segunda-feira, 15 de junho de 2015

Deus Inigualável e Incomparável

 “Não há entre os deuses semelhante a ti, Senhor; e nada existe que se compare às tuas obras.” Salmo 86.8



O livro de Salmos, além de ser uma coletânea de hinos, é também um livro de orações. Este salmo é uma oração de Davi, que começa nos versos 1 a 7 e termina com os versos 14 a 17, que envolvem uma divisão de adoração e ação de graças (versos 8 a 13).
 Verificamos no verso 1, que a miséria humana provê a ocasião da misericórdia divina. O “piedoso” é aquele que confia em Deus e a Ele dirige as petições (v.2), “de contínuo”, não esporadicamente, mas quem pertence a Deus busca comunhão ininterrupta. “Porque me respondes” (v. 7) – a oração se baseia na certeza da resposta divina.
 Dos versos 8 a 10, comprova-se o poder de Deus para atender às orações. Não sabemos confiar em Deus até que Ele nos transforme o coração (v.11). Dar graças “de todo o coração” (v. 12), revela um coração disposto e íntegro, pela obra de Deus. E o verso 13, fala da experiência pessoal do salmista “me livraste a alma”.
 Após demonstrar sua convicção de que Deus responde a oração, o autor continua sua súplica falando dos zombadores (v. 14),e da ameaça imediata. No verso 16, mais uma vez, como no verso 3, ele apela para o caráter compassivo de Deus.
 Seu pedido final (v.17), não por uma solução imediata, mas por um sinal que comprovasse que sua causa era correta, e limpasse seu bom nome, encerra-se com um tom de confiança: “pois tu, SENHOR, em ajudas e me consolas”. E isto, não por causa dele, mas por causa da Aliança de Deus com ele.
 Certamente a aflição e necessidade do salmista, que o impulsiona a orar, é algo com que nos identificamos. E é bem neste momento que nós estamos preparados para perceber a grandeza e a bondade do Senhor, e para reconhecer que só ele é Deus.
 Você tem buscado o Senhor continuamente? Ou tem vivido como os ímpios, que não O reconhecem como Deus, e não temem o Seu nome? (Peça o que o salmista pediu no v. 11).
 Rev. Jonas M. Cunha

Sede de Deus

 “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma.” Salmo 42.1



O Salmo 42 forma uma unidade poética com o Salmo 43. Exprime várias emoções em conflito, misturando-se a tristeza e a alegria, o medo e a fé, a dúvida e a devoção.
 Começa falando do anseio intenso pela comunhão com Deus, que deve ser a marca de todo crente. O salmista tem sede das águas vivas que só Deus pode conceder (Jr 2.13). Todo o seu ser clama pelo Deus vivo.(v. 1-2). Você tem apresentado esta característica em sua vida, ou para você tanto faz vir a casa de Deus para cultuá-lo ou não?
 A tristeza rouba-lhe o apetite de tal maneira que substituíra o prazer da refeição pela tristeza do choro. Ao vê-lo abatido, os inimigos aproveitam para tenta-lo abatê-lo ainda mias, desafiando-o a produzir provas de que Deus irá socorrê-lo. “O teu Deus, onde está?” (v.3).
 Ao recordar sua tristeza pessoal, com os insultos gratuitos adicionais, o salmista sentiu-se esmagado em seu íntimo, e apela para a memória daqueles momentos de triunfo quando subia ao templo para o culto, juntamente com o povo (v.4).
 O salmista conversa consigo mesmo, examinando seu próprio íntimo (v.5). E então, passa a buscar conversa com Deus, relembrando da sua comunhão com Ele no passado. Na oração é bom recordar o que Deus já fez por nós no passado (v.6).
 Após uma calamidade após a outra, o salmista reconheceu como sendo provações da parte de Deus, tempestades oriundas de Deus que revelariam todo o Seu amor e a Sua misericórdia (v. 7-8). Ele pediu ao Senhor uma compreensão real destes acontecimentos (v. 9-10).
 O resultado foi que o salmista reconheceu que não tinha motivo de queixas, pois Deus estava dirigindo tudo para o seu bem (v. 11; cf. Rm 8.28).
 Deus usa os momentos de provação para que o busquemos e reflitamos no Seu poder e amor
.Rev. Jonas M. Cunha

Migalhas

 “...Sim. Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.” Mat 15.27



Quantos de nós temos um cãozinho de estimação em casa? Gostamos dele. Tratamos dele. Mas, não deixamos de dar comida aos nossos filhos para dar a ele!
 No trecho de Mateus 15. 21-28, está registrado o diálogo que Jesus teve com uma mulher cananéia, ou seja, uma gentia, que lhe pedia que expelisse o demônio de sua filha.
 À princípio, Jesus não lhe deu ouvidos, mas ela insistiu, e continuou clamando atrás de Jesus e seus discípulos. Precisamos ser insistentes, ou seja, perseverantes em oração – Col 4.2.
 Jesus, então, dá uma resposta dura a mulher: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lança-lo aos cachorrinhos” (v. 26). Jesus deixa claro que tinha vindo para os judeus (Jo 1.12),mas deu atenção à mulher, e no final, mostrou que o evangelho é inclusivo. Ele admirou-se da fé demonstrada pela mulher, que sabia que não era merecedora daquela dádiva, mas que humilde e fé, estava disposta a se satisfazer, ainda que apenas com um pouco da graça de Deus (v. 27). Precisamos valorizar aquilo que Deus nos dá, ainda que pareça ser pouco, e não desprezar as bênçãos de Deus, como fez o povo de Israel - Nm 11.4-6.
 O desejo da mulher é realizado, e Jesus realiza mais uma cura à distância por causa da fé que ela demonstrou (v.28). Não há coisa difícil demais que o Senhor não possa realizar, mas será que temos fé suficiente para pedir-lhe. Jesus admirou-se da fé que aquela mulher estrangeira teve, apesar dos obstáculos que ela teve que enfrentar. Precisamos orar com fé. Algumas vezes Deus quer provar a nossa fé, ou desenvolver a nossa fé pela oração – Mt 17.20.
 O pouco com Deus se faz muito. Será que você está pedindo grandes coisas a Deus e não tem desprezado o que Deus tem te dado.  Não somos merecedores nem das migalhas, mas, ainda assim Ele nos abençoa ricamente. ( veja Lucas 12.48b).
 Rev. Jonas M. Cunha

Com Inveja dos Ímpios

 “Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos.” Salmo 73.3




Inveja pode ser definida como desejo de possuir um bem que pertence a outro, ou querer o que é dos outros para você. Ela mostra o quanto a pessoa se sente infeliz e sua atenção constante a respeito de outros.
 Asafe encontra a resposta ao intrigante problema da prosperidade dos ímpios. Antes, ele compartilha a angústia e a prova pela qual passou sua fé, e que ele quase perdeu (v.2). Ele revela uma franqueza enorme, confessando ter tido inveja e ter julgado apenas por aquilo que ele via.
 O “Altíssimo” (v.11) é quem recebe menos respeito, e o salmista tem a mortificação de ver o pecado não somente bem pago, como também tido em alta estima (v.10).
 Ele chega a pensar que foi perda de tempo sua sinceridade diante de Deus (v.13), demonstrando uma atitude egoísta (o que ganhei com isto?). Mas esta ideia chocou o escritor ao ponto dele adotar uma atitude mental melhor.
 A transformação do ponto de vista dele é registrada no v. 17 (“até que...”), consequência de muita reflexão e sondagem do coração antes. Mas a luz irrompe quando ele se volta para o próprio Deus, em adoração. Ele percebe o contraste da eternidade, soberania e existência independente, com o futuro daqueles homens a quem invejava.
 O julgamento não é apenas o fim lógico, mas a rejeição pessoal deles por parte de Deus (v.18-22). Mas nós, por outro lado, podemos ser chamados, com as boas vindas, sendo recebidos e reconhecidos (v. 23-26). Foi disto que o salmista se esquecera, pois nada pode cegar mais do que a inveja ou o ressentimento.
 O fato de se colocar na presença de Deus é que causou a mudança. Ela se tornou o seu deleite. Ela lhe dá coragem de enfrentar a própria morte (v.26). Pode ver agora seus queixumes e ciúmes como insensatos (v.27-28), apontando a conclusão anunciada no v. 1.
 Na presença de Deus temos a perspectiva correta!
 Rev. Jonas M. Cunha

Jó – Modelo de Pai

“Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava...” Jó 1.5a

No mês da família, não podemos esquecer que é Deus quem sustenta e abençoa nossa família, por isto devemos tê-lo como alicerce do nosso lar (Salmo 127.1).
 Todo pai se preocupa com o bem estar de seus filhos, de sua família, e trabalha para providenciar alimento, abrigo, roupas, boa educação, plano de saúde, presentes... Mas, diferentemente do pais do mundo, os pais cristão devem buscar além destas coisas, o bem estar espiritual de sua família. De que adianta providenciar todas as coisas materiais e estar longe de Deus?
 Jó era um homem muito próspero. Possuía muitos bens e uma grande família. Ele era reconhecido como um homem “temente a Deus” (Jó1.1). Ser prospero e ter uma família numerosa era sinal da benção de Deus.
 Mesmo tendo muitos afazeres, Jó levava a vida espiritual de sua família muito a sério. E mesmo tendo muitos afazeres, ele investia tempo e atenção à sua família, tanto que seus filhos eram unidos, viviam se convidando para comer na casa uns dos outros (Jó 1. 4).Certamente ele passou tempo com eles e transmitiu seus valores espirituais.
 Além disso, Jó orava com seus filhos e pelos seus filhos. Ele preocupava-se com o fato de que, durantes seus banquetes (provavelmente com vinho, danças, etc), eles pudessem ter pecado contra Deus, fazendo ou dizendo coisas que não agradassem a Deus, ou até mesmo algo errado que estivesse em seus corações (Jó 1.5).
 Este cuidado com a santificação de seus filhos não era algo esporádico, só em datas especiais, mas o final do verso 5 diz que “Assim o fazia Jó continuamente”.
  Será que fazemos como Jó, ou sempre estamos tão ocupados que nunca temos tempo para estar com nossa família? Temos transmitido nossos valores espirituais? Temos orado com e por nossos filhos? Temos levado a vida espiritual da nossa família à sério?
 Rev. Jonas M. Cunha