''Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que
há em mim bendiga ao seu santo nome” (Salmo 103.1)
O pastor da igreja da qual sou membro desafiou
os ouvintes a memorizar versículos da Bíblia. Comecei a memorizar salmos
inteiros e não só versículos isolados. Desafiei-me com o Salmo 103, mesmo
contendo 22 versículos. Intriguei-me com a palavra “perdoar”. Quem me acompanha
nestes estudos sabe para qual livro recorri para tirar minhas conclusões, a
saber, a concordância hebraica.
Esta palavra encontra-se 45 vezes no Antigo
Testamento. Muitas das quais se acham no Pentateuco, umas 18 vezes, entre as
instruções concernentes a expiação de pecados. “E o sacerdote fará expiação […]
diante do SENHOR, e será perdoada” (Levítico 6:7). Outras 14 vezes, nos livros
históricos, especialmente na oração do rei Salomão na dedicação do templo.
“Ouve, pois, a súplica […] do teu povo Israel […] ouve, e perdoa,” 1 Reis8:30. E
também se acha nos livros proféticos umas 8 vezes. “Converta-se ao SENHOR […] e
volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55:7).
Ao menos reflete o fato de que ao decorrer da
história do povo de Israel, Deus estava prontos o perdoar o pecado daqueles
que o confessam. Isto desde a implantação no Pentateuco, no correr da história
da nação, como ainda nos livros proféticos nos anos de cativeiro. Deus sempre
foi fiel nesta promessa.
É interessante que esta palavra nunca se
encontra entre seres humanos, por isso é um tipo de perdão inferior. Ela é
exclusivamente para salientar o perdão estendido ao pecador por Deus. Um perdão
superior, pois vem de Deus que está afastado do pecador por causa dos pecados
dele. O reconciliador, Deus, manifesta-se rápido, à luz do pedido do pecador,
perdoar e assim o reconciliá-lo a Ele como um filho de Deus. C.S.Lewis
descreveu isto nitidamente ao dizer: “O filho de Deus se fez homem a fim de que
os homens tornem-se um filho de Deus”, refletindo assim João 1:12.
Nunca se pode separar o conceito de perdão da
necessidade de expiação, pois a
penalidade sobre o pecado é a morte. No Antigo Testamento era simbolizado pela
morte de um animal seja boi, ovelha ou pombo. O perdão veio após o sacrifício
do ofertante. Justamente o que o livro de Hebreus nos informa, “Sem
derramamento de sangue não há remissão” (9:22). Quem separa estes dois
conceitos não obterá o perdão da parte de Deus. Uma parte, tudo isto também se
aplica para o crente que cometeu pecado; confessado será totalmente perdoado, 1
João 1:9 (escrito para os cristãos) “Ele é justo para nos perdoar os pecados.”
Quando Cristo se ofereceu para pagar a penalidade do pecado, Ele marcou
Sua morte na Cruz do Calvário. Por isso Jesus declarou na cruz “Está consumado”
João 19:30. Todo o simbolismo dos animais sacrificados pelo perdão de pecado
agora é feito definitivamente pela Sua morte na cruz. Todas as instruções do
Pentateuco concernentes ao sacrifício de bois, ovelhas ou pombas se completaram
na morte de Jesus. Nada mais precisa se acrescentar para obter o perdão de
Deus. Gosto da maneira como Isaías descreveu o perdão: “Deus […] é rico em
perdoar” (55:7). “Rico” para nós é um adjetivo, mas para Isaías é um verbo
significando “multiplicar”. E o verbo se acha numa forma causativa. Ou
literalmente Deus “Fará que multiplique.” E se isto não bastar, tem uma forma
do infinitivo que salienta enfaticamente, intensidade ou constância. Que
perdão!
Deus está descrito como um que está multiplicando algo, a saber o
perdão, dito numa forma enfática com intensidade e constância. Que Deus! Que
perdão! Por causa da expiação, Deus oferece perdão. O salmista também sentiu
isto quando disse: “Quanto dista o Oriente do Ocidente assim afasta de nós as
nossas transgressões” (103:12). Da parte do pecador, falta reconhecer que
Cristo pagou a penalidade da morte e aceitar Cristo como seu Salvador e andar
conforme os Seus mandamentos: “Aquilo que pedimos, dele recebemos, porque
guardamos os seus mandamentos, e fazemos diante dele o que lhe é agradável” (1
João 3:22).
Demonstremos
a nossa salvação pela prática dos Seus mandamentos.
(Dr.)
Ricardo Sterkenburg
E não sei quanto tempo,
mas mais dia, menos dia, estarei contigo para sempre, e lá tu enxugarás dos
meus olhos todas as minhas lágrimas que os aparentes problemas do presente me
trazem.
“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21.4
“Ora vem Senhor Jesus!” Apocalipse 22.20b