segunda-feira, 31 de agosto de 2015

ATÉ AOS CONFINS DA TERRA

“...E sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria eaté aos confins da terra.”
Atos 1.8


O propósito de Deus é que a igreja pregue o evangelho a toda criatura e faça discípulos em todas as nações, sendo testemunha de Cristo até aos confins da terra. Jesus o Cordeiro de Deus, morreu pelos nossos pecados e comprou com o seu sangue aqueles que procedem de toda tribo, língua, povo e nação. Sua morte não apenas possibilitou a salvação. Ele nos comprou com o seu sangue. Sua morte foi vicária, ou seja, substitutiva. Jesus morreu pela sua igreja. Ele deu sua vida pelas suas ovelhas.
 Agora, essa notícia precisa ser proclamada com urgência, no poder do Espírito Santo, a todos os povos da terra, em todos os lugares, em todos os tempos. Há ainda muitas etnias inalcançadas. Há muitos povos que ainda nunca ouviram as boas-novas da salvação. Mais de oitenta por cento do esforço missionário da igreja é endereçado aos povos já alcançados. Há milhares de etnias que não têm sequer um versículo da Bíblia traduzido para seu idioma e nunca receberam um missionário.
 Se a nossa visão missionária não engloba o mundo inteiro, ainda não temos a visão de Deus. A obra missionária não é primeiro aqui em nossa Jerusalém e, depois, em nossa região, Judéia, e, mais tarde entre nossos vizinhos próximos, Samaria, e só então, aos confins da terra. A obra missionária deve ser realizada aqui, ali e além fronteiras ao mesmo tempo.
 Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de CADA DIA-Ago/2014

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Mutirão

“Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é contribuir, que contribua generosamente...”
Romanos 12.6-7

Dentre as lembranças da infância, recordo-me dos mutirões. Quando não havia dinheiro suficiente para construir ou quando faltavam braços para levar a obra adiante, surgiam pessoas que se reuniam para limpar a roça ou para reformar ou para construir uma casinha para quem estava começando a vida de casado. Ainda hoje amigos e familiares se mobilizam, baseando-se na ajuda mútua prestada gratuitamente. Somente quem participa de um mutirão sabe o quanto é gratificante fazer parte de uma atividade tão nobre.
 Todos podem contribuir de alguma forma. Enquanto algumas mulheres fazem comida, outras preparam a bebida e o lugar da refeição. As crianças ajudam a limpar e os homens realizam o serviço mais pesado. Ninguém fica de fora. A alegria é contagiante! Enquanto quebram pedras, quebram barreiras nos relacionamentos.
 Foi isso que ocorreu quando Esdras e Neemias convocaram o povo para reconstruir o templo do Senhor e os muros de Jerusalém. Realizaram um grande mutirão com as famílias e até mesmo com os vizinhos de Israel. Contribuíam como podiam no mutirão. Com alegria entregavam ouro, prata, azeite, madeira e o que fosse preciso. Reconstruir o templo e os muros representava o início de uma nova jornada espiritual. À medida que trabalhavam, renovavam a aliança com Deus, despertavam-se espiritualmente, adoravam e cultuavam de coração. O povo permanecia unido, mesmo com a oposição dos inimigos de Israel.
 Quem é cristão também tem uma grande obra pela frente. Temos desafios em que, para ser bem sucedidos, precisamos de todos em nosso mutirão. Se você é cidadão do reino de Deus, procure contribuir como você pode para sua expansão e consolidação.
 “Há maior felicidade em dar do que em receber.” (At 20.35)
Rev. Jonas M. Cunha 
Extraído de Presente Diário – nº 18

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Não se envergonhe do Evangelho

 “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...” Romanos 1.16



O apóstolo Paulo foi o maior bandeirante do cristianismo. Cruzou mares, atravessou desertos, percorreu todos os rincões  do vasto império romano pregando o evangelho, a tempo e fora de tempo. Mesmo sendo perseguido por causa do evangelho, jamais se envergonhou dele. Pelo contrário, sentia-se devedor, estava sempre pronto e nunca se envergonhava de anunciar as boas-novas de salvação em Cristo. Hoje, muitos se envergonham do evangelho. Outros são a vergonha do evangelho.
 Nós, porém, devemos pregar o evangelho, pois este é o poder de Deus. Como Deus é onipotente, o evangelho também o é. O evangelho é o poder de Deus não para a destruição, mas para a salvação. Aqueles que nele creem são libertos das algemas do pecado e são salvos da condenação do pecado. O evangelho é poderoso, pois por meio dele, os pecadores se achegam a Cristo, o Salvador, e são salvos.
 No evangelho se manifesta a justiça de Deus, uma vez que o evangelho trata da morte de Cristo em nosso favor, como oferta pelo nosso pecado. O evangelho nos apresenta a gloriosa verdade de que Cristo pagou nossa dívida na cruz, cumpriu a lei por nós e satisfez as demandas da justiça divina. Agora, não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. Em vez de se envergonhar, proclame o evangelho!
 Rev. Jonas M. Cunha 
Extraído de Cada Dia

Beco Sem Saída

 “...Estou preso e não vejo como sair.”
Salmo88.8b



O Salmo 88 traz a mais sombria de todas as lamentações do Saltério. O clamor angustiante do salmista pode ser ouvido do começo ao fim, uma vez que a sua dor o acompanha desde a juventude (v.15) até o momento. Grande parte das lamentações transforma-se em confiança e louvor no final, mas esse não é o caso aqui.  O único raio de esperança que emana desse salmo é o fato de que o salmista orava e de que ele se referia a Deus como “minha salvação” (v. 1).
 O grande ensinamento deste salmo é que os cristãos não estão isentos dos sofrimentos deste mundo. Na verdade, a vida do cristão muitas vezes inclui aflição e dor. Nossa esperança não está em escaparmos do sofrimento, mas no significado que inunda o nosso sofrimento por causa da angústia experimentada pelo nosso Senhor Jesus. Alguém disse: “O melhor não é a vitória que você ganha na guerra. É a Comunhão que você tem com Deus durante o combate”.
 Egoisticamente, achamos que o nosso sofrimento é maior do que o dos outros, que Deus é injusto em nos permitir passar por sofrimentos, ou, que Deus tem obrigação de nos atender e nos livrar. Precisamos lembrar qual é o propósito principal da nossa existência, que não é ser rico, famoso e feliz, mas “glorificar a Deus e gozá-lo para sempre” (Breve Catecismo).
 Devemos recordar dos vários exemplos bíblicos, de homens e mulheres, que sofreram: José, Ana, Jó, Lázaro, Paulo, muitos outros, e o próprio Senhor Jesus. Dessa forma devemos mudar nossa reação diante do sofrimento e das pessoas que nos fazem sofrer. Devemos entender que o sofrimento pode ser juízo de Deus (livro de Jeremias), Disciplina (treinamento – Tg 1.2-4), para nos humilhar e glorificar a Deus (2 Co 12. 7-10). Devemos louvá-lo em todo o tempo e em todas as circunstâncias (Sl 34.1-3).
 Este salmo nos ajuda a lembrar que sofrimento ininterrupto é uma possibilidade; final feliz é dádiva e não dívida de Deus; não devemos desistir ou aceitar o sofrimento, e que devemos orar sempre (Rm 8.22-23); confiar em Deus e no Seu plano.
 Rev. Jonas M. Cunha

O Brado de Vitória

 “Está consumado!” João 19.30



A cruz não é um símbolo de fracasso, mas de vitória. Jesus não caminhou para a cruz como um prisioneiro impotente, mas rumou para ela como um rei caminha para a sua coroação. A penúltima palavra proferida por Jesus na cruz foi um brado de triunfo. A palavra grega Tetélestai, “está consumado”, tem três significados.
 Primeiro, era usada para a conclusão de uma tarefa. Quando um filho terminava um trabalho, dizia para seu pai: “Tetélestai”. Está concluído o trabalho a mim confiado.
 Segundo, era usada para quitação de uma dívida. Quando alguém ia ao banco pagar a promissória, batia-se o carimbo no documento: “Tetélestai”, ou seja, a dívida foi paga.
 Terceiro, era usada para posse definitiva de uma escritura. Quando alguém comprava um imóvel e o quitava, recebia a escritura definitiva com a inscrição: “Tetélestai”, ou seja, agora você tem direito de posse definitiva.
 Quando Jesus foi levantado na cruz, ele concluiu o trabalho que o Pai o confiou, ou seja, ser nosso substituto. Também, na cruz Jesus pagou a nossa dívida e concedeu-nos o dom da vida eterna. Agora, temos perdão e salvação. Por causa da morte de Cristo, podemos tomar posse da vida eterna.
 O sacrifício de Cristo foi plenamente suficiente para nos oferecer eterna redenção.
 Rev. Jonas M. Cunha 
Extraído de CADA DIA

Passos Para Herdar a Vida Eterna

“...Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?.” Marcos 10.17 b




Está muito na moda livros de autoajuda, com títulos do tipo: “10 passos para o sucesso nos negócios”; “5 passos para tornar sua família feliz”; “7 passos para emagrecer”, etc... Em muitas situações da vida, gostaríamos de encontrar um livro ou alguém que nos desse uma “receitinha” para encontrar uma maneira de resolver nossos problemas ou de conseguirmos o que desejamos. Porém, nem sempre as coisas são tão simples assim.
No texto do “Jovem Rico” (Marcos 10.17-22), parece que ele veio até Jesus com a mesma ideia, ou seja: Jesus diria 3 ou 5 coisas que ele deveria fazer, e ele tranquilamente alcançaria a vida eterna. Ele parecia ser uma pessoa bem religiosa e educada (vv. 19-20), então, pensou que seria fácil. Porém, a resposta de Jesus a sua pergunta o pegou desprevenido e o verso 22 conclui a história dizendo que “retirou-se triste”.
1º “Ser bom” não é suficiente para alcançar a vida eterna. Jesus disse: “ninguém é bom” (v.18). Romanos 8.23, diz claramente que “todos pecaram e carecem da glória de Deus”, e Efésios 2.8-10, nos ensina que a salvação não é alcançada por boas obras praticadas por nós, mas somente pela fé no Filho de Deus e em Sua obra por nós.
2º Exige renúncia. É preciso se livrar do que atrapalha. “Vende tudo o que tens”, disse Jesus (v.21). Algumas coisas, mesmo não sendo más em si mesmas, podem nos atrapalhar e nos impedir de alcançar a vitória, por isto precisamos nos desembaraçar delas (Hb 12.1). O nosso coração não deve estar dividido, mas totalmente focado no Senhor.
3º Quem quer herdar a vida eterna precisa se tornar um seguidor de Jesus. Andar com Ele. Não basta recebe-lo como nosso Salvador, aquele que perdoa os nossos pecados. Precisamos aceita-lo também como Senhor das nossas vidas e viver para Ele e em constante comunhão. Até mesmo realizar milagres em Seu nome é inútil (Mt 7.21-23). Ele quer ter relacionamento íntimo com Ele e por isto herdamos a vida eterna (Sl 25.14).
Em que se baseia a sua certeza de vida eterna?

Rev. Jonas M. Cunha


O Despertador

 “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.” Salmo 90.12


A cena é clássica e com certeza todos já a protagonizamos. O despertador toca no melhor de nosso sono anunciando que está na hora de viver o dia o quanto antes. Apertamos o botão que silencia o despertador, mas não nos levantamos da cama. A função “soneca” é acionada e nos justificamos com uma voz meio sonâmbula: “Só mais cinco minutinhos”. Atire o primeiro relógio quem nunca fez isso. E é certo que muitas vezes os “cinco minutinhos” atrasaram toda a agenda, complicando nosso dia.
 Frequentemente pressionamos também o “botão soneca          da vida. O nome dele é procrastinação. Deixamos para depois o que precisa ser feito agora ou hoje. Deixamos os dias escorrer como areia na ampulheta sem aproveitar o tempo precioso que Deus nos concede. Adiamos nossa vida devocional (momento de oração e leitura da Bíblia), exercícios físicos, reconciliação com pessoas, atividades no trabalho, exames médicos, tempo de qualidade com a família; enfim, adiamos o que é inadiável, mas mesmo assim damos um jeito de burlar o cronômetro. A procrastinação nos transforma em tolos. Nossa vida tem missão e propósito, e quando desperdiçamos nosso tempo com o que não tem valor ou por pura preguiça, não nos limitamos a livrar-nos dos compromissos ou deveres, mas impedimos o fluxo da sabedoria.
 Isso não significa que uma pessoa que se enche de trabalho e atividades seja sábia. Muitos confundem ativismo com uma vida realmente produtiva e nem sempre isso é verdade. O descanso e o lazer também não devem ser adiados. Boas férias são revigorantes e podem proporcionar lindas experiências. Não é pecado nem desonroso descansar.
Para tudo há tempo e ocasião, e com a força do Senhor em nossa vida diária podemos, sim, vencer o mal da procrastinação e avançar para uma vida cheia de significado e com atitudes sadias que honrem a Deus.
Rev. Jonas M. Cunha
Presente Diário - 18

Ouvido Atento e Coração Odediente

 “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o coração...” Salmo 95.7-8

Este salmo abre com um hino exuberante e termina com a advertência para que o povo de Deus ouça a Sua voz e lhe seja obediente.
“Vinde cantemos” – v.1. Um dirigente da adoração tal como um sacerdote, chamou a congregação para adorar o Senhor, juntamente com ele.
“E o grande rei acima de todos os deuses” – v.3. Na qualidade de Deus supremo do universo, toda a soberania lhe pertence. A referência é à mitologia popular do Oriente Próximo e não à existência real de tais deuses. (Não existem outros deuses. O Senhor é rei não só de Israel mas de todo o universo).
“O mar... os continentes” –v.5. Tal como no v. 4, os termos são usados para indicar a terra inteira.
“Que nos criou” – v. 6. Adoramos ao nosso Criador.
‘“Hoje”- v.7.Esse”hoje”éum dia sempre presente.
“Me tentaram... as minhas obras” – v. 9. Os pronomes nos mostram a troca de quem fala, para a qual a ultima linha do v. 7 nos alertou “Hoje, se ouvirdes a sua voz”. Os versos 8 a 11 deveriam ficar entre aspas, pois trata-se do oráculo da parte de Deus.
Os estudiosos recentes veem este salmo como uma unidade composta, talvez, para a Festa dos Tabernáculos, quando o povo de Deus revivia, simbolicamente, o tempo em que viviam em tendas acampados no deserto, antes de chegar à Terra prometida.
Assim, neste contexto de festa e adoração, vem a solene advertência: “Como em Meribá, como no dia de Massá” (v. 8). Esses nomes podem ser traduzidos como “contenda” e “provocação”, e resumem a atitude de Israel para com Deus durante os 40 anos de peregrinação pelo deserto (Ver Êx 17.1-7 e Nm 20.1-13).
“Não entrarão no meu descanso” (v. 11). Aqueles que se rebelaram contra o Senhor, no deserto, nunca entraram na Terra Prometida. O trecho de Hebreus 3.7-4.7, cita esta passagem e a aplica à vida cristã. Os que se dizem crentes precisam ouvir a Palavra de Deus, ou não entrarão no descanso divino – falta de fé, incredulidade. A fé precisa provar ser verdadeira através da perseverança. Enquanto a adoração não tem valor sem a obediência, a obediência é uma forma de adoração.

             Rev. Jonas M. Cunha

Escândalo e Loucura

“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura pra os gentios.” 1 Corintios1.23


A cruz é um emblema paradoxal. Para uns representa vergonha, fracasso e derrota; para outros, triunfo, conquista e vitória.
 O apóstolo Paulo estava em Corintho, uma importante cidade grega. Os grandes pensadores disputavam suas ideias em praça pública. Seus admiradores aplaudiam. Por serem amantes da sabedoria, consideravam a pregação a cerca do Cristo crucificado uma verdadeira loucura.
 Os judeus, por sua vez, esperando a chegada do Messias vitorioso, para quebrar o jugo de Roma, dar fim à sua escravidão e ainda, assentar-se no trono para reger as nações com vara de ferro, pensavam que um Cristo pregado na cruz era um verdadeiro escândalo.
 Paulo, porém, não se deixou mover por essas reações. Continuou pregando a mensagem da cruz. Não há outro evangelho a ser pregado senão anunciar Cristo e, este crucificado. Não há boas novas para o pecador fora da cruz de Cristo. É pela morte de Cristo que temos vida. É pelo seu sangue que recebemos perdão e redenção.
 Aprouve a Deus salvar os pecadores pela loucura da pregação. A loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria dos entendidos deste século. A cruz de Cristo pode ser vista como sinal de fraqueza pelos incrédulos, mas para nós, os que cremos, é o poder de Deus e a sabedoria de Deus.
 Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de CADA DIA