segunda-feira, 24 de setembro de 2018

PALAVRAS PARA O CANSADO – David McCasland

“O SENHOR Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos” (Isaías 50.4).




Alguns dias após seu pai morrer, C. S. Lewis, que estava com 30 anos, recebeu uma carta da mulher que havia cuidado da sua mãe enferma, até ela vir a falecer, duas décadas antes. A mulher oferecia seus sentimentos pela perda do pai dele, perguntando-lhe se ele se lembrava dela. “Minha querida enfermeira Davison,” ele respondeu. “Se me lembro de você? Mas é claro que sim.”Lewis lembrou-se do quanto a presença da enfermeira em sua casa fora significativa para ele assim como para seu irmão e seu pai durante uma época difícil. Ele lhe agradeceu por suas palavras de condolências e disse: “É realmente consolador ser levado de volta àqueles velhos dias. A época em que você esteve com minha mãe pareceu ser, para uma criança, um período muito longo e você se tornou parte do lar.”Quando lutamos com circunstâncias da vida, uma palavra encorajadora de outros pode elevar os nossos olhos e espírito ao Senhor. O profeta Isaías, do Antigo Testamento, escreveu: “O Senhor Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado…” (50:4). E quando olhamos para o Senhor, Ele oferece palavras de esperança e luz em meio à escuridão.As palavras amáveis podem reerguer um coração abatido.



AJUDANDO UNS AOS OUTROS – Philip Yancey

“É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus” (II Corintios 1.4)



“O Corpo de Cristo” é uma expressão misteriosa usada mais de 30 vezes no Novo Testamento. O apóstolo Paulo usou esta expressão especialmente como representação da igreja. Depois que Jesus ascendeu ao céu, Ele entregou Sua missão a homens e mulheres falhos e desajeitados. Ele assumiu o papel de cabeça da Igreja, deixando as tarefas dos braços, pernas, ouvidos, olhos e voz para os discípulos errantes — e para mim e você.

A decisão de Jesus de agir como a cabeça invisível de um grande corpo com muitas partes significa que Ele geralmente conta conosco para nos ajudarmos uns aos outros durante tempos de sofrimento. O apóstolo Paulo deve ter tido algo parecido em mente quando escreveu estas palavras: “É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo” (2 Coríntios 1:4,5). E durante todo o seu ministério Paulo colocou esse princípio em prática, fazendo coletas para vítimas da fome, despachando assistentes para áreas com dificuldades, reconhecendo os dons dos cristãos como dons do próprio Deus.
A expressão “o Corpo de Cristo” simboliza bem aquilo que somos chamados para fazer: representar fisicamente como Cristo é, especialmente àqueles em necessidade.
A presença de Deus nos traz consolo; nossa presença leva consolo a outros.

O QUE MAIS IMPORTA – Bill Crowder

“Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele” (I João 4.9).




Conforme o amado discípulo de Jesus, João, envelhecia, seu ensino se restringiu, focando-se inteiramente no amor de Deus em suas três cartas. No livro Knowing the Truth of God’s Love (Conhecendo a verdade sobre o amor de Deus, inédito), Peter Kreeft cita uma antiga lenda que diz que um dos jovens discípulos de João, certa vez, foi até ele reclamando: “Por que você não fala sobre mais nada?” João respondeu: “Porque não há mais nada.”
O amor de Deus está certamente no centro da missão e mensagem de Jesus. Em seu relato anterior no evangelho, João registrou as palavras: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
O apóstolo Paulo nos diz que o amor de Deus está no centro do modo como vivemos e nos lembra que “…nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8:38,39).
O amor de Deus é tão forte, disponível e firme que podemos confiantemente iniciar cada dia sabendo que as boas coisas são dons de Sua mão e que os desafios podem ser enfrentados na força dele. Por toda a vida, o Seu amor é o que mais importa.
O amor de Deus mantém-se firme, quando o restante está arruinado.

VERDADEIRAMENTE LIVRE – Bill Crowder

“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”
(João 8.36).




Olaudah Equiano (1745–96) tinha apenas 11 anos ao ser sequestrado e vendido como escravo. Ele foi levado da África Ocidental às Índias Ocidentais, de lá para a colônia de Virgina e, depois, Inglaterra. Aos 20 anos, comprou sua própria liberdade, ainda carregando as cicatrizes emocionais e físicas do tratamento desumano que havia sofrido.
Incapaz de desfrutar de sua liberdade enquanto outros ainda eram escravos, Equiano se tornou ativo no movimento para abolir a escravidão na Inglaterra. Ele escreveu sua autobiografia (algo inédito para um ex-escravo naquela época), na qual relatou o horrível tratamento dado aos escravos.
Quando Jesus veio, travou uma batalha por todos nós, escravos e incapazes de lutar por nós mesmos. Nossa escravidão não é exterior. Somos acorrentados por nossa própria fragilidade e pecado. Jesus disse: “…todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:34-36).
Onde quer que tal liberdade pareça inaudita, Suas palavras precisam ser declaradas. Podemos ser libertos de nossa culpa, vergonha e desesperança. Confiando em Jesus, podemos ser verdadeiramente livres!
O preço de nossa libertação do pecado foi pago com o sangue de Jesus.

VIDA HONROSA – Acharles

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pedro 2.9).





Num famoso discurso, um respeitado líder e estadista chamou a atenção de sua nação ao declarar que a maioria dos Membros do Parlamento (MPs) de seu país era bastante desonrosa. Citando corrupção, atitudes pomposas, linguajar chulo e outros vícios, ele os repreendeu e os exortou a se corrigirem. Como esperado, eles não aceitaram bem os comentários e o criticaram.
Nós, que seguimos Cristo, podemos não ser servidores públicos em cargos de liderança, mas somos “…raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo […] de Deus…” (1 Pedro 2:9). Como tal, o nosso Senhor nos chama a estilos de vida que o honrem.
Pedro deu conselhos práticos sobre isso. Ele nos exortou a nos abstermos “…das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (v.11). Embora não tenha usado a palavra honrosa, ele nos chamou para um comportamento digno de Cristo.
Paulo expressou-se assim: “…tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4:8). De fato, essas são as características de comportamento que honram o nosso Senhor.
Honramos o nome de Deus quando o chamamos de nosso Pai e vivemos como Seus filhos.



OBSESSÃO POR COMPARAÇÃO – Marvin Williams

Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?” (Mateus 20.15).




Thomas J. DeLong, professor da Harvard Business School, observou uma tendência preocupante entre seus alunos e colegas — uma “obsessão por comparação”. Ele escreve: “Mais do que nunca, os executivos de negócios, analistas da Bolsa de Valores, advogados, médicos e outros profissionais estão obcecados por comparar suas próprias realizações com as dos outros. Isto é ruim para os indivíduos e para as empresas. Ao definir o sucesso com base em critérios externos em vez de internos, você diminui a sua satisfação e o seu compromisso.”
Essa obsessão não é nova. As Escrituras nos alertam para os perigos de nos compararmos aos outros. Ao fazê-lo, tornamo-nos orgulhosos e os desdenhamos (Lucas 18:9-14), ciumentos e queremos ser como eles ou ter o que eles têm (Tiago 4:1). Falhamos em não atentarmos para o que Deus nos deu para fazer. Jesus sugeriu que a obsessão por comparação vem de crer que Deus é injusto e não tem o direito de ser mais generoso para com os outros do que para conosco (Mateus 20:1-16).Por Sua graça, podemos aprender a superar obsessão por comparação focando-nos na vida que Ele nos deu. Ao dedicar momentos para agradecer as bênçãos diárias, transformamos nosso pensamento e começamos a crer profundamente que Ele é bom.
Deus expressa a Sua bondade para com Seus filhos à Sua própria maneira.

O SEU PAI SABE – Acharles

Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais” (Mateus 6.8).




Eu tinha apenas 4 anos quando dormi ao lado de meu pai em um tapete numa noite quente de verão. (Minha mãe, com um bebê, tinha seu próprio quarto naquele momento). Vivíamos no norte de Gana, onde o clima é predominantemente seco. O suor cobria o meu corpo e o calor ressequia a minha garganta. Eu sentia tanta sede, que sacudi meu pai para acordá-lo. No meio daquela noite seca, ele se levantou e despejou água de uma jarra para eu matar minha sede. Ao longo de minha vida, como naquela noite, ele exemplificou a imagem de um pai carinhoso, fornecendo-me o que eu precisava.
Talvez algumas pessoas não tenham uma boa figura paterna em suas vidas. Mas todos nós temos um Pai que é forte, sempre presente e não nos decepciona. Jesus nos ensinou a orar ao “Pai nosso, que [está] nos céus…” (Mateus 6:9). Ele nos disse que, quando nos confrontamos com nossas necessidades diárias — alimentação, vestuário, abrigo, proteção (v.31), Deus“…o vosso Pai sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais” (v.8).
Nós temos um Pai sempre presente. Noite ou dia, sempre que a caminhada fica difícil, podemos confiar que Ele nunca nos abandonará. Ele prometeu cuidar de nós e conhece melhor do que nós mesmos as nossas necessidades.
Nosso amoroso Pai celestial nunca descuida de nós.


QUEM O OBSERVA? – David Branon

Os olhos do SENHOR repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor” (Salmo 34.15).





Onde quer que os atletas das Olimpíadas de 2016 estivessem no Rio de Janeiro, eles podiam ver a estátua de Jesus. No topo do Corcovado, uma montanha de 704 m de altura, há uma escultura de 30 m, chamada Cristo Redentor. Com os braços abertos, essa imponente estátua é visível, dia e noite, de quase qualquer ponto da cidade ao redor.
Por mais reconfortante que essa icônica escultura de concreto e pedra-sabão possa ser para todos os que podem olhar para cima e vê-la, há muito mais conforto no fato de que o verdadeiro Jesus nos vê. No Salmo 34, Davi disse: “Os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor” (v.15). Ele observou que, quando os justos clamam por Sua ajuda, “…o Senhor os escuta e os livra de todas as suas tribulações. Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido” (vv.17,18).
Entretanto, quem são os justos? Aqueles que colocam a confiança em Jesus Cristo, que é a nossa justiça (1 Coríntios 1:30). Nosso Deus supervisiona a nossa vida e ouve o choro dos que confiam nele. Ele está perto para nos ajudar em nossos tempos de maior necessidade.
Jesus tem os Seus olhos sobre você.
O Senhor nunca nos perde de vista.

AME SEU PRÓXIMO – Poh Mart De Haan

“Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gálatas 5.14).




Conta-se que um antropólogo estava encerrando a pesquisa de vários meses numa pequena aldeia. Enquanto esperava por uma carona até o aeroporto para seu voo de retorno à casa, decidiu passar o tempo, criando uma brincadeira para algumas crianças. Sua ideia era criar uma corrida por uma cesta de frutas e doces que ele colocou perto de uma árvore. Mas ao dar o sinal de partida, ninguém correu para a linha de chegada. Em vez disso, as crianças deram as mãos e correram juntas à árvore.
Quando questionadas por que escolheram correr como um grupo em vez de cada um por si para ganhar, uma menina respondeu: “Como um de nós poderia ser feliz quando todos os outros estariam tristes?” Por estas crianças se preocuparem com o próximo, queriam que todas pudessem compartilhar a cesta de frutas e doces.
Depois de anos estudando a lei de Moisés, Paulo descobriu que todas as leis de Deus podiam ser resumidas em uma: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gálatas 5:14; Romanos 13:9). Em Cristo, Paulo viu não só a razão para encorajar, confortar e cuidar uns dos outros, mas também a capacitação espiritual para efetuá-la.
Porque Ele cuida de nós, podemos cuidar uns dos outros.

AGITAÇÃO E DESCANSO – Poh Fang Chia

E ele lhes disse: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham.
” (Marcos 6.31).


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O despertador toca. Parece muito cedo. Mas você tem um longo dia pela frente. Você tem trabalhos a fazer, compromissos a cumprir, pessoas que precisa cuidar, ou tudo isso e muito mais. Bem, você não está só. Todo dia, muitos de nós corremos de uma coisa à outra. Como alguém sagazmente sugeriu: “Quem muito faz, mais arruma para fazer.”
Quando os apóstolos voltaram de sua primeira viagem missionária, eles tinham muito a relatar. Mas Marcos não registrou a avaliação de Jesus sobre o trabalho dos discípulos; ao invés disso, se concentrou na preocupação do Mestre de que eles descansassem um pouco. Jesus disse: “…Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto…” (6:31).
Em última análise, encontramos o verdadeiro descanso ao reconhecermos a presença de Deus e confiarmos nele. Enquanto levamos nossas responsabilidades a sério, também reconhecemos que podemos relaxar nosso envolvimento com o trabalho e carreiras, nossas famílias e ministério, e entregá-los a Deus pela fé. Podemos separar um tempo cada dia para nos dessintonizar das distrações, afastar as inquietações tensas e com gratidão refletir sobre a maravilha do amor e da fidelidade de Deus.
Portanto, sinta-se livre para parar e tomar um fôlego. Tenha um descanso verdadeiro.
Deus nos criou com a necessidade do descanso.