terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Coisa Sem Valor

“Tais cousas, com efeito, têm aparência de sabedoria... todavia, não têm valor algum contra a sensualidade”.  Colossenses 2.23


Após chamar a atenção dos crentes de Colossos sobre os perigos que os rondavam, nos versos 16-23, o apóstolo Paulo vai falar diretamente sobre o que eles deveriam tomar cuidado.
 1. Uma mistura de religião judaica e cristianismo (v. 16) – os falsos mestres parecem ter sobreposto suas próprias regulamentações às leis do Antigo Testamento, julgando não somente em relação a comer, mas também com respeito ao beber. Também tentaram impor suas restrições relacionadas às festas (Páscoa, Pentecostes, Tabernáculos e talvez outras: luas novas e sábados).
 2. O culto aos anjos (v. 18-19) – O falso mestre tentava criar a impressão de que ele se considerava muito insignificante para se aproximar diretamente de Deus, daí buscar a mediação dos anjos. O culto oferecido aos anjos é condenado em Ap 19.10 e22. 8 e 9. Uma das evidências da adoração aos anjos é inferida de inscrições encontradas na Galácia, sendo atribuído aos anjos curas miraculosas. Por causa disto e “baseando-se em visões”, apresentavam um comportamento pedante. “Enfatuado na sua mente carnal” – não apenas porque se fixa em coisas físicas, mas porque baseia sua esperança para salvação em qualquer coisa fora de Cristo, conforme o v. 19.
 3. O ascetismo (v. 20-23) – Paulo condena o programa de austeridade recomendado pelos proponentes do erro, que impunham restrições ascéticas baseadas em seu presumível contato com o mundo angelical, ou não, ensinando que o ascetismo faz mais mal do que bem (não tem valor). No lugar de ser remédio contra a satisfação carnal, ele a encoraja e promove. Havia, portanto, evidência de uma clara tendência ascética, visando convencer os colossenses de que a observância rígida era absolutamente indispensável à salvação, ou se não à salvação como tal, pelo menos à plenitude, a perfeição na salvação. Desta forma, há uma negação implícita da plena suficiência de Cristo.
 Rev. Jonas M. Cunha