segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

COMEMORE O NATAL CORRETAMENTE - PR. ISALTINO

''Ora, vem Senhor Jesus”  (Apocalipse 22.20b).


        Eu era seminarista e trabalhava na Baixada Fluminense. Tomei o ônibus para ir para minha igreja, o famoso Mauá-Mesquita. O cobrador, vendo-me com a Bíblia, disse: “Garotão, neste natal vou encher a cara!”. Respondi: “O azar é seu!”.
Para muita gente o natal é pretexto para beber até cair. Ou comer até passar mal. Os quebradores de dietas (por que as fazem?) dizem: “É festa, vou quebrar a dieta”. Para muitos, natal é mera ocasião de rever parentes, trocar presentes, comer e beber. Um evento social.
A humanidade tenta se livrar de Deus. Na páscoa, ao invés de lembrar a morte e ressurreição de Cristo, põe em seu lugar um coelho. Que bota ovos. De chocolate. No natal, ao invés de lembrar Jesus, põe em seu lugar o exótico papai Noel. Gente que ironiza hinos como  “Alvo mais que a neve” (num país tropical!) exulta com um velho com um barbaréu enorme, roupa espalhafatosa, casacão e botina. Num país tropical. Não crê em Jesus porque é absurdo. E aceita renas voadoras.
O carnaval tinha sentido religioso. Vem de carnem levarem,  abstenção da carne.         Comemorava-se na véspera da quarta-feira feira de cinzas, quando se iniciava a abstinência da carne. Os dias anteriores eram aproveitados para excessos, pois viria a privação. Um evento cristão tornou-se orgia. Assim vai o natal.
           O culto a Deus por causa de Jesus é trocado pela comilança, vinho, presentes e festa que vara a noite com pessoas não crentes! Os crentes têm preferido passar o aniversário de Jesus fora da casa de Jesus. E têm se esquecido do sentido do natal. Testemunhos que ouvi mostram isso: “Foi um tempo muito bom com parentes que eu não via há tempos”, “Revi parentes”, ou, ainda, “Estive com familiares de que gosto muito”. Não ouvi um assim: “Falei de Jesus a parentes não crentes” ou “Li textos  bíblicos sobre Jesus e lhes falei do Salvador” ou, ainda, “Ganhei meus familiares para Jesus”. E muitos “enchem a cara”.
            Numa tira do Estadão, de 31.12.5, o garoto Calvin diz ao seu tigre de pelúcia, Haroldo: “O período natalino é sempre época de reflexão pessoal. Nós não pensamos em nossas vidas muito freqüentemente. Esta é a hora para se parar e pensar no que é importante. É hora de nos dedicarmos à aquisição frenética… hora de espalhar a alegria da riqueza material… hora de glorificar os excessos pessoais de todo tipo!”. Haroldo interrompe: “As recompensas terrenas tornaram o consumismo uma religião popular”. Calvin conclui: “… hora de deixarmos de contentar com pouco”. Eles têm discípulos nas igrejas.
No natal, não encha a cara. Nem a barriga. Encha-se de gratidão a Deus por Jesus.  Não esvazie sua conta bancária. Esvazie-se de sua tentativa de viver sem Ele. Presenteie o aniversariante: dê-lhe sua vida.

ELE É QUEM PERDOA TODAS AS TUAS INIQUIDADES

''Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome” (Salmo 103.1)




O pastor da igreja da qual sou membro desafiou os ouvintes a memorizar versículos da Bíblia. Comecei a memorizar salmos inteiros e não só versículos isolados. Desafiei-me com o Salmo 103, mesmo contendo 22 versículos. Intriguei-me com a palavra “perdoar”. Quem me acompanha nestes estudos sabe para qual livro recorri para tirar minhas conclusões, a saber, a concordância hebraica.
Esta palavra encontra-se 45 vezes no Antigo Testamento. Muitas das quais se acham no Pentateuco, umas 18 vezes, entre as instruções concernentes a expiação de pecados. “E o sacerdote fará expiação […] diante do SENHOR, e será perdoada” (Levítico 6:7). Outras 14 vezes, nos livros históricos, especialmente na oração do rei Salomão na dedicação do templo. “Ouve, pois, a súplica […] do teu povo Israel […] ouve, e perdoa,” 1 Reis8:30. E também se acha nos livros proféticos umas 8 vezes. “Converta-se ao SENHOR […] e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55:7).
Ao menos reflete o fato de que ao decorrer da história do povo de Israel, Deus estava prontos o perdoar o pecado daqueles que o confessam. Isto desde a implantação no Pentateuco, no correr da história da nação, como ainda nos livros proféticos nos anos de cativeiro. Deus sempre foi fiel nesta promessa.

É interessante que esta palavra nunca se encontra entre seres humanos, por isso é um tipo de perdão inferior. Ela é exclusivamente para salientar o perdão estendido ao pecador por Deus. Um perdão superior, pois vem de Deus que está afastado do pecador por causa dos pecados dele. O reconciliador, Deus, manifesta-se rápido, à luz do pedido do pecador, perdoar e assim o reconciliá-lo a Ele como um filho de Deus. C.S.Lewis descreveu isto nitidamente ao dizer: “O filho de Deus se fez homem a fim de que os homens tornem-se um filho de Deus”, refletindo assim João 1:12.
Nunca se pode separar o conceito de perdão da necessidade de expiação, pois a penalidade sobre o pecado é a morte. No Antigo Testamento era simbolizado pela morte de um animal seja boi, ovelha ou pombo. O perdão veio após o sacrifício do ofertante. Justamente o que o livro de Hebreus nos informa, “Sem derramamento de sangue não há remissão” (9:22). Quem separa estes dois conceitos não obterá o perdão da parte de Deus. Uma parte, tudo isto também se aplica para o crente que cometeu pecado; confessado será totalmente perdoado, 1 João 1:9 (escrito para os cristãos) “Ele é justo para nos perdoar os pecados.”
Quando Cristo se ofereceu para pagar a penalidade do pecado, Ele marcou Sua morte na Cruz do Calvário. Por isso Jesus declarou na cruz “Está consumado” João 19:30. Todo o simbolismo dos animais sacrificados pelo perdão de pecado agora é feito definitivamente pela Sua morte na cruz. Todas as instruções do Pentateuco concernentes ao sacrifício de bois, ovelhas ou pombas se completaram na morte de Jesus. Nada mais precisa se acrescentar para obter o perdão de Deus. Gosto da maneira como Isaías descreveu o perdão: “Deus […] é rico em perdoar” (55:7). “Rico” para nós é um adjetivo, mas para Isaías é um verbo significando “multiplicar”. E o verbo se acha numa forma causativa. Ou literalmente Deus “Fará que multiplique.” E se isto não bastar, tem uma forma do infinitivo que salienta enfaticamente, intensidade ou constância. Que perdão!
Deus está descrito como um que está multiplicando algo, a saber o perdão, dito numa forma enfática com intensidade e constância. Que Deus! Que perdão! Por causa da expiação, Deus oferece perdão. O salmista também sentiu isto quando disse: “Quanto dista o Oriente do Ocidente assim afasta de nós as nossas transgressões” (103:12). Da parte do pecador, falta reconhecer que Cristo pagou a penalidade da morte e aceitar Cristo como seu Salvador e andar conforme os Seus mandamentos: “Aquilo que pedimos, dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos diante dele o que lhe é agradável” (1 João 3:22).
Demonstremos a nossa salvação pela prática dos Seus mandamentos.
(Dr.) Ricardo Sterkenburg
 E não sei quanto tempo, mas mais dia, menos dia, estarei contigo para sempre, e lá tu enxugarás dos meus olhos todas as minhas lágrimas que os aparentes problemas do presente me trazem.

“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21.4

“Ora vem Senhor Jesus!” Apocalipse 22.20b

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

OLHANDO PARA JESUS! – NATAN DE OLIVEIRA

''Ora , vem Senhor Jesus'' (Apocalipse 22.20b).


Se fico insatisfeito por causa de algum defeito físico que tenho, talvez o tamanho da testa, o nariz, e outros... lembro que o meu Jesus não era nada bonito e com certeza muito mais feio do que eu... “... e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.” Isaías 53.2
Olho para os meus sofrimentos, que eu sempre egoisticamente maximizo como grandes problemas... lembro que Jesus era um homem de dores... “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores...” Isaías 53.3ª
Olho para as coisas que preciso fazer, os anos que ainda preciso trabalhar caso não morra precocemente, e me canso antecipadamente... mas lembro de Jesus e vejo que ele era um homem experimentado no trabalho... “... homem de dores, e experimentado nos trabalhos...” Isaías 53.3b
Lembro de que quando eu era moleque, meio perna-de-pau no futebol, e quando se fazia a divisão dos times, eu era sempre um dos últimos a ser escolhido, se é que era escolhido... mas lembro que Jesus era rejeitado pelos homens e nele não havia coisa nenhuma que atraísse, desprezado por todos... “... e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.” Isaías 53.3c
Vejo minhas dificuldades financeiras, e ainda acho na minha arrogância que isto é uma injustiça... lembro que Jesus não tinha onde reclinar a sua cabeça... “E disse-lhes Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.” Lucas 9.58
Penso em como somos apegados em planos de saúde, seguro de carro, seguro de casa, e outras “seguranças” mais, e lembro que Jesus nasceu numa manjedoura... “E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.” Lucas 2.7
Penso nas vezes em que não me consideraram e me humilharam, me chamaram de medíocre... mas lembro que o nosso Senhor foi esbofeteado, foi cuspido... “E alguns começaram a cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe punhadas, e a dizer-lhes: Profetiza. E os servidores davam-lhe bofetadas.” Marcos 14.65
          Penso que seria bom morrer velho e com saúde, dormindo até... mas lembro que o meu Senhor morreu aos 33 anos e crucificado na cruz... “E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.” Lucas 23.3
           Perdoa, Senhor, a minha arrogância.
          Tu te fizeste homem na pior das condições: feio, sofrido, desprezado, pobre, aparentemente indefeso, esbofeteado, cuspido, crucificado.
           E tudo isto fizeste também pensando em mim.
           Como posso desprezar tão grande salvação?
           Sim, Senhor, tu és o início da minha fé (o autor), e tua doce promessa é que serás também o fim da minha fé (o consumador). Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” Hebreus 12.2
           E não sei quanto tempo, mas mais dia, menos dia, estarei contigo para sempre, e lá tu enxugarás dos meus olhos todas as minhas lágrimas que os aparentes problemas do presente me trazem.“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21.4
“Ora vem Senhor Jesus!” Apocalipse 22.20b

DIGA “NÃO” AO CONFORMISMO ESPIRITUAL – EDNALDO CORDEIRO

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”(Jo.15.7)..



O Pb. Solano Portela em seu livro "Cinco Pecados que Ameaçam os Calvinistas", escreve no capítulo 4 que um desses pecados é o da falta de ação, o que eu chamo de conformismo espiritual, com o recente avivamento da doutrina reformada no meio evangélico mundial. Porém, Satanás, mais uma vez, tem se levantado para enganar os incautos, isso porque a má compreensão de uma doutrina bíblica, leva indubitavelmente a má aplicação desta doutrina e, é aqui que Satanás tem posto suas forças. Por isso gostaria de refletir um pouco acerca do conformismo espiritual, que é a tendência “lógica”, mas não bíblica, da Doutrina da Soberania de Deus quando isolada do todo bíblico.
Quando me refiro a conformismo espiritual, estou me referindo a tendência de se cruzar os braços, quando na verdade devemos agir. Alguns dizem 'nem um só pardal cai por terra se não for da vontade de Deus', isso é verdade obviamente, porém Deus nas Escrituras nos MANDA reagir diante de algumas situações, e a tendência dos “novos” calvinistas que, muitas vezes, não se aprofundam no conhecimento das Doutrinas da Graça, é o de cruzar os braços diante das adversidades, desconhecendo, por exemplo, a doutrina bíblica da providência e da oração.
O Pr. Roger Smalling em seu livro “Os Neo-Carismáticos e o Movimento da Prosperidade“, nos ensina que é errado nos submetermos passivamente a aflição como a vontade de Deus, posto que Ele é soberano e poderia ter-nos prevenido dela. Isso é verdade, porém Deus em sua Palavra, deixa claro que devemos reagir, da forma correta às situações que nos são apresentadas. E quando não fazemos isso estamos incorrendo em pecado, já que na maioria das vezes a tendência é agir da forma incorreta, e isso simplesmente por não ter compreendido corretamente uma determinada doutrina, ou ainda tê-la isolado do todo bíblico, incorrendo em heresia na aplicação.
Também, não podemos esquecer que o não conformismo não é:
Murmuração. Alguns por medo de estarem murmurando, baixam a cabeça e cruzam os braços diante das adversidades, mas esta atitude não é bíblica, e para isso devemos compreender o que é murmurar. Murmurar seria “falar contra alguém ou contra alguma coisa, criticar”. Biblicamente, murmurar seria “falar contra Deus”, “criticar a Deus”, ou simplificando “falar de Deus”. A murmuração é o resultado da falta de oração em meio à aflição. Para os FILHOS de Deus, o propósito da aflição é a demonstração de dependência do Pai, já que a Escritura nos ensina que “Não veio sobre vós [crentes] tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” (cf. 1 Co 10.13). Para que o crente não incorra em murmuração, deve sempre se colocar diante do Pai no altar da oração, buscando dEle o escape. Foi o que fez Paulo quando do “espinho na carne”, orou TRÊS vezes buscando livramento, até obter uma resposta de Deus, e só se “conformou” àquela situação depois disso, já que esta se mostrou a vontade de Deus para Ele.
Confissão positiva. Muitos que tem saído em defesa das doutrinas bíblicas, têm se levantado contra a teologia da prosperidade e da confissão positiva, doravante TP e CP respectivamente, e no afã de sua defesa têm destituído a igreja da ousadia de comparecer diante de Deus mediante Cristo, para suprir TODAS as suas necessidades. Ora, Jesus disse “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (cf. João 15.7). O problema da TP e CP, neste ponto específico, é que “colocam” Deus contra a parede, imputam a Deus uma OBRIGAÇÃO em fazer o que o homem quer, transformando Deus em “servo” da vontade humana, já que estes fizeram o que Ele lhes ordenou. O antídoto para TP e CP não é uma submissão passiva às adversidades, mas sim uma busca no próprio Deus por livramento, e isto através da oração. De nada adianta ter um grande conhecimento bíblico se a chama do Espírito não arder nos corações, e esta chama só é acesa no altar da oração.
No livro de Atos, os apóstolos disseram "mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra" (cf. Atos 6.4). Quando os apóstolos colocaram a oração antes do ministério da palavra, eles não estavam ensinando que a oração é MAIS importante, mas estavam enfatizando a oração como meio que nos prepara para o ministério da Palavra, e não apenas para o ministério, mas para a compreenção das verdadeiras implicações práticas das doutrinas bíblicas.
Grandes acusações feitas às doutrinas da graça, só são feitas porque em muitos inexiste a prática doutrinária, somos muito teóricos, e nada, ou quase nada, práticos. Já vi pessoas que se dizem calvinistas não depositarem em Cristo sua confiança para salvação, mas na compreensão torta que possuem da doutrina da eleição, e que caminham como aqueles que “convertem em dissolução a graça de Deus” (cf. Jd. 4b).
Em Juízes 3.1,2, o Senhor diz que manteve os povos estrangeiros na terra para que os filhos de Israel aprendessem a guerrear. Da mesma forma isso acontece conosco, depois da nossa conversão Deus não retira da nossa vida as situações adversas, simplesmente porque deseja nos ensinar a lutar, Ele não quer filhos passivos, mas ativos e dependentes dEle. Quando não for para lutar Ele nos avisará, como fez com Josafá (cf. 2Cr 20.17), ou como está escrito no Salmo 46.10 (“Parem de lutar” - NVI).
Concluindo, não é por crermos na absoluta soberania de Deus que devemos passivamente nos submeter às situações adversas que nos são impostas por Ele, mas devemos, confiando em Deus, reagir à estas situações com orações e súplicas, segundo a Sua vontade revelada na Bíblia, até que a paz de Deus que excede todo o entendimento guarde nossa mente e nossos sentimentos em Cristo. Na luta não reclame DE Deus aos outros, reclame COM Deus em oração.