“Tais cousas, com efeito, têm aparência de sabedoria... todavia, não têm
valor algum contra a sensualidade”. Colossenses
2.23
Após chamar a atenção
dos crentes de Colossos sobre os perigos que os rondavam, nos versos 16-23, o
apóstolo Paulo vai falar diretamente sobre o que eles deveriam tomar cuidado.
1. Uma mistura de religião
judaica e cristianismo (v. 16) – os falsos mestres parecem ter
sobreposto suas próprias regulamentações às leis do Antigo Testamento, julgando
não somente em relação a comer, mas também com respeito ao beber. Também
tentaram impor suas restrições relacionadas às festas (Páscoa, Pentecostes,
Tabernáculos e talvez outras: luas novas e sábados).
2. O culto aos anjos (v. 18-19) – O falso
mestre tentava criar a impressão de que ele se considerava muito insignificante
para se aproximar diretamente de Deus, daí buscar a mediação dos anjos. O culto
oferecido aos anjos é condenado em Ap 19.10 e22. 8 e 9. Uma das evidências da
adoração aos anjos é inferida de inscrições encontradas na Galácia, sendo
atribuído aos anjos curas miraculosas. Por causa disto e “baseando-se em
visões”, apresentavam um comportamento pedante. “Enfatuado na sua mente carnal”
– não apenas porque se fixa em coisas físicas, mas porque baseia sua esperança
para salvação em qualquer coisa fora de Cristo, conforme o v. 19.
3. O ascetismo (v. 20-23) – Paulo
condena o programa de austeridade recomendado pelos proponentes do erro, que
impunham restrições ascéticas baseadas em seu presumível contato com o mundo
angelical, ou não, ensinando que o ascetismo faz mais mal do que bem (não tem
valor). No lugar de ser remédio contra a satisfação carnal, ele a encoraja e
promove. Havia, portanto, evidência de uma clara tendência ascética, visando
convencer os colossenses de que a observância rígida era absolutamente
indispensável à salvação, ou se não à salvação como tal, pelo menos à
plenitude, a perfeição na salvação. Desta forma, há uma negação implícita da
plena suficiência de Cristo.
Rev. Jonas M.
Cunha