Quando vos disserem:
Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não
consultará o povo ao seu Deus?
A favor dos vivos se consultarão os mortos? À
lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva. ” (Isaías
8.19-20).
Uma breve análise da Bíblia e seus
princípios mostrarão que ela tem diretrizes para todas as áreas da vida. Isso
inclui o governo civil? Deus está preocupado com a estrutura e os princípios
dos sistemas políticos, assim como está com as famílias? Ou, Deus deixou a área
do sistema político para o homem desenvolver de acordo com as necessidades de
uma era particular, para satisfazer os desejos de um povo particular? Ou, a
Bíblia reivindica “neutralidade” em certas áreas da vida, deixando o homem
criar suas próprias diretrizes?
Por exemplo, existe um sistema
econômico cristão? Ou, o estudo da economia é um empreendimento neutro? A
Bíblia estabelece diretrizes na área da ciência? Existem certas leis na criação
que Deus estabeleceu para ordenar o universo? É possível desenvolver um sistema
educacional a partir da Escritura? Os fatos educacionais têm algum significado
se não estiverem relacionados com Deus e Sua Palavra? Pode alguém ser realmente
“educado” se Cristo não está no centro de sua vida, dando significado a todos
os fatos e experiências? Existem mandamentos que concernem às questões de
negócios?
A Bíblia ensina claramente que Jesus é
Senhor e que Seu senhorio se estende sobre todas as instituições da sociedade,
incluindo a família, economia, ciência, educação, e para esse tudo, o governo
civil. Não existe nenhuma esfera da sociedade onde o senhorio de Jesus Cristo
possa ser ignorado. Quando os sistemas políticos governam, eles o fazem de
acordo com um sistema de lei. Isso é inevitável. Não pode existir um sistema de
lei neutro. “Deve ser reconhecido que em qualquer cultura, a fonte da lei é o
deus dessa sociedade” (R. J. Rushdoony, Institutes of Biblical Law, p. 4). Se o
homem é a fonte das leis da sociedade, então o homem é o deus dessa sociedade.
Se a sociedade ignora os princípios governamentais que Deus estabelece em Sua
Palavra, então esta sociedade está competindo com o Senhor de toda a criação.
Mas a Escritura é clara: Deus não compete com a sua criação: “E reconhecerão
que só tu, cujo nome é SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra” (Sl. 83:18).
Deus não compartilha Sua glória com nenhum homem, sociedade ou sistema
político. “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a
darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Isaías 42:8;
48:11).
Um cristão tem obrigação de
obedecer a vontade de Deus no mais secular de seus negócios diários, tanto
quanto em seu quarto [em oração], ou na mesa de comunhão. Ele não tem direito
de separar sua vida em duas esferas, e reconhecer códigos morais diferentes em
cada uma respectivamente – dizer que a Bíblia é uma boa regra para o Domingo,
mas essa é uma questão do dia-a-dia semanal; ou que as Escrituras são a regra
correta em questões de religião, mas essa é uma questão de negócios ou
política. Deus reina sobre tudo, em todo lugar. Sua vontade é a lei suprema
em todas as relações e ações. Sua Palavra inspirada, fielmente lida, nos
informará de sua vontade em toda relação e ato da vida, secular bem como
religioso; e o homem é um traidor que recusa andar nisso com cuidado
meticuloso. O reino de Deus inclui todos os lados da vida humana, e é um reino
de justiça absoluta. Ou você será um súdito leal ou um traidor. Quando o Rei
chegar, como te encontrará?(A. A. Hodge, Evangelical Theology, pp. 280-281).
Negar que existe um sistema bíblico de governo civil é
dizer que Deus não tem nenhum padrão de retidão e justiça nessa área crucial.
Se homens e nações podem selecionar o sistema de governo civil que desejam, o
homem se torna supremo e Deus se torna subordinado aos desejos do homem. Como
um sistema de governo civil poderia ser avaliado, se o sistema é arbitrário
desde o princípio? Se um grupo de cidadãos desiludidos desejasse derrubar o
primeiro governo arbitrário, que padrão de justiça os proibiria de fazê-lo? Se
um sistema de governo criado pelo homem é legítimo, então se segue que todos os
sistemas governamentais criados pelo homem também o são. Aqueles que têm os
meios, o poder e a influência são os que dominam. Porque tudo da vida deve
refletir o caráter de Deus, devemos esperar que o governo civil reflita o Seu
caráter também. Dois sistemas de governo civil opostos não podem ser corretos.
Somente a Bíblia pode ser o nosso guia em determinar o que é correto. As
experiências da história e os desejos dos homens são de pouca conseqüência, se
não têm o apoio ou não refletem o sistema de governo civil delineado na
Escritura. “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais
verão a alva” (Isaías 8:19-20).
Sumário
“Todo governo político, quer no nível local ou municipal, regional ou estatal, nacional ou federal, deriva em última instância sua autoridade, não do consentimento do governado (assim diz Jefferson), mas do prazer do Altíssimo (assim diz a Escritura). Não estamos dizendo que os governos políticos não devem consultar o povo; mas sim que a autoridade do poder humano em última análise vem do Deus acima, e não do governo abaixo. Pois ‘o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele’ (Daniel 5:21)” (Francis Nigel Lee, “Power, Government and State”, Man and His Culture, p. 67).
Sumário
“Todo governo político, quer no nível local ou municipal, regional ou estatal, nacional ou federal, deriva em última instância sua autoridade, não do consentimento do governado (assim diz Jefferson), mas do prazer do Altíssimo (assim diz a Escritura). Não estamos dizendo que os governos políticos não devem consultar o povo; mas sim que a autoridade do poder humano em última análise vem do Deus acima, e não do governo abaixo. Pois ‘o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele’ (Daniel 5:21)” (Francis Nigel Lee, “Power, Government and State”, Man and His Culture, p. 67).
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