terça-feira, 8 de julho de 2014

Restauração

“Vinde repousar um pouco...’’ Marcos 6.31



Quando os doze voltaram para casa, após um período agitado de ministério público, fizeram seus relatórios, e disseram a Jesus tudo quanto haviam feito e ensinado (Mc 6.30). É extremamente significativo que o Senhor não os empurrou de volta à ação, nem os espicaçou para iniciar novo empreendimento. Na verdade, nunca lemos que alguma vez ele sofresse de “afobação e pressa”. Nunca!

“Ele lhes disse: Vinda vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer. Então foram sós num barco para um lugar solitário.” Marcos 6.31-32 (Edição Contemporânea da Tradução de João Ferreira de Almeida).
Descanso e restauração não constituem luxo; são necessidades essenciais. Ficar a sós e descansar durante um período não é egoísmo; é ser parecido com Cristo. Pegar um dia de folga por semana, e presentear-se com um período de férias relaxantes e revigorantes não é carnal; é espiritual.
Nada há, nada absolutamente nada de invejável ou espiritual em coronárias entupidas, ou nervos esfrangalhados. Tampouco um programa ultra-ativo é, necessariamente, marca de uma vida produtiva. Podemos aprender com a natureza. Após a colheita sempre se segue um período de descanso; a terra precisa de algum tempo para renovar-se. A produção constante, sem restauração, esgota os recursos e, na verdade, diminui a qualidade do produto.
Você que é um grande realizador e viciado no trabalho vai enfrentar barreiras para deixar este ritmo desenfreado: 1. Falsa culpa – você vai sentir umas agulhadas de culpa ao dizer “não” às pessoas a quem você estava acostumado a dizer “sim”; 2. Hostilidade e incompreensão da parte dos outros – a maioria das pessoas não vai entender sua decisão no sentido de diminuir o ritmo, especialmente, aquelas que se encontram no barco do qual você está tentando sair; 3. Perspectivas pessoais dolorosas – não podendo preencher cada momento livre com algum tipo de atividade, você começará a ver seu verdadeiro eu, e não vai gostar de algumas coisas que antigamente contaminavam sua vida agitada. Entretanto, em pouco tempo, você dobrará a esquina e estará na estrada que o conduzirá a uma vida mais sadia, mais livre e mais plena de realizações.
É obvio que está conversa sobre descanso e restauração pode ser levada a outro extremo. Nenhum desses extremos é correto. Meu desejo é que todos permaneçamos no ponto da sabedoria. No equilíbrio. Com a mente certinha. Com boa saúde. Na vontade de Deus. Como você está?
Este momento de calma e reflexão é o que Davi tinha em mente quando escreveu a respeito de “pastos verdejantes” e “águas de descanso”. Beba em tranqüilidade! Usufrua tanto quanto puder da presença do seu amado Pastor.
Adaptado de livro “A Busca do Caráter” – Charles Swindoll