a vida e os princípios estabelecidos por Deus em Sua palavra?
Ou a expansão numérica servirá apenas para aproximar a igreja cada vez mais do padrão do mundo (através da invasão de incrédulos e suas perversões no seio da igreja; e o que é pior, a aceitação passiva por parte daqueles que se dizem cristãos e defensores da fé bíblica)? A interagir e se fundir com o secular de tal forma que não se distingue o aparentemente santo do profano?
Até que ponto, o triunfalismo e o otimismo com as possibilidades de um Brasil evangelizado é realidade ou ficção? Especialmente quando se sabe que a maior parte das pregações têm sido antibíblicas e não-cristãs? É possível se pregar o antievangelho e ainda assim evangelizar em moldes verdadeiramente cristãos? Ou estamos a misturar as coisas, sem saber o que fazemos, guiados por egos inflados, por doutrinas espúrias, com o objetivo de saciar a sanha indolente das criaturas? Sem glorificar o Criador e Senhor?Há muito tempo se ouve a frase: o Brasil para Cristo! Mas o que pregamos é Cristo crucificado, ressurreto e que está à destra do Pai governando o mundo, ou o anticristo?
Até que ponto, igrejas preocupadas com atividades sociais, de lazer, empresariais, mercadológicas, envoltas pelo pragmatismo e a busca de resultados estatísticos e financeiros podem estar comprometidas com Deus e Sua palavra, ao ponto em que ela transborde e seja impossível não proclamá-la? Até que ponto as igrejas estão preocupadas em pregar o arrependimento? E, assim, somente assim, reconhecendo-se nu e miserável o homem poderá quedar-se submisso diante do Deus Todo-Poderoso, santo e justo? Pois sem arrependimento, não houve novo-nascimento, e sem novo-nascimento como será possível ver o reino dos céus? Até que ponto, o Evangelho estará soterrado pelo humanismo? E se tornará irreconhecível como a mensagem do Deus Vivo? Até que ponto, continuaremos assentados confortavelmente em nossas poltronas sem clamar, interceder e orar pelas almas escravizadas pelo pecado? 


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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O HOMEM CRISTÃO CONTRA O MUNDO - Alfredo de Souza

''Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”  (Efésios 5.25).




O princípio de Deus concernente à liderança masculina sobre a mulher é uma das doutrinas mais incompreendidas das Escrituras Sagradas. Por causa disto, duas atitudes pecaminosas e antibíblicas são assumidas pelos homens dentro da família, Igreja e sociedade.
A primeira é a omissão total do seu papel de líder. Como é desastroso um marido omisso que não toma as rédeas de seu próprio lar, deixando de conduzir a esposa e os filhos por meio da autoridade concedida por Deus, causando insegurança e instabilidade emocional e prática nos que habitam o lar. É sofrível também contemplar uma igreja onde as mulheres são obrigadas a assumir o papel que não lhes pertence pela omissão dos homens.
A segunda é a manifestação machista que provém do chauvinismo asqueroso onde o homem se sente no direito de, não apenas se sentir melhor, mas agir como se a mulher estivesse abaixo dele. É a falsa sensação de superioridade que inexiste na estrutura divina. É o pecado do orgulho que afronta a santidade do Senhor Deus, levando-o à ira e à indignação.
O que significa a autoridade masculina e, por inferência, o que significa a submissão feminina:
1. A autoridade masculina não tem o direto de suprimir as qualidades femininas: Muitos homens pensam que liderar é o mesmo que desvalorizar. Mesmo que muitos não aceitem, a mulher possui dons e talentos que devem ser reconhecidos e até estimulados. A capacidade dada por Deus faz com elas sejam mestras do bem [1], instrutoras da verdade [2], inteligentes na administração da casa [3], negociadora e lucrativa [4], para citar apenas algumas. O marido bíblico é aquele que reconhece e incentiva a atuação da mulher dentro da sua esfera de atuação, pois é exatamente isso que Deus faz quando coloca sobre nós os ministérios do Reino, Ele nos dá liberdade de atuação dentro da nossa esfera de atuação.
2. A autoridade masculina faz do homem um servo da mulher: Muitos homens certamente torcerão o nariz aqui, mas é isso mesmo o que as Escrituras ensinam. Comecemos com algumas palavras do Senhor Jesus: Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.
3. A autoridade masculina suprime a vontade egoísta e o orgulho do homem: Quando Paulo menciona sobre como o homem deve liderar a mulher, ele diz: Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.  O objetivo da liderança masculina é glorificar a Deus e proteger a mulher, mesmo que ele tenha que dar a vida para isso. É sempre bom lembrar que a mulher se submete ao Senhor, à Sua proteção e cuidado, e o instrumento para esta proteção e cuidado é o homem.

4. A autoridade masculina existe somente porque Deus assim determinou: O princípio bíblico da autoridade masculina na economia do lar, da Igreja e da sociedade é regido pela lei da primogenitura. O homem veio primeiro, logo ele é o líder. Também a posição de poder não faz da mulher um ser inferior de acordo com que Paulo diz: Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo. (...) Porque o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem. (...) No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher. Porque, como provém a mulher do homem, assim também o homem é nascido da mulher; e tudo vem de Deus. [10]

O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ

''Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé.”  (Habacuque 2.4).



Habacuque sofreria muito se vivesse nos nossos dias. Suas súplicas a Deus por justiça frente ao viver impiedoso do seu próprio povo deve nos fazer orar como ele orou, pedindo que Deus aja mesmo contra o seu povo, para que este possa acordar da letargia e fraqueza moral em que vive.
Por mais surpreendente que tenha sido, a resposta de Deus ao profeta dizendo que mandaria um povo ímpio para escarnecer do seu próprio povo parece também ter cumprimento nos nossos dias. Somos, como ‘evangélicos’, motivo de piadas e chacotas por causa dos falsos crentes e líderes que embaralham a mente do mundo e envergonham o evangelho.
Mas, como devemos, os crentes, perceber todo esse engano que o falso cristianismo tem mostrado? Deus disse a Habacuque que escrevesse numa tábua de pedra (igualzinho aos 10 mandamentos) qual seria o centro da sua mensagem: O justo viverá pela fé.
Aprendendo a lição, o profeta declarou que se tudo na vida acabasse, a figueira não florescesse, a oliveira murchasse, os currais ficassem vazios, ainda assim ele se alegraria em Deus e na sua salvação.
Será que esse evangelho pode ser pregado como suficiente?
Se tudo o que der prazer ao leitor: família, emprego, estabilidade e o que mais você puder pensar for requerido de você hoje, você precisa entender que viver pela fé é, ainda nas piores circunstâncias, poder dizer: ainda assim eu me alegro no Deus da minha salvação.
Parece diferente do que você vê na TV? Mas esse é o evangelho daquele que nos chamou assim: Quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.

Esse é um convite irrecusável!