segunda-feira, 23 de abril de 2012

Aprendendo sobre Sofrimento II

“Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim.” 2 Coríntios 12.8

Nos versos 7 a 10 do capitulo 12 de II Coríntios, recebemos importantes ensinamentos sobre o sofrimento.

A 1ª lição é que Deus tem um propósito no sofrimento do crente. Não se trata de fruto do acaso, mas em Sua soberania Deus dirige todas as coisas, usando o próprio sofrimento para o bem de Seus filho.

A 2º lição é: Não há problema em orar clamando por livramento. De acordo com o verso 8, Paulo orou a Deus pedindo que o livrasse do espinho na carne – com intensidade e insistência (3 vezes).

Algumas pessoas acham que o cristianismo é uma religião fatalista – todas as coisas já estão determinadas por Deus, logo a oração é inútil. Porém, Paulo, um dos autores bíblicos que mais enfatizou a soberania e o governo de Deus, clamou por livramento.

Nós cremos também na responsabilidade humana, que as nossas orações fazem parte do plano de Deus, e que Ele age na vida de Seu povo atendendo suas orações.

O próprio Jesus, angustiado pela proximidade da cruz, orou pedindo ao Senhor o livramento do sofrimento (Mt 26.39). Clamar pedindo livramento não é contrário à vontade de Deus. Mas isto não quer dizer que Deus vai atender sempre positivamente às nossas orações. Tanto a oração de Paulo, como a de Jesus, são exemplo disso. Deus não tirou o espinho da carne de Paulo, e não poupou Jesus da cruz.

Deus não tem compromisso com a nossa vontade e as nossas orações. Ele faz todas as coisas conforme o conselho de Sua soberana vontade. Por isso, as nossas orações por livramento devem ser feitas debaixo de um profundo sentimento de humildade e da convicção de que a vontade de Deus é sempre a mais sábia e perfeita (Mt 26.39, 42).

Rev. Jonas M. Cunha (adaptado)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O Fim da História

Então, virá o fim” Mateus 24.14 b

Desde a queda do muro de Berlim (1989), tem-se falado no fim da história. Todavia é muita presunção acreditar que o fracasso de uma ideologia ou de um império signifique o fim da história. O máximo que se pode afirmar é que um grande acontecimento marque o fim de um período histórico e não da história.

Se a história nada mais é que o registro do passado do ser humano, então é possível coincidir o fim da história com o fim do personagem histórico. Uma guerra global sem sobreviventes de espécie alguma ou a destruição completa do meio ambiente podem provocar o fim da história.

Alguns entendem que a história é “o desdobramento gradual de um plano divino, com as pessoas representando papéis predeterminados”. Trata-se de uma perspectiva religiosa. Nesse caso, diz-se acertadamente que Deus é o Senhor da história.

Jesus estaria pensando no fim da história quando anunciou: “A boa nova do reino será proclamada a todas as nações, e então chegará o fim” (Mt 24.14, BP)? Paulo estaria se referindo ao fim da história quando escreveu aos coríntios: “A seguir [após a ressurreição dos mortos] virá o fim, quando ele entregar o reino a Deus e acabar com todo principado, autoridade e poder” (1 Co 15.24)? Pedro teria em mente o fim da história quando declarou que “o fim de todas as coisas está próximo” (1 Pe 4.7)?

O fim da história não terá chegado quando um grande império cair para dar lugar a outro, como aconteceu com aquela sucessão de impérios retratada no sonho da grande estátua de Nabucodonosor (Dn 2.31-45). O fim da história terá chegado quando todos os impérios caírem e toda a arrogância humana ruir definitivamente para dar lugar ao reino dos seus em sua plenitude, totalidade e visibilidade. O fim da história virá quando o “último inimigo”, que é a morte, for destruído (1 Co 15.26), a ponto de se poder perguntar ironicamente à ela: “Onde está, ó morte , a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” (1 Co 15.55). O fim da história terá chegado quando ao nome de Jesus se dobrar todo joelho nos céus, na terra e debaixo dela, e toda língua confessar que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai (Fp 2.9-11).

(Rev. Jonas M. Cunha, extraído da revista ULTIMATO)


domingo, 8 de abril de 2012

Aprendendo Sobre Sofrimento

“E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações,
foi-me posto um espinho na carne...” 2 Coríntios 12.7a
Nos versos 7 a 10 do capítulo 12 de II Coríntios, recebemos importantes ensinamentos sobre o sofrimento. Não de alguém que apenas ouviu ou estudou, mas de alguém que conhecia o sofrimento por experiência própria. No capítulo 11, versos 23 a 28, temos uma descrição do que Paulo havia passado.

Não podemos saber com certeza o que era o “espinho na carne”, mas o fato é que era algo que lhe causava um imenso e incômodo sofrimento. O importante é saber que ele não somente aprendeu a sobreviver com ele, mas a gloriar-se nele (v.10).

1ª Lição: Deus tem um propósito no sofrimento do crente. Não se trata de fruto do acaso, mas Deus tem propósitos no sofrimento de Seus filhos. Se todos os eventos e circunstâncias estão debaixo da boa, agradável e perfeita vontade de Deus, então não existe acidentes. (Rom 8.28).

a) Até mesmo às investidas de Satanás contra nós são usadas por Deus para o nosso benefício.

b) Às vezes, Deus revela o Seu propósito em nosso sofrimento. Nas mãos de Deus, o sofrimento pode ter um propósito pedagógico, probatório ou terapêutico. Os primeiros versos deste capítulo mostram que Paulo havia tido uma experiência grandiosa com Deus. Deus queria vacinar Paulo contra o pecado do orgulho. Mas nem sempre Deus revela aos Seus filhos a razão de seu sofrimento (Jó).

c) O propósito de Deus no sofrimento é sempre para o bem de Seus filhos, nunca para o mal. O sofrimento não é algo que Deus faz contra nós, mas algo que Deus faz para nós (ou em nõs). O espinho na carne era uma benção na vida de Paulo. Então, era na verdade uma manifestação do amor de Deus. Em alguns casos o sofrimento pode ser meio de disciplina, mas também de benção.

(Rev. Jonas M. Cunha, adaptado)