“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados
filhos de Deus..” Mateus 5.9
O primeiro sentido da palavra “pacificadores” é que
estes são os que efetuam a paz entre
Deus e o homem, por meio de Cristo, pela proclamação aos homens da
reconciliação do evangelho (2 Co 5.20). Mas há também referência aqui à paz
estabelecida entre homem e homem.
“Eles têm paz com Deus e a semeiam” (Bíblia Vida Nova).
Aqui é
pronunciada uma benção sobre todos aqueles que, tendo recebido para si mesmos a
reconciliação com Deus por meio da cruz, agora procuram, por meio de sua
mensagem e conduta, ser instrumentos para comunicar este mesmo dom aos outros.
Por meio da palavra e do exemplo, esses pacificadores (que amam a Deus, amam
uns aos outros e até mesmo aos seus inimigos), também promovem a paz entre os
homens.
Num mundo sem paz (pois as pessoas se distanciaram de
Deus), essa bem-aventurança revela que o cristianismo é uma força “relevante”,
vital e dinâmica. A “Igreja” é incessantemente caluniada no sentido de que sua
influência neste sentido é insignificante. Se empregarmos a palavra “igreja” em
referência a uma instituição na qual prevalece uma ortodoxia morta, a acusação
pode ser procedente. Mas se a referência é ao “rebanho de Deus”, ou seja, a
soma de todas as gerações, religiões e raças que pelejam a batalha do Senhor
contra o mal em prol da justiça e da verdade, a resposta é na forma de uma
contrapergunta: “Sem a influência desse poderoso exército, as condições do
mundo atual não seriam muitíssimo piores?” Não é a igreja o próprio salva-vidas
no qual o mundo permanece flutuando?” (Veja o exemplo de Abraão intercedendo por
Ló e Sodoma – Gn 18.26, 28-32).
Entretanto o evangelho da paz é ao mesmo tempo, a
pregação do Cristo crucificado (1 Co 1.18). O homem, por natureza, querendo
estabelecer sua própria justiça, não se senti inclinado a aceitar este
evangelho (1 Co 1.23). Por isso, sua proclamação provoca uma guerra em seu
coração.
Além do mais, esta não é uma paz a qualquer preço. Ela
não é produzida comprometendo a verdade sob o disfarce do “amor”. Ao contrário,
ela é uma paz preciosíssima para o coração de todos aqueles que são
regenerados.
O título “filho de Deus”, é uma designação de elevada
honra e dignidade, revelando com isso que penetramos na própria esfera de
atividade do Pai (cooperadores).
Rev. Jonas M.
Cunha – Adaptado.