“Portai-vos com sabedoria para
com os que são de fora; aproveitai as oportunidades.” Colossenses 3.23
Depois do incentivo à
oração, vem a ênfase na conduta sábia e na palavra agradável: “conduzam-se com
sabedoria para com os de fora”. Para os judeus, todo não judeu era um “de
fora”. E para p crente, todo não crente é, num certo sentido, um de fora.
Nos dias da Igreja
Primitiva, os crentes eram, com frequência, injuriados por esses “de fora”.
Eram por exemplo, chamados de ateus, porque não serviam aos deuses
visíveis; de antipatriotas, porque não queimavam incenso diante da
imagem do imperador, e, imorais, porque, por necessidade, se reuniam
frequentemente a portas fechadas. O apóstolo sabia que a melhor maneira de
vencer essas calúnias era que os cristãos se conduzissem virtuosa e sabiamente.
As vidas deles eram lidas por todos.
Essa conduta sábia serve
não apenas como uma arma contra a difamação, mas também tem um propósito
positivo, de ganhar os de fora para Cristo. Que Paulo tinha isto em
mente é evidente no fato de que ele acrescenta: “aproveitando ao máximo as oportunidades”
(Rm 13.11,12; 1 Co 7.29; Gl 6.9,10, Ef 5.16).
Eles (e nós) deveriam
orar para que seu modo de falar fosse sempre o melhor. Tendo-se colocado antes
como exemplo no proceder, Paulo agora admoesta os destinatários a serem
igualmente cuidadosos no uso de sua língua (v. 6). Tanto ao se dirigir a um
grupo como na conversação individual. A palavra agradável (resultante da ação
da graça de Deus no coração humano) deve se tornar um hábito.
“Temperada com sal” –
aqueles a quem o Senhor chama de “sal da terra” (Mt 5.13) não devem ter
linguagem insípida. Como o sal preserva e dá sabor, a palavra do crente deve
fazer pensar e fazer bem a quem a ouve. Não é perda de tempo. Tal palavra não
repele, antes, atrai, possui encanto espiritual. É também distinta: o crente é
conhecido por sua palavra como por sua conduta. Cristo nos dará boca e
sabedoria para saber como responder a cada um (1 Pe 3.15; Lc 21.14,15).
Você tem testemunhado
aos de fora? Tem aproveitado as oportunidades?
Rev. Jonas M.
Cunha