quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Diagnóstico

"Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”.  1 Coríntios 10.12


                Diagnóstico pode ser definido como: “qualificação dada por um médico a uma enfermidade ou estado fisiológico com base nos sintomas que observa”.  O sucesso no tratamento de uma enfermidade depende do diagnóstico ser feito com precisão, e o quanto antes a doença for diagnosticada, melhores chances haverá de cura.  Para fazer um diagnóstico correto, quase sempre o médico pede exames para poder ter certeza de qual enfermidade o paciente sofre e qual o tratamento adequado.
            Paulo escreve a I Carta aos Coríntios para orientar a igreja, fundada por ele, ao final de sua 2ª viagem missionária.  Corinto era uma cidade importante do Império Romano, rota comercial, e era também uma cidade rica, porém corrupta e idólatra.  Antes de mais nada, ele faz um diagnóstico do estado espiritual da igreja, conforme lemos em 1 Coríntios 3. versos 1 a 4.
           No verso 1 , ele diz que não pode falar-lhes “como a espirituais e sim como a carnais”.  O contraste que ele faz aqui não é para diferenciar os filhos de Deus e os filhos do maligno, como em outras partes da Bíblia. Paulo não está afirmando que eles não eram cristãos verdadeiros.  Isto fica claro pelo tratamento no início da carta (1 Co 1.2), como no início do próprio verso 1 do capítulo 3, onde ele chama os leitores de “irmãos”. Paulo também os compara à “crianças”, verso 1 parte final.  Ele os considerava “bebês espirituais”.  Na verdade então o contraste diz respeito a crentes maduros e crentes imaturos.
           No verso 2 o apóstolo diz que quando ele esteve em Corinto pela primeira vez, os crentes eram crianças na fé, e como tal, foram alimentados com alimento próprio de criança. Mas ele também diz “nem ainda agora podeis (suportar), porque ainda sois carnais”.  Apesar de haver passado três anos da 1ª visita do apóstolo à cidade de Corinto, não houve desenvolvimento espiritual neste período, e a igreja permanecia em sua infância espiritual.  O que levou o apostolo a concluir isto, era o estilo de vida que eles demonstravam: O verso 3 fala de “ciúme” e “contendas”, consideradas por ele em Gálatas 5.19 a 21, como obras da carne. E a partir daí eles viviam em divisão (verso 4).
           Se fossemos fazer um exame da situação espiritual da nossa igreja, qual seria o diagnóstico?
Rev. Jonas M. Cunha

O Cristão é como um Atleta

“Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível”.
 1 Coríntios 9.25

              Recentemente acompanhamos os Jogos Pan-americanos que ocorreram no México, em que o Brasil ganhou muitas medalhas.  Paulo também estava bem familiarizado com as competições esportivas.  Ao escrever suas cartas, principalmente Coríntios, ele cita várias modalidades esportivas, e compara a vida cristã a uma competição.
           Ao comparar o cristão com o atleta, Paulo nos mostra alguns pontos importantes:
1º) Não basta começar (bem) a vida cristã, o que importa é prosseguir até ao fim. -1 Co 9.24.  Ele nos chama a atenção para a perseverança que devemos ter (1 Co 10.1-12).  Mostra que para um atleta chegar até o fim, ele tem que seguir normas, senão é desclassificado (II Tm 2.5).  Ele nos lembra que o estímulo para toda competição é o prêmio, que só se recebe ao final da prova (II Tm 4.7,8).
2º) É necessário esforçar-se.  Sem esforço, não se alcança a vitória. – 1 Co 9.25.  Os crentes devem aplicar-se para progredir na vida espiritual como se estivessem numa corrida.  “Todo atleta em tudo se domina” – Paulo evoca imagens de um longo treinamento, exercícios árduos, alimentação apropriada e descanso suficiente. Esforça-se ao máximo, dá o melhor de si.
3º) Assim, como no esporte, o crente precisa ter disciplina. 1 Co 9. 26,27.  E aqui Paulo usa a 1ª pessoa do singular, colocando-se como exemplo.  É necessário estar atento, de olho no objetivo, concentrado, sem deixar que nada o distraia.  Como boxeador, ele não desperdiça seus murros no ar, ao contrário, luta com propósito, precisão e habilidade. “Esmurro o meu corpo, e o reduzo a escravidão”.  Aqui ele indica que  exercita autocontrole e se dedica ao seu propósito. Ele cuida de seu estilo de vida de forma que ninguém o possa acusar: aquilo que ele lhes prega é realidade em sua vida pessoal.
Você está se aplicando?  Lembre-se que o céu é o lugar dos vencedores. 
Rev. Jonas M. Cunha

Reunião de Oração

“Porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos.” Isaías 56.7 b


                Sei que você está cansado de ouvir: precisamos orar mais. Sei que você me considera um chato em ficar batendo nesta mesma tecla: precisamos orar mais.  Tudo bem, talvez o melhor caminho seja eu me dedicar à oração, e não ficar falando sobre oração com você.  Ao invés de “falar sobre oração     , eu devo é “falar em oração” com Deus, acerca de você.
              (...) Peço-lhe, apenas, uma última coisa: deixe-me publicar uma nota de falecimento que recebi esta semana.
           NOTA DE FALECIMENTO
          Faleceu, na Igreja dos negligentes e frios na fé, dona “Reunião de Oração”, que já estava enferma desde os primeiros séculos da era cristã.  Foi proprietária de grandes reavivamentos bíblicos e de grande poder e influência no passado.  Os médicos constataram que sua doença foi motivada pela “frieza de coração”, devido à falta de circulação do “sangue da fé”.  Constataram ainda: “dureza de joelhos” – não dobravam mais; “fraqueza de ânimo” e muita falta de boa vontade.  “Foi medicada, mas erroneamente, pois lhe deram grandes doses de “administração de empresa”, mudando-lhe  o regime; o xarope de “reuniões sociais” sufocou-a; deram-lhe “injeções de competições esportivas”, o que provocou má circulação nas amizades, trazendo ainda os males da carne: rivalidades, ciúmes, principalmente entre os jovens.  Administraram-lhe muitos “acampamentos”, e comprimidos de “clube de campo”.  Até cápsula de “gincana” lhe deram para tomar!  RESULTADO: Morreu Dona “Reunião de Oração”! A autópsia revelou: falta de alimentação, como “pão da vida”, carência de “água viva”, e ausência de vida espiritual.  Em sua memória, a Igreja dos negligentes, situada na Rua do Mundanismo, número 666, estará fechada nos cultos de 3ªs e 5ªs feiras; aos domingos, haverá Culto ou escola dominical, só pela manha, assim mesmo quando não houver dias feriados, emendando o lazer de sexta a segunda.  Vigília, nem pensar.  Agora, uma pergunta: “SERA QUE O LEITOR NÃO AJUDOU A MATAR A DONA “REUNIÃO DE ORAÇÃO”? (...)
Rev. Jonas M. Cunha (extraído do Boletim da I. P. Pinheiros)

A Ceia do Senhor

“Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice.” 1 Coríntios 11.28

Os que recebem o sacramento da Ceia do Senhor, como devem preparar-se para o receber?
Resposta:
        Os que recebem o sacramento da Ceia do Senhor devem preparar-se para o receber, examinando-se a si mesmos, se estão em Cristo, a respeito de seus pecados e necessidades, da verdade e medida de seu conhecimento, fé, arrependimento e amor para com Deus e para com os irmãos; da caridade para com todos os homens, perdoando aos que lhes têm feito mal; de seus desejos de ter Cristo e de sua nova obediência, renovando o exercício destas graças pela meditação séria e pela oração fervorosa.”
(1 Co 11.28; 2 Co 13.5; 1 Co 5.7; Co 11.29; Mt 5.23,24; ...)
Uma pessoa que duvida de que esteja em Cristo, ou de que esteja convenientemente preparada, pode chegar-se à Ceia do Senhor?
Resposta:
      Uma pessoa que duvida de que esteja em Cristo, ou de que esteja convenientemente preparada para participar do sacramento da Ceia do Senhor, pode ter um verdadeiro interesse em Cristo, embora não tenha ainda a certeza disto; mas aos olhos de Deus o tem, se está devidamente tocada pelo receio da falta desse interesse, e sem fingimento seja ser achada em Cristo e apartar-se da iniqüidade.  Neste caso, desde que as promessas são feitas, e este sacramento é ordenado para o alívio dos cristãos fracos e que estão em dúvida, de lamentar a sua incredulidade e esforçar-se  para ter as suas dúvidas dissipadas; e, assim fazendo, pode e deve chegar-se à Ceia do Senhor para ficar mais fortalecida”.
(Is 50.10; Is 54.7,8,10; Sl 42.11; 2 Tm 2.19; Mt 26.28; Mc 9.24;...)
Rev. Jonas M. Cunha
(extraído do Catecismo Maior – perg. 171 e 172)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Consumismo Infantil

“Pais...criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” Efésios 6.4



Nenhuma criança nasce consumista. O consumismo torna-se um hábito mental maquinado, característica mais visível da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o status social, nossa sociedade é altamente consumista. Somos fortemente impactados por todos os meios de comunicação, em especial a televisão e a internet, na intenção de nos tornarem cada vez mais consumidores inconseqüentes. As crianças não estão isentas desse mal e problemas relacionados na hora de comprar ou adquirir algo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco, álcool e outras drogas, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, egoísmo, jactância, etc. Assim sendo, o consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral.
                Não tenha dúvida que para o mercado a criança é uma poderosa máquina de consumo, pois consegue influenciar os pais com seu “jeitinho” de pedir as coisas. É o que está sendo chamado de “Kids Power” por pesquisadores e profissionais da área. Segundo a Pesquisa “Hábitos e Consumo das Crianças nos Shopping Centers” da Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (Esamc), “quando as crianças estão em um Shopping Center, elas fazem bem mais do que transformar os corredores, lojas e escadas rolantes em um grande parque de diversões. Elas estão cada vez mais poderosas, têm opinião formada e sabem muito bem o que procuram. Não é à toa que quando entram em um shopping influenciam 50% das decisões de compra de famílias das classes A e B”. Portanto, as crianças tornaram-se alvo importante para o mercado, pois além do que já foi dito, elas quando impactadas desde a infância tendem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é imposto.
              Dessa forma, o consumismo infantil acaba se tornando um problema que vai além da educação escolar e doméstica. Crianças que aprendem a consumir desenvolvendo valores distorcidos tornam-se um problema de ordem ética, econômica e social. Por isso, nós que somos cristãos, pais ou não, devemos combater qualquer tipo de comunicação mercadológica dirigida às crianças com o intuito do consumismo inconseqüente. A infância deve ser preservada em sua essência como o tempo indispensável e fundamental para a formação do caráter. A palavra de Deus diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Provérbios 22:6. Por isso, pais, antes mesmo de fazer as vontades de seus filhos e enche-los de presentes e outras coisas mais, instruam seus filhos para que sejam indivíduos conscientes e responsáveis, pois isso é a base de uma sociedade mais justa.
Rev. José Carlos – Secret. Geral do Trab. Infância da IPB