“... para buscarem a Deus se, porventura,
tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós.” Atos 17.27
É Sempre
chocante encontrar vida quando pensamos estar sós. “Venha ver!”, gritamos,
“está vivo”. É exatamente nesse ponto que muitos recuam – eu teria feito o
mesmo se pudesse – e deixam de buscar o cristianismo.
Acreditar em um
“Deus impessoal” – tudo bem. Em um Deus subjetivo, fonte de toda a beleza,
verdade e bondade, que vive na mente das pessoas – melhor ainda. Em alguma
energia gerada pela interação entre as pessoas, em algum poder avassalador que
podemos deixar fluir – o ideal.
Mas sentir o
próprio Deus, vivo, puxando do outro lado da corda, aproximando-se em uma
velocidade infinita, o caçador, rei, marido – é outra coisa.
Há um momento em
que as crianças que estão brincando de polícia e ladrão, de repente, ficam
quietas e uma sussurra no ouvido da outra: “Você ouviu aqueles passos no
corredor?”
Chega uma hora
em que as pessoas que ficam brincando com a religião (“a famosa busca do homem
por Deus”), de repente, voltam atrás: “Já pensou se nós o encontrássemos mesmo?
Não é essa a nossa intenção! E, o pior de tudo, já pensou se ele nos achasse?”
Rev. Jonas Morais Cunha - Extraído de “Um Ano Com C.S. Lewis”