A 1ª lição é que Deus tem um propósito no sofrimento do crente. Não se trata de fruto do acaso, mas em Sua soberania Deus dirige todas as coisas, usando o próprio sofrimento para o bem de Seus filho.
A 2º lição é: Não há problema em orar clamando por livramento. De acordo com o verso 8, Paulo orou a Deus pedindo que o livrasse do espinho na carne – com intensidade e insistência (3 vezes).
Algumas pessoas acham que o cristianismo é uma religião fatalista – todas as coisas já estão determinadas por Deus, logo a oração é inútil. Porém, Paulo, um dos autores bíblicos que mais enfatizou a soberania e o governo de Deus, clamou por livramento.
Nós cremos também na responsabilidade humana, que as nossas orações fazem parte do plano de Deus, e que Ele age na vida de Seu povo atendendo suas orações.
O próprio Jesus, angustiado pela proximidade da cruz, orou pedindo ao Senhor o livramento do sofrimento (Mt 26.39). Clamar pedindo livramento não é contrário à vontade de Deus. Mas isto não quer dizer que Deus vai atender sempre positivamente às nossas orações. Tanto a oração de Paulo, como a de Jesus, são exemplo disso. Deus não tirou o espinho da carne de Paulo, e não poupou Jesus da cruz.
Deus não tem compromisso com a nossa vontade e as nossas orações. Ele faz todas as coisas conforme o conselho de Sua soberana vontade. Por isso, as nossas orações por livramento devem ser feitas debaixo de um profundo sentimento de humildade e da convicção de que a vontade de Deus é sempre a mais sábia e perfeita (Mt 26.39, 42).
Rev. Jonas M. Cunha (adaptado)