“Vinde repousar um pouco...’’ Marcos 6.31
Quando os doze voltaram para
casa, após um período agitado de ministério público, fizeram seus relatórios, e
disseram a Jesus tudo quanto haviam feito e ensinado (Mc 6.30). É extremamente
significativo que o Senhor não os empurrou de volta à ação, nem os espicaçou
para iniciar novo empreendimento. Na verdade, nunca lemos que alguma vez ele
sofresse de “afobação e pressa”. Nunca!
“Ele lhes
disse: Vinda vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque
havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer. Então foram sós
num barco para um lugar solitário.” Marcos 6.31-32 (Edição Contemporânea da
Tradução de João Ferreira de Almeida).
Descanso e restauração não constituem luxo;
são necessidades essenciais. Ficar a sós e descansar durante um período não é
egoísmo; é ser parecido com Cristo. Pegar um dia de folga por semana, e
presentear-se com um período de férias relaxantes e revigorantes não é carnal;
é espiritual.
Nada há, nada absolutamente nada de
invejável ou espiritual em coronárias entupidas, ou nervos esfrangalhados.
Tampouco um programa ultra-ativo é, necessariamente, marca de uma vida
produtiva. Podemos aprender com a natureza. Após a colheita sempre se segue um
período de descanso; a terra precisa de algum tempo para renovar-se. A produção
constante, sem restauração, esgota os recursos e, na verdade, diminui a
qualidade do produto.
Você que é um
grande realizador e viciado no trabalho vai enfrentar barreiras para deixar este
ritmo desenfreado: 1. Falsa culpa – você vai sentir umas agulhadas de culpa ao
dizer “não” às pessoas a quem você estava acostumado a dizer “sim”; 2.
Hostilidade e incompreensão da parte dos outros – a maioria das pessoas não vai
entender sua decisão no sentido de diminuir o ritmo, especialmente, aquelas que
se encontram no barco do qual você está tentando sair; 3. Perspectivas pessoais
dolorosas – não podendo preencher cada momento livre com algum tipo de
atividade, você começará a ver seu verdadeiro eu, e não vai gostar de algumas
coisas que antigamente contaminavam sua vida agitada. Entretanto, em pouco
tempo, você dobrará a esquina e estará na estrada que o conduzirá a uma vida
mais sadia, mais livre e mais plena de realizações.
É obvio que
está conversa sobre descanso e restauração pode ser levada a outro extremo.
Nenhum desses extremos é correto. Meu desejo é que todos permaneçamos no ponto
da sabedoria. No equilíbrio. Com a mente certinha. Com boa saúde. Na vontade de
Deus. Como você está?
Este momento de
calma e reflexão é o que Davi tinha em mente quando escreveu a respeito de
“pastos verdejantes” e “águas de descanso”. Beba em tranqüilidade! Usufrua
tanto quanto puder da presença do seu amado Pastor.
Adaptado
de livro “A Busca do Caráter” – Charles Swindoll