segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Os Dois Fundamentos

“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem que edificou a sua casa sobre a rocha”.  Mateus 7.24


Chegamos à conclusão do Sermão do Monte. Tudo o que foi dito antes tem ligação, e é a base deste fechamento: “aquele que ouve estas minhas palavras”.
Após falar de 2 caminhos, 2 portas, 2 árvores e, 2 frutos, agora, O Senhor fala sobre 2 construtores e 2 fundamentos. Tudo o que se constrói depende do fundamento: Valores sobre os quais se constitui uma grande empresa, conhecimento e treino de uma equipe esportiva, e é claro uma casa.  Como sempre Jesus fala de coisas que faziam parte da experiência de seus ouvintes.
Todos os homens são construtores, mas nem todos os construtores são iguais. Há construtores que são sábios e há os que são insensatos. Outro contraste usado por Jesus, e que distingui o construtor sábio do insensato é o modo como se constrói, o que vai levar a resultados também distintos.
O “sábio” (prudente), constrói sobre a rocha. Um fundamento firme, que dá mais trabalho, exige mais esforço e tempo, porém resulta em uma construção mais segura, firme, resistente. Este fundamento (rocha), é “estas minhas palavras”, ou seja, todo o Sermão do Monte, e por extensão, todas as Palavras de Jesus. Como o que Ele fala e faz revela quem Ele é, então o alicerce é Ele mesmo. Deus é a rocha dos crentes (Sal 18.2), isto também se aplica a Jesus.
Jesus destaca o aspecto prático disto: não basta só conhecer, é preciso praticar: “Todo aquele que ouve... e as pratica” (v. 24), e, “Nem todo o que me diz ‘Senhor, Senhor’, mas aquele que prática” (v.21). Em outra parte Jesus vai dizer: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14.15).
É claro que para praticar, precisamos conhecer, daí somos desafiados a meditar continuamente na Palavra, a orar, a confiar, e obedecer.
O dia da prova (a tempestade), chega para ambos os construtores, de várias formas: tribulação, tentação, morte, o dia do juízo. Não pode ser evitado!
Aquele que ouve a palavra de Jesus e não a pratica é como um construtor insensato, que constrói a sua vida sobre os alicerces humanos do dinheiro, da cultura, dos títulos, da fama, da popularidade, do prazer, os quais, como areia, não resistem à ação demolidora do juízo final.
Vale observar que, o anúncio do trágico fim dos incrédulos é uma manifestação da misericórdia de Cristo, um sério convite implícito ao arrependimento.
          Em que consiste o alicerce da sua vida? Reserve um tempo diário para ler a Palavra de Deus, orar, meditar, e, então, pô-la em prática. Nisto consiste a essência da vida cristão.
Rev. Jonas M. Cunha

Os Frutos

“Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis’’.  Mateus 7.20



Depois de falar das duas portas e dos dois caminhos, Jesus fala, agora, das duas árvores e seus frutos. Andar pelo caminho estreiro (da renúncia) não significa que o cristão agora pode se despreocupar.
 “Acautelai-vos”, diz Jesus no verso 15, deste trecho que vai de 15 a 23. “Mantenham suas mentes fora de...”, no original. Os falsos profetas são doutores da mentira, que seduzem o povo com falsas aparências de piedade, enquanto, no íntimo, buscam fins interesseiros.
            A mensagem do falso profeta poder ser atraente e mesmo parecer ortodoxa. É bem provável que os escribas e fariseus estivessem incluídos entre aqueles em quem Jesus estava pensando, mas a descrição também se encaixa bem em outros. O único modo de saber com segurança é deixar o tempo mostrar seus frutos. Alguns frutos dos falsos profetas são mencionados no NT: controvérsias (1 Tm 1.3), divisões (1 Tm 6.3-4), destruição da fé (2Tm 2.18), e autodestruição pela heresia (2 Pe 2.1). Sua mensagem influencia, leva a extraviar os filhos de Deus. Jeremias já alertava quanto aos falsos profetas – “Não deis ouvidos...” Jr 23.16.
 “Senhor, senhor” (v. 21) – A repetição do nome era um tratamento de intimidade (Gn 22.11, 1 Sm 3.10, Lc 22.31). O importante não é alegar ou sentir intimidade com Jesus, nem é simplesmente fazer boas obras, mesmo miraculosas; só o que importa é fazer a vontade do Pai. Genuína intimidade com o Pai significa conhecer a Deus e ser conhecido por Ele. E implica em refletir este conhecimento em nossas ações, fazendo o que Ele gosta e não fazendo o que Ele não gosta (Não mentir; usar de misericórdia, etc...). O senhor deve ser obedecido pelos seus servos!
 “Naquele dia” (v.22) – referência óbvia ao grande dia do juízo final. “Em teu nome fizemos” – O próprio Judas, foi apóstolo, pregou e fez milagres, mas não vivia o que pregava. Não basta conhecer só na mente, mas também no coração. (Is 29.13).
            Em primeiro lugar vem a obediência à vontade de Deus, depois o sacrificar – 1 Sm 15.22..
A igreja de Jesus Cristo, em todos os tempos, deve manter-se em guarda contra os que distorcem a Palavra de Deus!
 Rev. Jonas M. Cunha

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Alcançando os Perdidos

“Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo...’’. Mateus 5.13, 14


Na conhecida passagem do Sermão do Monte, Jesus afirmar que somos “sal” e “luz”, mostrando a função e o efeito da nossa atuação no mundo. Preservar da corrupção e dar sentido da vida, o que não dá para esconder (é perceptível) e é útil (traz bom resultado).
 Temos de nos misturar com as pessoas, como sal na comida, pois nossa sociedade se corrompe, e temos que iluminar , pois há muitos perdidos, que estão nas trevas. Para tanto, a igreja precisa sair das quatro paredes. A igreja somos nós (eu e você), e não o templo. E nos foi dada a missão de ir e alcançar os perdidos, levar-lhes o Evangelho (Boas Novas).
            É Jesus quem faz a obra da conversão, através do Espírito Santos, a nós cabe apenas levar a Palavra. Vamos penetrar no território inimigo e vamos resgatar vidas para o Seu reino, e as portas do inferno não irão resistir (Mt 16.18).
 Há muitas pessoas perdidas. As pessoas não querem saber de Deus, nem os crentes querem saber de igreja. As estatísticas mostram um aumento no número de “crentes desigrejados”. Vivemos num mundo de pluralismo e relativismo. O que é verdade para você, não é verdade para o outro...
 A geração atual de jovens (de cultural secularizada global) se constitui de pessoas com muita informação, mas estão vazios e sem esperança. Alimentam uma falsa idéia de quem é Jesus e estão buscando por significado e propósito, mas dificilmente procurarão a igreja para encontrar respostas.
 Eles representam um grande campo missionário. Mas, quantas igrejas estão trabalhando para evangelizar os jovens universitários? Precisamos alcançar a nova geração, conforme o modelo apresentado em Salmo 78.3-7. Igrejas estão morrendo (principalmente na Europa), porque não fizeram discípulos na nova geração.
           Como alcançá-los? Precisamos ir até eles. Precisamos falar a linguagem deles. Precisamos nos aproximar deles para que ouçam a mensagem. Jesus vivia no meio de povo, ia a festas de casamento, enterros, freqüentava lugares públicos, conversava com pescadores, agricultores, etc, sempre com uma linguagem contextualizada
Nós precisamos mais do que entregar um recado, precisamos fazer discípulos – seguidores de Jesus. Precisamos andar com Jesus, e convidar as pessoas para andar também. (Mateus 28.18-20).
 Rev. Jonas M. Cunha