quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

ORAÇÃO REPLETA DE FÉ – J. I. PACKER

Faze-me, SENHOR, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas. (Salmo 25.4).





        A oração desempenha um papel muito importante no processo de encontrar a direção de Deus. Quando falamos de oração, temos em mente uma fila enorme, ao menos em Espírito, de modelos bíblicos. Normalmente, essas orações são conversas e súplicas, elas se dirigem a Deus com a expectativa de que Ele vai responde-las, não só tratando da necessidade sobre a qual oramos, mas, também, talvez, nos dando uma sensação especial de Sua presença no próprio momento em que oramos. O ingrediente básico dessas orações é a necessidade de que pedimos a Deus que atenda.
      No Antigo Testamento, os Salmos são o exemplo supremo desse tipo de oração; no Novo Testamento, o Pai Nosso seja o exemplo principal. Assim, quando oramos, por alguma coisa – sozinho ou em grupo, em silêncio ou em voz alta -, devemos, primeiro, invocar a Deus, ainda que de forma breve, pelo que Ele é e por quem é; devemos agradecer-lhe pelos benefícios concedidos no passado e, então, pedir a Ele aquilo que outros e nós precisamos, apresentando os motivos pelos quais acreditamos que conceder o que pedimos contribuirá realmente para a Sua glória, bem como para o nosso próprio bem. Todas as nossas orações, ao menos em intenção, deveriam ser passíveis de ser resumidas a “Santificado seja o Teu nome (ou seja, que o Senhor seja glorificado), venha o Teu Reino, seja feita a Tua vontade”. A base para a oração cristã bíblica é a relação de Aliança pela qual Deus, que por intermédio de Cristo é nosso Pai, e o Senhor Jesus, que por causa da nossa adoção é agora nosso Senhor na família de Deus, se comprometem a ouvir as orações do povo fiel e responder a elas (conf. Jo 14.13-14; 16.23-24; 1 Jo 5.14-15).
        Quando oramos pedindo a direção de Deus, devemos sempre começar pedindo para sermos libertados de coisas como estupidez, orgulho, teimosia e, todas as formas de perversão que podem nos separar do Amor do nosso Deus!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

GUIADOS PELO PASTOR – J. I. PACKER

Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome (Salmo 23.3).

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             A doutrina da direção divina aparece como um dos princípios que Isaac Watts escolheu chamar de graça guardiã de Deus, ao qual temos nos referido como cuidado de Deus na aliança. O Bom Pastor “...guia-me”. Guiar é o verbo que carrega a promessa de que nosso Deus trará discernimento da decisão e direção de que precisamos, a fim de nos mantermos ao seu lado ao longo do caminho da vida. Nossa certeza, como crentes, da graça guardiã de Deus e do cuidado da aliança deveria sempre embasar nossa busca por direção.
                A ética da direção divina aparece nos parâmetros que qualificam a promessa. Deus guia “pelas veredas da justiça”, e por nenhum outro lugar. A direção de Deus nunca viola os princípios da retidão e da integridade; Ele, também, nunca nos levará a decisões e ações irresponsáveis; pelo contrário, Ele nos guia a obedecer a Sua Palavra e a escolher entre as opções que temos, de modo a exercer a sabedoria perspicaz, inspirada na imagem de Cristo e que honra a Deus, a qual nos é ensinada na Bíblia, a sabedoria que sempre visa ao que mais agrada a Deus.
                A espiritualidade da direção divina aparece como propósito e diretriz de manter contato com o nosso Pastor, não apenas de forma incidental, quando passamos em revista o leque de decisões possíveis, mas, também, de buscar ter com Ele um relacionamento pessoal tão próximo quanto pudermos, quando temos decisões a tomar. O Pastor “guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” – isto é, para mostrar sua fidelidade e ser honrado por ela mediante nossos agradecimentos e louvores. Louvar e agradecer a Deus antecipadamente, porque Ele prometeu nos guiar, é em geral um meio de chegar a um discernimento claro de qual é o escopo da direção divina na decisão e ação que temos no momento.
                É assim que funciona a direção sob a tutela de Deus. Como todo o restante do Salmo 23, esse é uma boa nova maravilhosa.

ANTES DO TELEFONE – A. Charles

Na minha angústia, invoquei o SENHOR, gritei por socorro ao meu Deus. 
Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos”  (Salmo 18.6).


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Como mãe de crianças pequenas, às vezes, sou suscetível a entrar em pânico. Minha primeira reação é telefonar para minha mãe e perguntar-lhe o que fazer com a alergia de meu filho ou a tosse súbita de minha filha.
Mamãe é um grande recurso, mas, quando leio os salmos, lembro-me da frequência com que precisamos do tipo de ajuda que nenhum mortal pode prestar. No Salmo 18, Davi estava em grande perigo. Amedrontado, perto da morte e angustiado, ele apelou ao Senhor.
Davi pôde dizer “Eu te amo, ó Senhor…” porque entendia que Deus era uma fortaleza, uma rocha e um libertador (vv.1,2). Deus era o seu escudo, a sua salvação e a sua fortaleza. Talvez não consigamos entender o louvor de Davi porque ainda não experimentamos a ajuda de Deus. Pode ser que perguntemos aos outros antes de buscar o conselho e a ajuda do Senhor.
Certamente, Deus coloca pessoas em nossa vida para nos dar ajuda e conforto. No entanto, lembremo-nos também de orar. Deus nos ouvirá. Como cantou Davi, “…Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos” (v.6). Quando buscamos a Deus, nos juntamos à canção de Davi e temos no Pai Eterno a nossa rocha, nossa fortaleza e nosso libertador.
Da próxima vez em que você correr para o telefone, lembre-se, também, de orar.
A oração é a ponte entre o pânico e a paz.