“Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus
concedida às igrejas da Macedônia;” 2 Cor .8.1
Muitos vêem a contribuição como um modo de conseguir bênçãos de Deus, como uma troca de favores. Outros acham que a contribuição tem a ver com o próximo e com a comunidade da fé, e não com Deus (relação horizontal).
A Igreja em Jerusalém sofria profundamente, em virtude de uma grande fome. Por isto, Paulo havia dado instruções para a coleta de ofertas para aquela igreja (I Co 16.1-4). Nesta (segunda) carta, Paulo toca no assunto novamente (II Co 8.1-15). A Igreja de Corinto havia se desenvolvido em alguns aspectos, mas precisava aprender mais sobre a prática da solidariedade (v.7).
O apóstolo já havia passado pela Macedônia, onde os crentes estavam completamente envolvidos com a assistência aos crentes de Jerusalém, e, ele se utiliza do exemplo deles para incentivar os crentes de Corinto a se envolverem com a prática das doações.
Ele afirma que a contribuição é uma graça concedida por Deus aos contribuintes. Abençoado não é apenas aquele que recebe as contribuições, mas especialmente, aqueles que contribuem. Por que o ato de contribuir é uma benção?
a) Porque é um ato de confirmação – é uma evidência do novo nascimento. Esta é uma atitude oposta a do homem natural, caracterizada pela ganância (Mateus 19.8, 9).
b) Porque é um ato de testemunho – aquele que oferece, oferece daquilo que nos é dado pelo próprio Deus (1 Crônicas 29.14). Quando contribuímos, estamos testemunhando a bondade de Deus para conosco, dando-nos o que oferecer.
c) Porque é uma oportunidade de experimentar o atributo divino da autodoação – para encorajá-los, Paulo cita não só o exemplo dos crentes da Macedônia, mas também o exemplo do próprio Senhor Jesus (II Coríntios 8.9). O amor abnegado, que redunda em entrega incondicional, não baseada em interesse, é uma característica divina. Quando doamos experimentamos algo que é próprio de Deus, e desta forma, nos tornamos iguais a Cristo.
d) Porque é um exercício contra o materialismo – O maior ídolo do homem é ele mesmo: o que ele faz, é e possui. O dinheiro é um dos ídolos mais adorados pela humanidade em sua história. Quando contribuímos revelamos nossa confiança em Deus e não nos bens.
(Rev. Jonas M. Cunha - adaptado)