quinta-feira, 29 de maio de 2014

ALEGRIA E TRISTEZA NO LAR

“Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” Jó 2.10 b


É ilusório pensar que um casal que contrai matrimônio nunca passará por problemas. A vida no lar é composta tanto de momentos alegres quanto de momentos tristes.
O capitulo 4, do 2º livro dos Reis, do verso 8 a 37, narra a história de Eliseu e uma família, com a qual ele teve contato. Um lar que foi instrumento par abençoar a vida do “homem de Deus” e o seu trabalho para Deus.
Primeiramente, vemos a hospitalidade, através da “mulher rica”, no v. 8, como uma qualidade ou característica presente naquele lar, quando ela constrange Eliseu a comer pão e a partir daí “todas as vezes que passava por lá, entrava para comer”. Verificamos a preocupação, o zelo e a sensibilidade para com a obra de Deus e para com Seu servo.
Outra característica é que ela não ficou apenas com desejo de ajudar, ou na área do sentimento (dó). Desejando colaborar com o servo de Deus e Sua obra, ela age, toma iniciativa. O texto diz que ela “falou com seu marido” (v.9). Apesar de ser rica, ela era casada. Não foi contratando um pedreiro, não atropelou a autoridade de seu marido, antes, conversou com ele, buscou o seu apoio e a sua aprovação, e assim, mais uma vez o seu lar foi instrumento de Deus, e eles construíram um aposento para o servo de Deus, onde ele pudesse descansar e refazer as forças.
O homem de Deus, então, quis demonstrar sua gratidão e consideração e pergunta a sunamita, “o que se há de fazer por ti?” (v.13). Mas ela não buscava favor, não tinha ajudado por interesse, mas com alegria de coração (2 Co 9.7). 
O profeta lhe diz: “daqui a um ano, abraçarás um filho” (v.16). Como ela era estéril, esta notícia fez o seu coração bater mais forte, e no tempo determinado ela deu à luz um filho, o que trouxe grande alegria, não somente a ela, mas também ao seu marido e a toda sua casa.
Mas, certo dia, quando o já havia crescido para acompanhar o pai no trabalho de colheita, ele começa a passar mal e é enviado para sua mãe, no colo da qual ele morre (v.20). Aquele que tinha sido o motivo de maior alegria na vida daquela família, era agora o motivo de maior tristeza!
Deus não nos dá apenas o bem aos nossos lares, mas também permite o mal (Jó 2.10 b). Em Sua soberania ele não está limitado apenas pelas coisas boas, mas pode usar até coisas más. Tudo está sob Seu controle (Gn 50.20; 45.8).
A mulher guarda silêncio e vai, e busca a Deus (v.25). Não se lamenta, não reclama, e não cai em depressão, mas controla-se até poder lançar sua ansiedade sobre aquele que podia resolver seu problemas (Fp 4.5-7).
Eliseu a acompanha de volta para casa e ressuscita o menino. Não um ressuscitamento cardiopulmonar, mas um verdadeiro milagre. Assim como Jesus se compadeceu de nós, que estávamos mortos em delitos e pecados e veio nos trazer vida (Ef 2.1; Jo 10.10b). Ele voltou com ela para trazer de volta vida e alegria àquele lar, uma alegria maior do que a primeira. Assim como a alegria do pai do filho pródigo (Lc 15.32).
Deus permite problemas e tristeza para surpreender-nos com Sua graça superabundante (Is 55.8, 9).
Rev. Jonas M. Cunha