“Então, Manoá orou ao Senhor...” Juízes 12.8a
O livro de Juízes apresenta a situação em que o povo de
Israel em sua vida espiritual cheia de altos e baixos, e as conseqüências deles
se afastarem do caminho de Deus, o agir disciplinador do Senhor e o livramento
através de um juiz, levantado por Deus.
A mesma coisa ocorre no capítulo 13, onde encontramos a
família de Manoá, num momento em que o povo de Israel está sendo oprimido pelos
Filisteus.
Deus envia um mensageiro para trazer alegria ao casal e
a nação. Haveria de nascer um menino
através da mulher de Manoá, que era estéril, e este menino seria nazireu,
consagrado ao Senhor desde o ventre materno até sua morte, e por ele o Senhor
começaria a livrar Israel das mãos de seus inimigos.
Israel estava sofrendo porque havia desobedecido a
Deus, se afastado do Seu caminho. Quantas vezes nós também não sofremos por
culpa nossa mesma, como conseqüência de nossas atitudes, palavras, ações ou
omissões?
A notícia que o mensageiro traz deixa a mulher emocionada:
“ conceberás e darás à luz um filho” (v.3). Assim como aconteceu com Sara e
Abraão e com Zacarias e Isabel. “Acaso para o Senhor há cousa demasiadamente
difícil?” (Gn 18.14a). Assim como queria mudar a sorte daquela mulher, queria
mudar a sorte de seu povo!
O anjo instrui a mulher. Esta por sua vez conta ao seu
marido que acreditou e confiou nela. Dar ouvidos é mais do que só escutar, é
dar tempo, é aceitar, é transmitir a idéia: “você é importante para mim!” Ele
era um marido que ouvia e confiava na esposa. Tanto que ele “orou ao Senhor”
(v.8), e pediu que o Senhor enviasse o mensageiro novamente.
Manoá se preocupou com a criação de seu filho. Não
deixou toda a responsabilidade para sua mulher. Interessou-se e buscou a
direção de Deus. Muitos pais ficam contentes em receber elogios sobre os
filhos, mas não querem participar de sua criação! O pai tem papel importante na
vida emocional, mental e espiritual, além do sustento de seus filhos. No livro
“A diferença que o pai faz”, da Editora Candeia, os autores apontam para a
grande falta que os filhos sentem do pai e as grandes dificuldades que a
ausência ou indiferença nos pais causa.
Deus não deu filhos no lar para serem criados apenas
pela mãe, sem a participação do pai. A criação de filhos é um trabalho que deve
ser feito em equipe, e o pai é chamado a assumir um papel de liderança na vida
espiritual: Efésios 6.1-2, e especialmente o verso 4; Provérbios 4. 1, 3 e 4, e
Jó 1. 4 e 5 mostram isto!
Deus ouviu a oração de Manoá e enviou Seu mensageiro
novamente. Ele acreditou em sua palavra e disse: “quando se cumprirem as
tuas palavras, qual será o modo de viver do menino e o seu serviço?” (v.12).
Só quando o mensageiro se retira para o céu, é que eles
percebem que era o “anjo do Senhor”, uma teofania (Deus se apresentando em
semelhança de homem). Ele veio ao encontro do ser humano para lhe mostrar sua
graça e misericórdia. E Sua palavra se cumpriu e o menino nasceu e o Senhor o
abençoou.
Com que
freqüência você tem buscado a direção de Deus para a vida no seu lar?
Rev.
Jonas M. Cunha