“Não julgueis, para que não sejais julgados.”
Mateus 7.1
“Não julgueis” – a forma da proibição deixa claro que é o habito de
fazer crítica ferina e dura que Jesus está condenando, não o exercício da
faculdade crítica, pela qual os homens podem fazer (e espera-se que façam), em
ocasiões específicas, juízos de valor e façam escolhas.
Além de fazer mal a que a recebe, a crítica
ferina também incrementa a justiça própria, e convida outros a se vingarem,
permitindo-se em igual medida o mesmo tipi de implicante caça a defeitos.
Essa inclinação de descobrir e condenar
severamente (e prontamente) as faltas dos outros, enquanto se faz vista grossa
em relação às próprias falhas, era comum entre os judeus, especialmente entre
os fariseus e é comum sempre e em todo lugar. Ex: Davi – 2 Sm 12.1-7.
“Para que não sejais julgados” – a pessoa que se justifica aos seus
próprios olhos, que tem por costume descobrir faltas nos outros, deve lembrar
que ela mesma pode esperar ser também condenada, não só da parte dos homens,
mas também da parte de Deus.
Para enfatizar isto, Jesus usa as palavras do verso 2, querendo dizer
que o padrão, o critério aplicado aos outros será aplicado a si próprio. Se o
julgamento for sem misericórdia, então também serão julgados sem misericórdia.
“Verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão”. Aqui,
fica claro que o propósito de Cristo não era desestimular a disciplina mútua.
Ao contrário – tanto a disciplina mútua, como a autodisciplina são estimuladas.
No verso 6, Ele vai deixar claro que a paciência de Deus como os
hipócritas não é infinita. Tudo quanto
está em especial relação com Deus, e consequentemente é muito precioso, deveria
ser tratado com reverência, e não ser confiado àqueles que, em razão de sua
natureza completamente ímpia e desprezível, pode ser comparados a cães e
porcos: a proclamação do Evangelho, os ofícios da igreja sem a devida
qualificação, ou a ceia do Senhor àqueles que não foram batizados.
Rev.
Jonas M. Cunha