segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

BEM-AVENTURADOS OS HUMILDES DE ESPIRITO

“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus ”. Mateus 5.3


    Seguindo o mesmo esquema dos 10 mandamentos, as Bem-aventuranças são divididas em duas partes: a 1ª parte trata do relacionamento do crente com Deus, e a 2ª parte trata do relacionamento do crente com seu próximo.
   Não é por acaso que a primeira bem-aventurança seja “os humildes de espírito”. Ela serve de chave para a compreensão do que vem em seguida.  Existe uma sequencia lógica e bem definida: intencional.
Ninguém pode entrar no reino de Deus a menos que seja possuidor da qualidade nela expressa. Não existe um participante que não seja “humilde de espírito”.  Esta é a característica fundamental do crente, do cidadão do reino dos céus; e todas as demais são, num certo sentido, resultantes dela. Não podemos ser cheios das qualidades espirituais, produzidas em nós pelo Espírito Santo, enquanto não formos primeiramente esvaziados das nossas “qualidades carnais”. Deve haver um esvaziamento em nós antes que possa haver um enchimento.
   Trata-se de atitude de uma pessoa para consigo mesma. Mais uma vez toca-se no ponto que é, nas Escrituras, a total e essencial diferença entre o homem natural e o crente, o reino de Deus e o reino deste mundo (uma separação completa, uma distinção absoluta).
   O mundo dá grande ênfase a auto dependência, autoconfiança e na auto expressão. Mas, no reino de Deus a coisa é bem diferente! Essa bem-aventurança condena a perspectiva que considera o Sermão do Monte um programa para o homem natural por em ação, sem que tenha havido qualquer transformação em sua pessoa.
   O “humilde de espírito” não é alguém fraco, tímido, sem coragem, ou alguém sem personalidade. Nem a humildade daquele que adquiriu muito conhecimento e que agora reconhece que não sabe nada. Não tem nada a ver com uma aparência externa, como andar encurvado, falar baixo ou mal vestido. Nem uma tentativa de impressionar os outros, com sacrifícios pessoais.
   O humilde ou pobre de espírito é aquele que admite que não possui nenhum  recurso, nenhum mérito diante de Deus, reconhecendo sua total dependência da graça do Senhor. Como uma pessoa pode ser pobre e feliz ao mesmo tempo?  Jesus está dizendo que são verdadeiramente felizes aqueles que reconhecem sua total dependência espiritual, que não confia em si mesmo, no que pode realizar, mas recebem da bondade e riqueza de Deus.
Rev. Jonas M. Cunha