“Hoje, se ouvirdes a sua voz, não
endureçais o coração...” Salmo 95.7-8
Este salmo abre com um
hino exuberante e termina com a advertência para que o povo de Deus ouça a Sua
voz e lhe seja obediente.
“Vinde cantemos” – v.1.
Um dirigente da adoração tal como um sacerdote, chamou a congregação para
adorar o Senhor, juntamente com ele.
“E o grande rei acima de
todos os deuses” – v.3. Na qualidade de Deus supremo do universo, toda a
soberania lhe pertence. A referência é à mitologia popular do Oriente Próximo e
não à existência real de tais deuses. (Não existem outros deuses. O Senhor é
rei não só de Israel mas de todo o universo).
“O mar... os
continentes” –v.5. Tal como no v. 4, os termos são usados para indicar a terra
inteira.
“Que nos criou” – v. 6.
Adoramos ao nosso Criador.
‘“Hoje”-
v.7.Esse”hoje”éum dia sempre presente.
“Me tentaram... as
minhas obras” – v. 9. Os pronomes nos mostram a troca de quem fala, para a qual
a ultima linha do v. 7 nos alertou “Hoje, se ouvirdes a sua voz”. Os versos 8 a
11 deveriam ficar entre aspas, pois trata-se do oráculo da parte de Deus.
Os estudiosos recentes
veem este salmo como uma unidade composta, talvez, para a Festa dos
Tabernáculos, quando o povo de Deus revivia, simbolicamente, o tempo em que
viviam em tendas acampados no deserto, antes de chegar à Terra prometida.
Assim, neste contexto de
festa e adoração, vem a solene advertência: “Como em Meribá, como no dia de
Massá” (v. 8). Esses nomes podem ser traduzidos como “contenda” e “provocação”,
e resumem a atitude de Israel para com Deus durante os 40 anos de peregrinação
pelo deserto (Ver Êx 17.1-7 e Nm 20.1-13).
“Não entrarão no meu
descanso” (v. 11). Aqueles que se rebelaram contra o Senhor, no deserto, nunca
entraram na Terra Prometida. O trecho de Hebreus 3.7-4.7, cita esta passagem e
a aplica à vida cristã. Os que se dizem crentes precisam ouvir a Palavra de
Deus, ou não entrarão no descanso divino – falta de fé, incredulidade. A fé
precisa provar ser verdadeira através da perseverança. Enquanto a adoração não
tem valor sem a obediência, a obediência é uma forma de adoração.
Rev. Jonas M.
Cunha