“Então orei ao Deus dos céus, e respondi ao rei.” Neemias 2.4-5
Veremos hoje mais duas lições que podemos aprender com
Neemias:
O líder cristão busca a ajuda de Deus e das pessoas. Quando o rei perguntou a Neemias o que ele queria,
ele primeiro “orou ao Deus dos céus” e então pediu permissão ao rei para ir a
Jerusalém e reconstruir a cidade. Ele
não foi superespiritual a ponto de clamar somente a Deus e considerar a ajuda
humana supérflua, nem excessivamente confiante nos recursos humanos, de modo a
considerar a oração desnecessária.
Orar e agir não são atitudes incompatíveis. Não
precisamos escolher entre oração e ação. Ambas são necessárias, e uma sem a
outra pode levar a um perigoso desequilíbrio. Fica evidente nos dois primeiros
capítulos de Neemias que ele era um homem de oração. Mas isso não o impediu de pedir permissão ao
rei para ir a Jerusalém, nem de pedir cartas de salvo-conduto aos governadores
das províncias próximas ao Eufrates, além de uma carta adicional a Asafe,
guarda da floresta do rei, pedindo-lhe para fornecer madeira para as obras de
reconstrução.
O líder cristão faz planos realistas. O mundo costuma fazer pouco caso dos sonhadores. “Lá
vem aquele sonhador!”, diziam os irmãos mais velhos de José. “Vamos matá-lo, e
então veremos o que será de seus sonhos”. Os sonhos noturnos geralmente
desaparecem com a luz suave da manhã. Assim, os sonhadores precisam se tornar
pensadores, planejadores e trabalhadores. Pessoas de visão precisam se tornar
pessoas de ação.
Neemias, apesar de inspirado pela visão de reconstruir
a cidade, precisou fazer planos. Logo que chegou a Jerusalém, ele decidiu fazer
um reconhecimento pessoal da situação, saindo á noite para examinar os muros de
Jerusalém. Assim, a verdadeira liderança inclui visão e ação, sonhos e planos.
Extraído de “A Bíblia toda, o ano todo” –
John Stott
Rev. Jonas M. Cunha