““Eu sou o Deus
todo poderoso; anda na minha presença e sê perfeito”. (Gênesis 17.1)
A humildade é um claro sinal de
maturidade cristã na jornada em busca de uma vida íntegra, pois é fruto da
compreensão da nossa total dependência de Deus. Quanto mais buscamos uma vida
íntegra na presença de Deus, mais somos confrontados pelo Espírito nas áreas da
nossa alma que precisam de conserto, perdão, libertação e cura. E esse
confronto gera um espírito de humildade, pois percebemos quem somos e o quanto
necessitamos do Senhor em nossas vidas. Outro sinal de maturidade cristã é o
contentamento, pois não nos aproximamos do sol ao meio dia sem percebermos a
sua luz. Ao nos aproximarmos do Senhor perceberemos, sempre, a Sua bondade nas
pequenas e derradeiras coisas da vida. Se você deseja avaliar o crescimento
espiritual de um amigo, ou seu próprio, observe a humildade o contentamento.
Devemos lembrar que a busca pela
integridade denuncia o pecado. Richard Baxter, teólogo e homem piedoso, afirma
em seu livro ‘O pastor aprovado’ que "é mais fácil julgar o pecado que
dominá-lo” e desafia-nos a vigiarmos para "não suceder que convivamos com
os mesmos pecados contra os quais pregamos”. Em Gn 17:1 lemos que Deus disse a
Abraão: “Eu sou o Deus todo poderoso; anda na minha presença e sê perfeito”.
Andar na presença de Deus leva-nos ao caminho da perfeição na mesma medida que
andar em Sua presença aponta de forma clara as nossas imperfeições.
No processo de santidade o pecado
precisa ser denunciado. Não nos tribunais humanos ou nas conversas de
bastidores, mas no encontro do pecador com Jesus. Um dos grandes desafios
cristãos é definirmos o pecado biblicamente (aquilo que terrivelmente nos
afasta de Deus) e não sociologicamente, em uma escala de intensidade daquilo
que é mais ou menos aceito pela sociedade.
Quando Paulo nos advertiu dizendo
que a carne luta contra o Espírito e este contra a carne, enfatiza que não
derrotaremos a carne lutando contra a carne. A carne será derrotada ao sermos
cheios do Espírito (Gl 5.17). Isto não dilui a necessidade de estarmos alertas,
pois somos encorajados a resistir ao pecado (1Co 10:13), visto que o pecado
está à porta e a nós cumpre dominá-lo (Gn 4.7). Significa que os processos de
transformação que contrariam a carne se darão pela presença e atuação do
Espírito Santo em nossas vidas – e possivelmente uma das primeiras ações do
Espírito é injetar repúdio ao pecado em nosso coração. O maior passo para uma
vida íntegra e santa é sermos cheios do Espírito.
Somos de Deus, vivamos para Ele e
morramos para Ele. Somos de Deus.