“...Muito pode, por sua eficácia,
a súplica do justo.” Tiago 5.16b
No capítulo 6 de João
encontramos a surpreendente narrativa da multiplicação dos pães e dos peixes
realizada por Jesus, alimentando quase 5 mil homens. É digo de nota, neste
evento, que Jesus ordenou aos seus discípulos que recolhessem as sobras, para
que nada se perdesse (v.12).
Desperdício
Segundo o Dicionário
Aurélio, “desperdício” significa “esbanjamento; extravio, perda”. Se não se
pode desperdiçar pães de cevada (na época, o mais em conta, consumido pela
camada mais pobre da sociedade), muito menos deve-se desperdiçar a oração, um
dos maiores dons de Deus. A razão da pobreza espiritual é uma só: o desperdício
da oração. Ver Mateus 7.7-8 e Tiago 4.2.
Fonte de poder
A carta de Tiago,
capítulo 5, versos 12 a 18, enfatiza a oração como fonte de poder. A eficácia
tem a ver com o resultado ou resposta positiva a oração feita. O cristão, que
também passa por dificuldades, deve orar, quando estiver atravessando por
dificuldades, assim como deve expressar gratidão ao vê-las transpostas. A
dificuldade pode ser de saúde, ou de perdão, e até de ambos, como mostram os
versos 14 e 15 (Tiago 5). Ligando ao verso 16, fica claro que o pecado é um
obstáculo eficácia da oração.
O exemplo de Elias
O “justo” é aquele que
teme a Deus, que tem aliança com Ele, que foi salvo pelo Senhor (Salmo 1.6). O
profeta Elias, muito conhecido nos tempos de Jesus, é citado para ilustrar “a
oração do justo”(v.16b). Apesar dos grandes milagres que Deus fez por
intermédio dele, como de Moisés, ele era apenas um homem, semelhante a nós, com
uma natureza semelhante a nossa. Ele orou “com instância” (literalmente, “ele
orou em oração”), orou sério, e Deus atendeu quando ele pediu para que não
chovesse, e atendeu quanto ele orou de novo, pedindo para chover (1 Reis 17.1;
18.41-45).
Podemos ter a mesma eficácia, mas, Mateus 7.7-8 e
Tiago 4.2, deixam claro que não oramos tanto quanto deveríamos, e isto é um
desperdício da oração!
Rev. Jonas M. Cunha