sábado, 25 de abril de 2015

A Súplica do Justo

 “...Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” Tiago 5.16b


No capítulo 6 de João encontramos a surpreendente narrativa da multiplicação dos pães e dos peixes realizada por Jesus, alimentando quase 5 mil homens. É digo de nota, neste evento, que Jesus ordenou aos seus discípulos que recolhessem as sobras, para que nada se perdesse (v.12).
 Desperdício
Segundo o Dicionário Aurélio, “desperdício” significa “esbanjamento; extravio, perda”. Se não se pode desperdiçar pães de cevada (na época, o mais em conta, consumido pela camada mais pobre da sociedade), muito menos deve-se desperdiçar a oração, um dos maiores dons de Deus. A razão da pobreza espiritual é uma só: o desperdício da oração. Ver Mateus 7.7-8 e Tiago 4.2.
 Fonte de poder
A carta de Tiago, capítulo 5, versos 12 a 18, enfatiza a oração como fonte de poder. A eficácia tem a ver com o resultado ou resposta positiva a oração feita. O cristão, que também passa por dificuldades, deve orar, quando estiver atravessando por dificuldades, assim como deve expressar gratidão ao vê-las transpostas. A dificuldade pode ser de saúde, ou de perdão, e até de ambos, como mostram os versos 14 e 15 (Tiago 5). Ligando ao verso 16, fica claro que o pecado é um obstáculo eficácia da oração.
 O exemplo de Elias
O “justo” é aquele que teme a Deus, que tem aliança com Ele, que foi salvo pelo Senhor (Salmo 1.6). O profeta Elias, muito conhecido nos tempos de Jesus, é citado para ilustrar “a oração do justo”(v.16b). Apesar dos grandes milagres que Deus fez por intermédio dele, como de Moisés, ele era apenas um homem, semelhante a nós, com uma natureza semelhante a nossa. Ele orou “com instância” (literalmente, “ele orou em oração”), orou sério, e Deus atendeu quando ele pediu para que não chovesse, e atendeu quanto ele orou de novo, pedindo para chover (1 Reis 17.1; 18.41-45).
 Podemos ter a mesma eficácia, mas, Mateus 7.7-8 e Tiago 4.2, deixam claro que não oramos tanto quanto deveríamos, e isto é um desperdício da oração!
             Rev. Jonas M. Cunha

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Equipe Ministerial

“Saúda-vos Aristarco, prisioneiro comigo, e Marcos, primo de Barnabé... e Jesus... 
Saúda-vos Epafras... Lucas, o médico amado, e também Demas.” Colossenses 4 .10-14




Ao final de sua carta aos colossenses (4.10-18), Paulo faz suas saudações finais e revela que ele não trabalhava sozinho, mas tinha uma equipe com ele. Outras pessoas ajudavam o apóstolo a realizar o seu trabalho (Atos 20.4; Romanos 16.1-16; Gálatas 1.1-2; Filipenses 4.2-3; 2 Tm 4.19-21; Tito 3.15). E talvez seja este o segredo do seu sucesso!
 A continuidade do ministério
“Sozinho você vai mais rápido, mas juntos vamos mais longe”. Algumas pessoas estão acostumadas a trabalhar sozinhas e têm dificuldade em trabalhar em grupo. Porém, quem faz tudo sozinho, quando para, seu ministério também para, mas quem faz em conjunto terá continuadores da sua obra. Assim como o ministério de Jesus, o ministério de Paulo teve continuidade porque ele trabalhava em equipe.
 Ministério Impactante
O trabalho feito em equipe tem uma força maior (“É melhor serem dois do que um...” Eclesiastes 4.9-12). Jesus escolheu 12 discípulos para estarem com ele (Marcos 3.13-15). Ele preparou discípulos para trabalharem juntos (Lucas 9.1-6). E ordenou aos apóstolos que investissem em outros (Mateus 28.18-20). Foi isto que Paulo e os outros apóstolos fizeram, e o mundo foi impactado pelo trabalho deles.
 Complementaridade no ministério
Além do aspecto de continuidade e força, existe o da complementaridade. Ninguém é bom em tudo. Ninguém possui todos os dons. Precisamos de ajuda para aperfeiçoar o nosso trabalho, para nos aconselhar, para nos exortar, para nos motivar, etc... Os mandamentos recíprocos demonstram isto (Tiago 5.16; Colossenses 3.16; Gálatas 6.2; etc). Há coisas que podemos fazer juntos que jamais poderíamos fazer sozinhos!
 Você pode ser como Paulo – mas para fazer uma grande obra para Deus precisa de companheiros para ajuda-lo. Ou, você pode ser como um dos companheiros de Paulo – ajudando aqueles que estão liderando a obra de Deus. Envolva-se nos trabalhos da igreja. Envolva-se no trabalho de Deus. Não pense que não pode fazer nada, ou, que pode fazer tudo sozinho (1 Coríntios 3.9).
Rev. Jonas M. Cunha

sábado, 11 de abril de 2015

Irmãos Amados e Fiéis

“Quanto à minha situação, Tíquico, irmão amado, e fiel ministro, e conservo no Senhor, de tudo vos informará...
 Em sua companhia, vos envio Onésimo, o fiel e amado irmão, que é do vosso meio.” Colossenses 4. 7 e 9




No texto acima, o apóstolo Paulo dá uma boa palavra sobre ambos os irmãos que foram enviados para levar notícias e encorajamento de Roma.
 Quem são Tíquico e Onésimo?
Tíquico é mencionado pela 1ª vez como integrante da comitiva de Paulo, em Atos 20.4. Ele era da província romana da Ásia (atual Turquia) e parece ter sido um dos mensageiros de Paulo até o fim de seu ministério (2Tm 4.12; Tt 3.12). Agora, alguns anos mais tarde, havendo passado algum tempo com Paulo em Roma durante o seu primeiro aprisionamento romano, Tíquico fora encarregado de levar não somente a carta aos colossenses (4.7,8) e a Filemom (8-22), mas também aos efésios (6.21-22). A descrição dele é parecida com a de Epafras (1.7), e as razões para a alta recomendação eram que ele, além ter acabado de passar algum tempo com Paulo, também era um homem de bom senso.
Onésimo era um dos milhões de escravos que havia no Império Romano. Ele fugira de seu senhor Filemom, depois de roubar-lhe, e finalmente, chegou a Roma, onde seu caminho se cruzou com o do apóstolo Paulo, que o levou a fé em Cristo (Fm 10). Agora, ele se defrontava com o dever cristão para com seu senhor, o que significava voltar à casa de Filemom em Colosssos. Uma vez que o castigo costumeiro dos em tais casos era a morte, Paulo escreveu a bela carta intecessória em seu favor.
 Para quê Paulo os envia?
Não apenas para levarem a carta, mas complementa-la “dar conhecimento da nossa situação”, mas também para “alentar o vosso coração” (v. 8).

Por que Paulo envia a eles e não outros?
Ao enviar Onésimo ao lado de Tíquico Paulo está dizendo aos crentes colossenses, inclusive a Filemom, que o considerava, pela graça de Deus, que estava agora justificando o significado de seu nome (útil, ajudador), como sendo também inteiramente confiável.
 Ao ser citado o seu nome em relação com o de Jesus, ou de outros crentes amados e fiéis, você se sente correspondente?
Rev. Jonas M. Cunha

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Testemunhando aos de Fora

 “Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades.” Colossenses 3.23


Depois do incentivo à oração, vem a ênfase na conduta sábia e na palavra agradável: “conduzam-se com sabedoria para com os de fora”. Para os judeus, todo não judeu era um “de fora”. E para p crente, todo não crente é, num certo sentido, um de fora.
 Nos dias da Igreja Primitiva, os crentes eram, com frequência, injuriados por esses “de fora”. Eram por exemplo, chamados de ateus, porque não serviam aos deuses visíveis; de antipatriotas, porque não queimavam incenso diante da imagem do imperador, e, imorais, porque, por necessidade, se reuniam frequentemente a portas fechadas. O apóstolo sabia que a melhor maneira de vencer essas calúnias era que os cristãos se conduzissem virtuosa e sabiamente. As vidas deles eram lidas por todos.
 Essa conduta sábia serve não apenas como uma arma contra a difamação, mas também tem um propósito positivo, de ganhar os de fora para Cristo. Que Paulo tinha isto em mente é evidente no fato de que ele acrescenta: “aproveitando ao máximo as oportunidades” (Rm 13.11,12; 1 Co 7.29; Gl 6.9,10, Ef 5.16).
 Eles (e nós) deveriam orar para que seu modo de falar fosse sempre o melhor. Tendo-se colocado antes como exemplo no proceder, Paulo agora admoesta os destinatários a serem igualmente cuidadosos no uso de sua língua (v. 6). Tanto ao se dirigir a um grupo como na conversação individual. A palavra agradável (resultante da ação da graça de Deus no coração humano) deve se tornar um hábito.
 “Temperada com sal” – aqueles a quem o Senhor chama de “sal da terra” (Mt 5.13) não devem ter linguagem insípida. Como o sal preserva e dá sabor, a palavra do crente deve fazer pensar e fazer bem a quem a ouve. Não é perda de tempo. Tal palavra não repele, antes, atrai, possui encanto espiritual. É também distinta: o crente é conhecido por sua palavra como por sua conduta. Cristo nos dará boca e sabedoria para saber como responder a cada um (1 Pe 3.15; Lc 21.14,15).
Você tem testemunhado aos de fora? Tem aproveitado as oportunidades?
Rev. Jonas M. Cunha