“...Se a vossa justiça não exceder em muito a dos
escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.”
Mateus 5.20
Nem tudo que aparenta estar correto pode ser
considerado certo! Quando um aluno acerta várias questões na prova pode ser
motivo de alegria para o professor porque o aluno se esforçou e estudou,
justificando assim um bom desempenho. Mas nem sempre é isto que acontece.
Muitas vezes ele simplesmente “chutou”, e assinalou a resposta correta, mas de
fato, não sabe a matéria, o que mascara a real aprendizagem pelo aluno. O que
Jesus está dizendo em Mateus 5.17 a 20 é mais ou menos isto.
Depois de apresentar as
características internas do verdadeiro cidadão do céu, isto é, daqueles que são
regenerados, através das bem-aventuranças, e de dizer que essa pessoa é sal da
terra e luz do mundo, ou seja, que essas características não podem ser
escondidas ou passar despercebidas, portanto a atitude interna é acompanhada
pela atitude externa.
Agora Ele vai mostrar que estas
ações não são opostas a Lei, ou mandamentos do Velho Testamento, por isso o
cristão não está desobrigado de observar o que é dito na lei e nos profetas,
antes, Ele vai mostrar que é o cristão que realmente conhece a lei porque a
pratica não de maneira externa apenas, mas como consequência de ela estar no
seu coração.
Ele mostra que a Palavra de Deus
não mudou e não vai mudar, antes, o cristão, embora não seja justificado pela
lei, cumpre a lei, pois a nova natureza que recebeu está em harmonia com esta
lei, pois ambos procedem da mesma fonte: Deus.
Enquanto os escribas e fariseus
dão ênfase a conformidade externa com a lei, Jesus chama a atenção de que
praticar a coisa certa, sem uma atitude interior adequada, não tem nenhum valor
diante de Deus, que conhece e que quer o nosso coração. Acomodar-se a cumprir
regras externas, sem se comprometer com as realidades nelas envolvidas, elimina
a consciência da graça e da dependência de Deus.
Nos
versos seguintes (21 a 48), Jesus restaura a verdadeira natureza da lei de
Deus, e diz que ela obriga total e radical santidade. Ele exige uma mais
profunda obediência, e não descaso ao mandamento de Deus. Ele é contra Ação
desassociada do coração.
Rev. Jonas M. Cunha