O apóstolo Paulo está triste em meio a lutas, oposição ao seu ministério, investidas de Satanás e por não ter encontrado seu companheiro (2 Co 2.4, 11, 12-13). Entretanto, ele rompe esta atmosfera para dar graças a Deus, com alegria.
O “triunfo” era uma espécie de cerimônia civil e religiosa, em homenagem a um general romano, em que diversas pessoas participavam. Paulo toma esta figura para aplicar à obra da pregação, fazendo surgir esperança e gratidão num contexto de profunda tristeza. Ele se via participando do triunfo de Cristo, e manifestando o conhecimento de Cristo em todo o lugar.
O “triunfo” era, dentre outras coisas, uma proclamação da grandeza e força de um determinado general. Assim, também, a pregação do evangelho é uma proclamação da grandeza de Cristo. A mensagem do evangelho é , essencialmente, Cristo Jesus. Mesmo em meio a sofrimentos, Paulo conseguia focalizar os benefícios das circunstâncias para a glória de Deus e o bem da igreja e se alegrar nisto (Fp 1.12-14).
No verso 15, Paulo compara a pregação do evangelho a uma fragrância que é recebida, por alguns como cheiro de vida, e por outros, como cheiro de morte. Como o cheiro de incenso no “triunfo”, que para o exército vencedor era um cheiro agradável, carregado de lembranças positivas, enquanto para o exército vencido um cheiro desagradável, acompanhado de lembranças negativas.
No cumprimento de sua missão de exalar o conhecimento de Cristo, por meio da pregação, a igreja sempre encontrará estas duas reações: objeção e aceitação. Como no caso da parábola do semeador (Mt 13.1-9), algumas sementes não frutificam. A diferença entre os corações receptivos à Palavra e os endurecidos não é furto da capacidade ou méritos humanos, mas do agir regenerador do Espírito.
(Rev. Jonas M. Cunha - adaptado)