“E ele passou a ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os
...”. Mateus 5.2 e 3b
No
Sermão do Monte (Mateus cap. 5 a 7), são apresentados os ditos de Jesus sobre o
discipulado, o modo como homens e mulheres devem orientar sua conduta ao
tornar-se súditos do reino de Deus. Trata da ética do reino de Deus. Não são
definições estatutárias como as do código mosaico, mas sim indicações da
qualidade e da direção de ação que devem ser aparentes mesmo nas simples
atitudes.
Nas Bem-aventuranças, a primeira parte do
Sermão do Monte, Jesus delineia o crente em suas características ou qualidades
essenciais, em outras palavras, o caráter essencial de um crente. E é
exatamente sobre o caráter dos crentes que devemos nos deter, antes de
examinarmos a sua conduta.
O grande alvo que a humanidade busca é a
felicidade. Porém, a maioria o faz de maneira que essa busca só produz
infortúnio. Só os bem-aventurados é que são felizes.
Lições Gerais extraídas das
Bem-aventuranças:
1)Todos os crentes dever ser assim. As
bem-aventuranças são uma descrição de como todo crente deveria ser. Não se
trata de um crente excepcionalmente virtuoso. Jesus descreve todo e qualquer
dos Seus seguidores.
2)Espera-se que todos os crentes demonstrem todas
essas qualidades. Significa que todos os crentes devem manifestá-las todas
integralmente. E não, que determinados crentes devam manifestar uma
característica, e outros devam manifestar outra. Cada uma dessas
características, em certo sentido, requer a presença das demais qualidades.
3)Nenhuma dessas descrições refere-se àquilo que
podemos chamar de tendências naturais. Cada uma das Bem-aventuranças, em
sua inteireza, é uma disposição que somente a graça e a operação do Espírito
Santo em nós são capazes de produzir. Não se trata de característica natural,
de pessoas não regeneradas, pois tais características são espirituais.
4)Elas indicam claramente a diferença essencial
entre o crente e o incrédulo. O N.T. encara essa distinção como algo
absolutamente básico, fundamental. Parece que as igrejas da atualidade julgam
que isto não é importante. “Quando a igreja é diferente do mundo, ela atrai as
pessoas”. O crente e o incrédulo pertencem a 2 reinos inteiramente diferentes.
Rev. Jonas M. Cunha