terça-feira, 28 de outubro de 2014

Escolhendo a boa parte

“Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada’’. Lucas 10.42



Marta e Maria eram irmãs e amigas de Jesus. Certa vez, Marta hospedou Jesus em sua casa, na cidade de Betânia, que era próxima de Jerusalém.
É bem provável que ela tenha hospedado além de Jesus os seus doze discípulos. Ela realmente tinha o dom da hospitalidade, uma qualidade tão importante que devemos resgatá-la em nossos dias (Leia 1Pe 4.9).
Hospedar tanta gente não é fácil, devia ter muito trabalho a fazer, mas talvez ela tenha exagerado! Ela tinha um plano perfeito para que seus convidados se sentissem bem mas isso começou a deixa-la muito irritada porque sua irmã não a ajudava levando-a a ordenar que Jesus a mandasse Maria ajuda-la pois na visão de Marta sua irmã estava ociosa!
Marta sabia que seu amigo Jesus é o Filho de Deus, (Jo 11.25-27). Apesar disso parece que ela se esqueceu que o próprio Messias estava em sua “sala de estar”, pois na passagem diz que ela estava “ocupada em muitos serviços”.
Maria entendeu o momento ímpar que viviam e o texto diz que ela “quedava-se” (permanecia) assentada aos pés de Jesus ao ouvir-lhe os ensinamentos!
O que aconteceu com Marta também ocorre conosco. O mundo que vivemos é tão agitado que corremos de um lado para o outro esquecendo-nos de que Jesus está presente em nossas vidas!
Talvez muito do que fazemos que nos deixam “super-ocupados” seja por um ativismo (dentro ou fora da igreja) guiado por vaidade e orgulho, pela motivação errada, temos que tomar muito cuidado com isso! Fazer a obra de Deus sem o Deus da obra! Como se a questão toda fosse o serviço de hospedagem cinco estrelas que podemos oferecer a Jesus mas Ele não quer ser um hóspede em nossas vidas mas sim fazer morada em nós, que vivamos por Ele e para Ele, obedecendo os seus mandamentos!
Muitos de nós deixamos de fazer a única coisa necessária que é entregar todo nosso ser a Jesus Cristo, sem migalhas de nosso tempo mas ter intimidade com Ele através de uma vida de oração e ouvi-lo através da Sua Palavra. Deixamos o que é secundário nos escravizar e o essencial acaba ficando de lado!
A passagem não ensina que a vida cristã deve ser algo contemplativo pois todos temos responsabilidades e deveres a cumprir em todos os aspectos de nossa vida: no trabalho, na família, na igreja etc. O grande problema é que esquecemos daquilo que é prioritário: as primeiras coisas nos primeiros lugares!
Marta não foi uma vilã. Jesus a repreendeu com amor para alertá-la e faz isso conosco hoje. Vamos nos assentar aos pés de Jesus e ouvir a voz do Bom Pastor!
Essa é a boa parte que não nos será tirada, que Deus nos abençoe!
 Presb. Ronaldo Lima Cunha

O Caminho Apertado

“Porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida...”  Mateus 7.14a




Na minha infância, quando ia na casa de meu tio avô, me impressionava o quadro sobre “Os dois caminhos”. Eu acha que tinha a função de exortar seus filhos (e visitantes) quanto ao destino que teriam.
O “fazer aos homens o que quereis que vos façam”, do verso anterior do mesmo capítulo de Mateus, é o ideal alto apresentado ao discípulo; e se há de praticá-lo, deve estar preparado para percorrer o estreito caminho da entrega pessoal e da renúncia de si mesmo, caminho tão notavelmente palmilhado por Jesus mesmo.
A passagem (Mateus 7. 13 e 14) fala de: a) duas portas e dois caminhos; b) dois tipos de transeuntes; c) dois destinos.
                A porta vem antes, depois, o caminho.  Jesus não está pensando na morte, e, sim, na escolha que se há de fazer agora mesmo, nesta vida, e nos exorta a escolher, visto que somente através de uma escolha consciente alguém pode chegar ao caminho certo.
O significado pretendido, provavel é: uma escolha inicial correta (conversão) seguida pela santificação; ou uma escolha inicial incorreta seguida por um endurecimento gradual.
“Porta Estreita” – para entrar a pessoa precisa desfazer-se de muitas coisas, por exemplo, o desejo ardente de possuir bens terrenos, o espírito que não consegue perdoar, o egoísmo e, especialmente, a justiça própria. Por outro lado, a “porta larga” permite entrar com a bolsa e toda a bagagem. A velha natureza pecaminosa pode passar facilmente por ela. A “porta”, pois, aponta para a escolha que uma pessoa faz nesta presente vida, seja uma escolha boa ou má.
O “caminho” ao qual a porta estreita dá acesso é “apertado”,é muito restrito. A vereda pela qual o crente está viajando se assemelha a uma passagem difícil entre dois penhascos. Ela se acha cercada de ambos os lados - o que ainda permanece da velha natureza se revela contra a idéia de deixar de lado as más propensões e os maus hábitos de outrora. Esta velha natureza não é totalmente destruída até o momento da morte. Mas a vitória total já está garantida, a escolha consciente já foi feita. A conversão básica deu lugar a conversão diária (tome sua cruz e siga-me) = à santificação. O contratse é claro entre o “caminho de vida” e o “caminho de morte”.
Os dois tipos de transeuntes – Aqueles que escolhem a porta larga e o caminho espaçoso são chamados de “muitos”; os que escolhem a porta estreita e viajam pelo caminho apertado são chamados de “poucos” Em Mt 22.14, fala sobre “poucos” escolhidos, porém, Ap. 7.9, aponta para uma multidão inumerável.
Os dois destinos – Os que entram pela porta larga e agora trilham o caminho espaçoso estão indo rumo a destruição. Ao contrário, o “caminho da cruz leva ao lar”.
Se você já fez a escolha certa, não desanime, pois vale à pena andar pelo caminho apertado! (2 Co 4.17).                            
Rev. Jonas M. Cunha

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Desejar o Bem

“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles...”  Mateus 7.12a


Como agir em relação ao próximo (quando não dá tempo de pedir conselho a alguém ou consultar um livro)? É a Lei Áurea que deve ser aplicada (como regra geral)!
Frequentemente chamada de a “Regra Áurea”, este princípio foi afirmado por vários pensadores antigos. Ela é comparável a outras regras fora do Cristianismo, como aquela enunciada por Confúcio: “Não faças nada ao teu próximo que em seguida não queiras que teu próximo faça a ti”.
Porém, Jesus apresenta o princípio na forma positiva, pró-ativa, esperando que o agir de Seus discípulos seja motivador, desencadeador de bons resultados e não motivado pelo receio de más conseqüências.
“Fazei-o vós” – Embora aja alguma semelhança, a regra áurea do cristianismo apresenta diferenças importantes:
1) Enquanto na regra deles, o homem é capaz de cumpri-la através de suas próprias forças, a Escritura diz que sem a operação do Espírito Santo é impossível;
2) Na deles há a tendência de separar a regra de amor ao homem do mandamento de amor a Deus. Mas o amor ao próximo é extensão do amar a Deus. Só posso amar e fazer o bem aos outros porque amo a Deus e porque sou amado por Ele. Ele á fonte do meu amor e do poder para amar ao próximo;
3) Na regra de Jesus, o foco não está na recompensa, não se trata de utilitarismo. Mais do que agir pensando ou calculando os resultados, o agir do crente é uma manifestação do que há no seu coração: ele ama e trata bem não para que possa receber de volta o benefício feito, mas pelo fato de ter sido amado por Deus e ter se tornado Seu filho e ter a mesma natureza (1 João 3.8, 11).
“Porque esta é a lei e os profetas” – isto é, o resumo da lei d dos profetas, ou seja, do Antigo Testamento (a Bíblia deles naquela época) = Amor (Mateus 27.36-40).
“Pois” (= portanto), no início do v. 12, não somente liga a presente passagem com toda a vida introduzida por Mt 5.17 (pois através da obra de Cristo nos corações humanos “a lei e os profetas” alcançam o cumprimento), mas, também, faz estreita conexão com os versículos imediatamente precedentes (Mt 7.9-11): Se o Pai celeste é bondoso e dá coisas boas, o que esperar de Seus filhos?
É isto que nos impulsiona a evangelizar. Se você tiver amor vai evangelizar. Para quantos você testemunhou do amor de Deus este ano?
Rev. Jonas M. Cunha

sábado, 11 de outubro de 2014

OBEDECER

“Transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar 
e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”  Rom 12.2 B



Saul ligou o seu “achômetro” e fez o que lhe parecia bom, contrariando a ordem expressa de Deus. Ele fez isso reiteradamente, sendo o texto bíblico de hoje a narrativa de uma dessas ocasiões (1 Samuel 15.1-11).
 Este conflito entre a vontade divina e a humana não é recente. Aliás, a raiz do episódio da desobediência do homem no Jardim do Éden não é outra coisa senão o nosso velho conhecido “Deus-diz-assim-mas-eu-acho-que...”
 Confesso que o versículo em destaque sempre me incomodou, pois mais frequentemente do que seria aceitável minha vontade me parecia muito mais agradável do que aquilo que Deus quer e deixou registrado em Sua Palavra. Meu coração gritava lá no fundo: Agradável para quem? Perfeita para quem? Tentei diversas acomodações e racionalizações, até entender que a única forma de não apenas saber e/ou crer que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita, mas experimentá-la (isto é, sentir isso e ver seu resultado), seria tendo a mente transformada por Deus.
 É preciso mudar minha mente arrogante, que pensar saber melhor que Deus o que é bom; egocêntrica, pois pensa que todas as coisas têm de visar o meu bem-estar pessoal e instantâneo, além de incrédula, que se esquece constantemente de quem é Deus. Minha mente precisa expandir-se para entender o caráter divino e aprender a confiar no Senhor, pois afinal estamos falando daquele que tudo sabe e pode, absoluto em todas as suas perfeições, que é bom e sabe amar.
 Em sua teimosia, Saul deixou de obedecer porque achou que sua vontade era melhor que a divina. Provavelmente nem  se deu conta do que estava fazendo. É preciso um constante submeter-se dia após dia, até que confiar e obedecer se tornem hábitos, para então aprender a degustar a vontade de Deus.
 “Obedecer a Deus é Sempre a melhor opcão .”Extraído de Pão Diário 
Rev. Jonas M. Cunha

domingo, 5 de outubro de 2014

Incentivo à Oração

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-a´.”  Mateus 7.7



Jesus, nesta parte do Sermão do Monte, nos estimula à vida de oração. O maior incentivo é saber que seremos atendidos. Isto ele deixa bem claro.
 Vale, porém, observar, que a resposta nem sempre é do jeito que queremos, nem na hora que queremos, e nem mesmo Ele garante que receberemos o que queremos, mas Deus vai nos responder, e podemos descansar que Ele vai responder da melhor maneira, porque Deus é bom e tudo que ele faz e dá é bom: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes...” (Tiago 1.17a).
 Aliás, isto fica muito claro na comparação que ele faz entre o pai terreno e o Pai celeste: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas cousas aos que lhe pedirem?” (Mateus 7.11).
 Jesus diz que “todo o que pede recebe”. O que Jesus quer evidenciar é que, o que falta para o filho receber algo do Pai é pedir. Se você é filho, basta pedir ao Pai e Ele vai dar “boas cousas aos que lhe pedirem”.
 Deus é soberano, Ele já tem um plano traçado e Ele já sabe de tudo o que pensamos em pedir, então, porque orar, então? Porque o mesmo Deus que fez o plano, que estabeleceu os objetivos, também determinou os meios para que eles sejam alcançados, e Ele soberanamente resolveu que Seus planos se cumprissem em respostas às nossas orações. Ele quer que sejamos participantes de seus planos.
 Que grande privilégio é orar e participar do plano de Deus para a humanidade! Que falha terrível é negligenciar este dever! Não se engane, pensando que você não vem orar na igreja, mas ora em casa. É bem verdade que podemos e devemos orar em casa (“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto...” Mt 6.6a), mas se já é tão difícil orar com os irmãos na igreja, é muito mais difícil orar na hora da novela, ou com a internet ligada, ou quando há tanto trabalho em casa, ou tanto a ser estudado.
 “Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.” João 16.24
Rev. Jonas M. Cunha