segunda-feira, 16 de outubro de 2017

CONSAGRAÇÃO A DEUS!

Honra ao SENHOR com teus bens e com as primícias de todos os teus rendimentos”; — Provérbios 3.10



Nas Escrituras, a adoração a Deus sempre envolveu a consagração de bens. Antes que os Dez Mandamentos fossem dados, antes que Malaquias escrevesse o famoso e muito usado texto de sua profecia (Ml 3.10 – “Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa…”), Abraão expressou sua adoração e gratidão por meio do dízimo (Gn 14.21) e Jacó comprometeu-se a dar a Deus o dízimo de tudo que recebesse (Gn 28.22). O dízimo não é explicado pois para o contexto dos povos bíblicos era natural. Davi recusou-se a realizar um holocausto que não lhe custasse nada (1Cr 21.24), pois não era apropriado. A adoração e a gratidão, mais que um sentimento, eram demonstradas pela dedicação de algo de valor. Por isso a pergunta do salmista: “Como posso retribuir ao Senhor toda a sua bondade para comigo?” (Sl 116.12) Esta é a mentalidade do adorador nas Escrituras.
No tempo de Jesus o dízimo continuava sendo praticado, bem como as ofertas. E ao longo da história tem sido assim. Eles são a expressão material de realidades espiritais. Declaram a submissão a Deus e o reconhecimento e a confiança de que Ele cuida de nós. Ainda que dízimos e ofertas tenham sido deturpados de tantas formas e em tantos momentos, continuam sendo parte importante da fé e história cristãs. Ter muito ou ter pouco não é o que determina se devo ou não consagrar dízimos e ofertas, do contrário Jesus diria à viúva pobre para não ofertar. Mas, em lugar disso, ele destacou o modo como ela o fez. Aos seus olhos ela deu mais que todos, embora tenha dado menos. Num mundo em que o dinheiro tem tanto poder e causa tantas dores, em que o valor e o tratamento que pessoas recebem muda, de acordo com o dinheiro que possuem, o dinheiro facilmente vira deus. Praticar os dízimos e as ofertas é afirmar que ele não é nosso deus e, ao mesmo tempo, honrar o Deus que nos dá o pão de cada dia!
Quando dízimos e ofertas são praticados com seriedade, temos motivação nova para sermos zelosos com nossos bens. Se preocupo-me em iniciar meu orçamento com a separação do que vou consagrar a Deus sou levado a agir com mais sensatez no uso do restante. Jamais deveríamos usar desculpas para fugir desse dever cristão. Se desconfiamos da igreja ou do líder, devemos então buscar uma igreja e um líder em quem confiar. E não é pelas bênçãos que devemos ser dizimistas e fazer ofertas, mas é inegável que, quando temos esse compromisso, somos abençoados. Tanto porque Deus manifesta-se em nossa vida, como porque nos tornamos mais sábios na gestão dos nossos bens. Pois o temor ao Senhor é o principio da sabedoria (Pv 1.7). Ser dizimista e poder ofertar é, na verdade, um privilégio para o cristão.