“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça,
porque deles é o reino dos céus..” Mat
5.10
Depois de se comprometer com Cristo, chorar por seus
pecados, entregar tudo nas mãos de Deus, buscar uma vida de santidade,
expressar misericórdia e pureza de coração e vir a ser um pacificador,
começamos a pensar que tal pessoa é digna de gozar tranqüilidade e paz, mas
Jesus afirma que agora vem a perseguição. Que bem-aventurança é essa? Isto pode
ser motivo de alegria?
I – Para quem é esta bem-aventurança?
Jesus diz que a alegria é para os perseguidos, mas não
para alguém que sofra qualquer tipo de perseguição (falta de sabedoria ou por
razões político-religiosas). Jesus se refere aos justos (v.10 e 11), que estão procurando realizar a vontade de
Deus. Como conseqüência de um comprometimento com o Senhor (Jo 15.18-20; 2 Tm
3.12).
II – Por que os justos são perseguidos?
Basicamente porque eles são diferentes. O seu modo
santo de viver provoca a ira daqueles que vivem para si mesmos, vítimas de seus
desejos e paixões. Por isto os fariseus sentiam tanta inveja e ódio de Jesus. O
grande perigo do qual Jesus nos exorta a tomar cuidado não é sermos
perseguidos, mas o de sermos elogiados pelo mundo (Lc 6.26).
III – Como os justos podem reagir diante da
perseguição?
Na hora da perseguição, calúnias, chacotas, seremos
tentados a revidar, mas devemos lembrar que a vingança pertence ao Senhor (Rm
12.19). Seremos tentado a explodir ou ficarmos deprimidos, mas o exemplo que
Jesus nos deixou é que devemos nos “entregar àquele que julga retamente” (1 Pe
2.23) e nos alegrarmos.
IV – Por que os perseguidos devem se alegrar?
A razão da alegria não é pelo perseguição em si (isto
seria masoquismo). Além disso a perseguição em si é obra de Satanás, e devemos
por isso mesmo lamentar que ela aconteça. Mas a razão da alegria é que:
a) Ela demonstra quem são os perseguidos –
servos do Rei. Só os verdadeiros cristãos são perseguidos por causa da justiça.
b) Ela aponta para onde vão os perseguidos –
“nos céus” (v.12). Não somos deste mundo. Estamos aqui de passagem, como
embaixadores.
c) Ela revela a recompensa dos perseguidos:
“grande é o vosso galardão” (2 Co 5.10; 2 Tm 4.8)
Rev. Jonas M. Cunha – Adaptado.