“Como é feliz aquele que tem suas
transgressões perdoadas e seus pecados apagados”.
Salmo
32.1
Todos os seres humanos, do
mundo inteiro, são confrontados por dois problemas básicos: culpa em relação ao
passado e ansiedade quanto ao futuro. O
Salmo 32 trata diretamente dessas duas questões.
Em relação à primeira, Deus nos promete o seu
perdão. O salmo começa com uma
bem-aventurança: “Como é feliz aquele que tem suas transgressões
perdoadas”. Como Deus pode nos perdoar
pelos nossos pecados em vez de usá-los contra nós, para nos acusar? O apóstolo Paulo nos dá a resposta, citando
dois versículos desse salmo como exemplo, no Antigo Testamento, da justificação
dos pecadores pela graça de Deus, por meio da fé, independentemente de obras
(Rm 4.6-8).
Porém, precisamos confessar os nossos pecados. Deus não pode estender seu perdão sobre os
nossos pecados enquanto não os colocamos diante dele em confissão. Davi descreve o tormento daqueles que se
recusam a assumir sua culpa. Muito antes
de surgir a expressão “psicossomático”, Davi relata como sua consciência
torturada provocou sintomas físicos alarmantes (Sl 32.3-4).
Quanto à segunda, Deus promete sua direção. No versículo oito, Deus repete quatro vezes a
mesma promessa: “Eu o instruirei no caminho que você deve seguir; eu o
aconselharei e cuidarei de você”.
Contudo, é importante observar que a promessa é seguida de uma
advertência: “Não sejam como o cavalo ou o burro, que não têm entendimento”
(v.9).
Assim, Deus promete nos guiar, mas não devemos esperar
que ele nos guie da mesma forma que guiamos cavalos e burros. Por que não?
Porque eles não têm entendimento, enquanto nós temos. Ele normalmente nos dirige através de
processos racionais, e não a despeito deles.
Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de “A Bíblia toda o
ano todo” de John Stott