terça-feira, 22 de abril de 2014

OS PACIFICADORES

“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus..” Mateus 5.9


O primeiro sentido da palavra “pacificadores” é que estes são os que efetuam a paz entre Deus e o homem, por meio de Cristo, pela proclamação aos homens da reconciliação do evangelho (2 Co 5.20). Mas há também referência aqui à paz estabelecida entre homem e homem. “Eles têm paz com Deus e a semeiam” (Bíblia Vida Nova).
 Aqui é pronunciada uma benção sobre todos aqueles que, tendo recebido para si mesmos a reconciliação com Deus por meio da cruz, agora procuram, por meio de sua mensagem e conduta, ser instrumentos para comunicar este mesmo dom aos outros. Por meio da palavra e do exemplo, esses pacificadores (que amam a Deus, amam uns aos outros e até mesmo aos seus inimigos), também promovem a paz entre os homens.
Num mundo sem paz (pois as pessoas se distanciaram de Deus), essa bem-aventurança revela que o cristianismo é uma força “relevante”, vital e dinâmica. A “Igreja” é incessantemente caluniada no sentido de que sua influência neste sentido é insignificante. Se empregarmos a palavra “igreja” em referência a uma instituição na qual prevalece uma ortodoxia morta, a acusação pode ser procedente. Mas se a referência é ao “rebanho de Deus”, ou seja, a soma de todas as gerações, religiões e raças que pelejam a batalha do Senhor contra o mal em prol da justiça e da verdade, a resposta é na forma de uma contrapergunta: “Sem a influência desse poderoso exército, as condições do mundo atual não seriam muitíssimo piores?” Não é a igreja o próprio salva-vidas no qual o mundo permanece flutuando?” (Veja o exemplo de Abraão intercedendo por Ló e Sodoma – Gn 18.26, 28-32).
Entretanto o evangelho da paz é ao mesmo tempo, a pregação do Cristo crucificado (1 Co 1.18). O homem, por natureza, querendo estabelecer sua própria justiça, não se senti inclinado a aceitar este evangelho (1 Co 1.23). Por isso, sua proclamação provoca uma guerra em seu coração.
Além do mais, esta não é uma paz a qualquer preço. Ela não é produzida comprometendo a verdade sob o disfarce do “amor”. Ao contrário, ela é uma paz preciosíssima para o coração de todos aqueles que são regenerados.
O título “filho de Deus”, é uma designação de elevada honra e dignidade, revelando com isso que penetramos na própria esfera de atividade do Pai (cooperadores).       
 Rev. Jonas M. Cunha – Adaptado.