segunda-feira, 21 de julho de 2014

A Bênção de Deus Enriquece

“A bênção de Deus enriquece, e, com ela, não traz desgosto”. Provérbios 10.22


A teologia da prosperidade está em alta. Essa interpretação, entretanto, está em desacordo com a Palavra de Deus.

Há ricos pobres e pobres ricos. John Rockfeller disse que o homem mais pobre que conhecia era aquele que só tinha dinheiro.
 Os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. 
 Não postulamos a teologia da prosperidade nem a teologia da miséria. A pobreza não é uma virtude nem a riqueza um pecado. A Bíblia é categórica em afirmar que a bênção de Deus enriquece, e, com ela, não traz desgosto.
 Deus é a fonte de todo bem. Dele procede toda boa dádiva. É Deus quem fortalece as nossas mãos para adquirirem riquezas. Riquezas e glórias vêm das mãos de Deus.
 A riqueza de Deus dá não é fruto da desonestidade. Não é produto do roubo nem da corrupção. A riqueza que Deus dá é fruto da bênção que vem do céu e do trabalho honrado feito na terra.
 Essa é uma riqueza que não traz desgosto nem tira o sono. Sua fonte é limpa, sua natureza é santa, seu propósito é sublime.
Extraído de Cada Dia
Rev. Jonas M. Cunha

domingo, 13 de julho de 2014

Aprofundando a Exigência da Lei

“Ouviste que foi dito... Eu, porém, vos digo...’’ Mateus 5. 27, 28


Após colocar o assunto sobre o cumprimento da lei, nos versos 17 a 20 do capítulo 5 de Mateus, Jesus vai explicar melhor e dar exemplos, pois apesar de Seus seguidores não serem justificados pela obediência à Lei, não são dispensados de observá-la, pelo contrário: “Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (v.20).

Ele deixa claro que a essência da Lei se identifica com a essência do Evangelho. Ambos têm sua origem, sua fonte em Deus, e revelam o caráter elevado que Deus espera de Seus filhos: mais do que atos exteriores aceitáveis, ou observações de regras, sem que sejam feitos à partir de um coração comprometido com o Senhor e o Seu Reino.
Como exemplo disto, Ele fala dos versos 27 a 32 a respeito da observação do 7º mandamento da lei, dada através de Moisés – “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém vos digo...” (v.27, 28a).
Jesus aprofunda a exigência da lei, não só quanto a limitação do mandamento mosaico que, à rigor, referia-se apenas a pessoas casadas, mas também quanto a sua observação apenas sobre o aspecto exterior e concreto do pecado, voltando o Seu olhar para o interior, para o coração da pessoa  - “qualquer que olhar ... com intenção impura, no coração, já adulterou ...” (v.28b).
A grande questão aqui não é sentir ou ter desejo sexual, pois o próprio Deus nos criou com este impulso, para a procriação da espécie humana, e para felicidade de Suas criaturas e ainda para glória Dele. Mas, também, nos criou seres morais e responsáveis, desejando que o sexo seja praticado dentro do padrão estabelecido por Ele (casamento).
Nos versos 29 e 30, Jesus ensina que a castração ou mutilação não resolve o problema, pois embora possa impedir o pecado quanto ao aspecto externo, não adianta nada quanto ao aspecto interno. O problema está na intenção, no coração do ser humano. Esta idéia tem base semelhante com aqueles que pensam que para se santificar e fugir das tentações, devem se isolar do mundo, vivendo em comunidades só de crentes, ou em monastérios.
Isto, porém, vai contra a idéia expressa na oração de Jesus “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal” (Jo 17.15), e contra aquilo que Ele ensinou antes, no próprio sermão do monte: “vós sois o sal da terra... vós sois a luz do mundo... Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5. 13, 14 e 16).
O que Jesus demonstra aqui nesta passagem, é que o Seu ensino não contradizia o do Velho Testamento, antes, o aprofundava. Seu objetivo é deixar claro o princípio por traz do mandamento. Não adianta “estar de acordo com a lei” apenas exteriormente, devemos viver de modo a agradar a Deus, não só preocupado em cumprir regras, mas que os nossos atos e palavras sejam expressão do caráter (interno) de um verdadeiro filho de Deus.
Rev. Jonas M. Cunha

terça-feira, 8 de julho de 2014

Restauração

“Vinde repousar um pouco...’’ Marcos 6.31



Quando os doze voltaram para casa, após um período agitado de ministério público, fizeram seus relatórios, e disseram a Jesus tudo quanto haviam feito e ensinado (Mc 6.30). É extremamente significativo que o Senhor não os empurrou de volta à ação, nem os espicaçou para iniciar novo empreendimento. Na verdade, nunca lemos que alguma vez ele sofresse de “afobação e pressa”. Nunca!

“Ele lhes disse: Vinda vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer. Então foram sós num barco para um lugar solitário.” Marcos 6.31-32 (Edição Contemporânea da Tradução de João Ferreira de Almeida).
Descanso e restauração não constituem luxo; são necessidades essenciais. Ficar a sós e descansar durante um período não é egoísmo; é ser parecido com Cristo. Pegar um dia de folga por semana, e presentear-se com um período de férias relaxantes e revigorantes não é carnal; é espiritual.
Nada há, nada absolutamente nada de invejável ou espiritual em coronárias entupidas, ou nervos esfrangalhados. Tampouco um programa ultra-ativo é, necessariamente, marca de uma vida produtiva. Podemos aprender com a natureza. Após a colheita sempre se segue um período de descanso; a terra precisa de algum tempo para renovar-se. A produção constante, sem restauração, esgota os recursos e, na verdade, diminui a qualidade do produto.
Você que é um grande realizador e viciado no trabalho vai enfrentar barreiras para deixar este ritmo desenfreado: 1. Falsa culpa – você vai sentir umas agulhadas de culpa ao dizer “não” às pessoas a quem você estava acostumado a dizer “sim”; 2. Hostilidade e incompreensão da parte dos outros – a maioria das pessoas não vai entender sua decisão no sentido de diminuir o ritmo, especialmente, aquelas que se encontram no barco do qual você está tentando sair; 3. Perspectivas pessoais dolorosas – não podendo preencher cada momento livre com algum tipo de atividade, você começará a ver seu verdadeiro eu, e não vai gostar de algumas coisas que antigamente contaminavam sua vida agitada. Entretanto, em pouco tempo, você dobrará a esquina e estará na estrada que o conduzirá a uma vida mais sadia, mais livre e mais plena de realizações.
É obvio que está conversa sobre descanso e restauração pode ser levada a outro extremo. Nenhum desses extremos é correto. Meu desejo é que todos permaneçamos no ponto da sabedoria. No equilíbrio. Com a mente certinha. Com boa saúde. Na vontade de Deus. Como você está?
Este momento de calma e reflexão é o que Davi tinha em mente quando escreveu a respeito de “pastos verdejantes” e “águas de descanso”. Beba em tranqüilidade! Usufrua tanto quanto puder da presença do seu amado Pastor.
Adaptado de livro “A Busca do Caráter” – Charles Swindoll

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Perdão

“...Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós.’’ Colossenses 3.13 b


Vemos famílias sendo destruídas por causa do ódio de uns pelos outros, parentes que não se falam mais devido a alguma desavença no passado. Disputas judiciais quanto a herança, bens ou guarda dos filhos em que o desentendimento é tão grande que não existe mais espaço para o diálogo e o respeito. Entre as nações não é diferente. O ódio e as disputas engatilham as inúmeras guerras.  Diante desta realidade só existem duas opções para encararmos esses fatos: ou perdoamos ou adoecemos.

No trecho de Mateus 18.23 a 35, Jesus trata desta questão do perdão. Um súdito foi perdoado pelo rei  de uma dívida muito grande, que ele não tinha condições de pagar. Era o equivalente a soma dos impostos recolhidos de todo Império Romano por 13 anos, cerca de 350 toneladas de ouro. Precisaria trabalhar 150 mil anos para conseguir quitar essa dívida.

                Esse primeiro trecho (v. 23 ao 27) nos remete ao grande amor de Deus por nós. Sendo Deus santo e todo o homem pecador, é impossível para nós pagarmos nossa dívida com Ele, pois todos somos culpados de não cumprir a Lei de Deus. “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.4b).
A narrativa continua e vemos que esse servo que foi perdoado encontrando um conservo que lhe devia 100 denários, não agiu da mesma forma, muito pelo contrário, foi cruel sufocando-o e levando-o para a prisão. Esse valor equivaleria a 3 meses de trabalho, algo que poderia ser quitado.
Ao saber do que havia acontecido o rei repreendeu aquele aquém tinha perdoado (v. 32 e 33). Esse trecho representa as nossas dívidas uns com os outros. São ínfimas perto do grande débito que tínhamos com Deus, portanto, se Deus assim nos perdoou de uma dívida imensa por que negamos o perdão a nossos semelhantes? Mas esse ato não ficou impune (v. 34-35). O que é ser entregue aos verdugos (ou carrasco)? Pode significar a nossa própria consciência que nos atormenta. Enquanto não resolvemos nosso sentimento de mágoa e ódio nosso coração fica cada vez mais adoecido.
Por que não conseguimos de fato viver esse perdão? A igreja é a comunidade de pessoas que foram perdoados pelo sangue do Cordeiro. Gente imperfeita que ainda luta contra o pecado. Por isso o perdão é vital para mantermos um relacionamento saudável e verdadeiro. A mágoa abre brecha para Satanás causar destruição. Devemos confessar nossos pecados uns aos outros e perdoar uns aos outros. Perdoar é não tratar o faltoso como ele mereceria mas sim com misericórdia. A ideia não é buscar culpados nem procurar saber quem tem razão, isso não importa! Perdoar é cancelar a dívida por completo sem mais acusações ou cobranças.
Não importa se você é o ofensor ou o ofendido. Não podemos dar desculpas e fugir dos que nos magoaram nem daqueles que nós ofendemos. É preciso enfrentar a realidade. O silêncio e o tempo não resolvem a situação. O perdão é a terapia para a alma, a libertação do fardo do ódio e da revolta. O perdão é a chave para cura das feridas do coração. O perdão que recebemos é a medida do perdão que devemos dar.
Presb. Ronaldo L. Cunha