segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Perdão e Direção de Deus


“Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados”.
Salmo 32.1


Todos os seres humanos, do mundo inteiro, são confrontados por dois problemas básicos: culpa em relação ao passado e ansiedade quanto ao futuro.  O Salmo 32 trata diretamente dessas duas questões.
            Em relação à primeira, Deus nos promete o seu perdão.  O salmo começa com uma bem-aventurança: “Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas”.  Como Deus pode nos perdoar pelos nossos pecados em vez de usá-los contra nós, para nos acusar?  O apóstolo Paulo nos dá a resposta, citando dois versículos desse salmo como exemplo, no Antigo Testamento, da justificação dos pecadores pela graça de Deus, por meio da fé, independentemente de obras (Rm 4.6-8).
            Porém, precisamos confessar os nossos pecados.  Deus não pode estender seu perdão sobre os nossos pecados enquanto não os colocamos diante dele em confissão.  Davi descreve o tormento daqueles que se recusam a assumir sua culpa.  Muito antes de surgir a expressão “psicossomático”, Davi relata como sua consciência torturada provocou sintomas físicos alarmantes (Sl 32.3-4).
            Quanto à segunda, Deus promete sua direção.  No versículo oito, Deus repete quatro vezes a mesma promessa: “Eu o instruirei no caminho que você deve seguir; eu o aconselharei e cuidarei de você”.  Contudo, é importante observar que a promessa é seguida de uma advertência: “Não sejam como o cavalo ou o burro, que não têm entendimento” (v.9).
            Assim, Deus promete nos guiar, mas não devemos esperar que ele nos guie da mesma forma que guiamos cavalos e burros.  Por que não?  Porque eles não têm entendimento, enquanto nós temos.  Ele normalmente nos dirige através de processos racionais, e não a despeito deles.

Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de “A Bíblia toda o ano todo” de John Stott