segunda-feira, 15 de junho de 2015

Com Inveja dos Ímpios

 “Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos.” Salmo 73.3




Inveja pode ser definida como desejo de possuir um bem que pertence a outro, ou querer o que é dos outros para você. Ela mostra o quanto a pessoa se sente infeliz e sua atenção constante a respeito de outros.
 Asafe encontra a resposta ao intrigante problema da prosperidade dos ímpios. Antes, ele compartilha a angústia e a prova pela qual passou sua fé, e que ele quase perdeu (v.2). Ele revela uma franqueza enorme, confessando ter tido inveja e ter julgado apenas por aquilo que ele via.
 O “Altíssimo” (v.11) é quem recebe menos respeito, e o salmista tem a mortificação de ver o pecado não somente bem pago, como também tido em alta estima (v.10).
 Ele chega a pensar que foi perda de tempo sua sinceridade diante de Deus (v.13), demonstrando uma atitude egoísta (o que ganhei com isto?). Mas esta ideia chocou o escritor ao ponto dele adotar uma atitude mental melhor.
 A transformação do ponto de vista dele é registrada no v. 17 (“até que...”), consequência de muita reflexão e sondagem do coração antes. Mas a luz irrompe quando ele se volta para o próprio Deus, em adoração. Ele percebe o contraste da eternidade, soberania e existência independente, com o futuro daqueles homens a quem invejava.
 O julgamento não é apenas o fim lógico, mas a rejeição pessoal deles por parte de Deus (v.18-22). Mas nós, por outro lado, podemos ser chamados, com as boas vindas, sendo recebidos e reconhecidos (v. 23-26). Foi disto que o salmista se esquecera, pois nada pode cegar mais do que a inveja ou o ressentimento.
 O fato de se colocar na presença de Deus é que causou a mudança. Ela se tornou o seu deleite. Ela lhe dá coragem de enfrentar a própria morte (v.26). Pode ver agora seus queixumes e ciúmes como insensatos (v.27-28), apontando a conclusão anunciada no v. 1.
 Na presença de Deus temos a perspectiva correta!
 Rev. Jonas M. Cunha