“Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se
assentasse,
aproximaram-se os seus discípulos”.Mateus 5.1
Os
evangelhos foram escritos para que as pessoas pudessem saber quem era Jesus e
crer nEle (Jo 20.31). A necessidade de
escrevê-los se justifica pela rápida
expansão do cristianismo, pois eram utilizados para evangelizar e doutrinar os
novos convertidos, como também pelo fato de as principais testemunhas e
personagens da história de Cristo começavam a morrer.
Outra questão: Por que 4 evangelhos? Na
verdade muitos outros foram escritos, mas somente estes foram considerados
verdadeiros e aceitos como inspirados, já que outros tinham partes não
confiáveis e foram escritos mais tarde. Os 4 tinham sido escritos por apóstolos
ou por associados íntimos de algum deles. Os evangelhos de Mateus, Marcos e
Lucas apresentam muito material semelhante sobre a vida de Cristo, apresentando
uma visão mais ou menos comum de Suas atividades e ensinos e da cronologia dos
acontecimentos. São chamados de sinóticos (de sinopse, uma visão de conjunto). João apresenta grande
parte de material peculiar e organizado em longos discursos. As diferenças
servem para completá-los mutuamente, sem contradições, ao passo que as
semelhanças têm caráter confirmatório.
O evangelho de Mateus foi escrito para
judeus, visando responder às suas perguntas sobre Jesus de Nazaré, que alegava
ser o Messias de Israel (predito no A.T.). Assim, Jesus é frequentemente
chamado de “Filho de Davi” e como Aquele que cumpre as profecias messiânicas do
A.T. O reino dos céus é o assunto central de boa parte de Seu ensino aqui
registrado. A data provável de escrita do livro é de 64 a 70 d.C. O tema do
livro é “Cristo, o Rei”. E as divisões importantes são: o Sermão do Monte (cap.
5 a &); as parábolas do reino (13), e o sermão profético, que trata de
eventos futuros (24-25).
O “Sermão do Monte” é o primeiro dos 5
grandes blocos do ensino de Jesus em Mateus. É um dos Seus discursos mais
famosos. Ele não apresenta o caminho da salvação, mas o caminho da vida justa
para os que fazem parte da família de Deus, contrastando o novo caminho com o
caminho “antigo” dos escribas. É a afirmação clássica da ética do reino de
Deus.
Para os judeus do tempo de Cristo o sermão
foi uma explicação detalhada do que significa a exortação “arrependei-vos!” (3.2;
4.17). Era também uma elaboração do espírito da lei (5.17, 21-22, 27-28). Para
todos nós é uma revelação detalhada da justiça de Deus, e seus princípios são
aplicáveis hoje para os filhos de Deus.
Rev. Jonas M. Cunha