segunda-feira, 23 de junho de 2014

Retidão Interna

“...Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.”
Mateus 5.20



Nem tudo que aparenta estar correto pode ser considerado certo! Quando um aluno acerta várias questões na prova pode ser motivo de alegria para o professor porque o aluno se esforçou e estudou, justificando assim um bom desempenho. Mas nem sempre é isto que acontece. Muitas vezes ele simplesmente “chutou”, e assinalou a resposta correta, mas de fato, não sabe a matéria, o que mascara a real aprendizagem pelo aluno. O que Jesus está dizendo em Mateus 5.17 a 20 é mais ou menos isto.

Depois de apresentar as características internas do verdadeiro cidadão do céu, isto é, daqueles que são regenerados, através das bem-aventuranças, e de dizer que essa pessoa é sal da terra e luz do mundo, ou seja, que essas características não podem ser escondidas ou passar despercebidas, portanto a atitude interna é acompanhada pela atitude externa.

Agora Ele vai mostrar que estas ações não são opostas a Lei, ou mandamentos do Velho Testamento, por isso o cristão não está desobrigado de observar o que é dito na lei e nos profetas, antes, Ele vai mostrar que é o cristão que realmente conhece a lei porque a pratica não de maneira externa apenas, mas como consequência de ela estar no seu coração.

Ele mostra que a Palavra de Deus não mudou e não vai mudar, antes, o cristão, embora não seja justificado pela lei, cumpre a lei, pois a nova natureza que recebeu está em harmonia com esta lei, pois ambos procedem da mesma fonte: Deus.

Enquanto os escribas e fariseus dão ênfase a conformidade externa com a lei, Jesus chama a atenção de que praticar a coisa certa, sem uma atitude interior adequada, não tem nenhum valor diante de Deus, que conhece e que quer o nosso coração. Acomodar-se a cumprir regras externas, sem se comprometer com as realidades nelas envolvidas, elimina a consciência da graça e da dependência de Deus.

                Nos versos seguintes (21 a 48), Jesus restaura a verdadeira natureza da lei de Deus, e diz que ela obriga total e radical santidade. Ele exige uma mais profunda obediência, e não descaso ao mandamento de Deus. Ele é contra Ação desassociada do coração.                                                             
Rev. Jonas M. Cunha