“Não há entre os deuses
semelhante a ti, Senhor; e nada existe que se compare às tuas obras.” Salmo 86.8
O livro de Salmos, além
de ser uma coletânea de hinos, é também um livro de orações. Este salmo é uma
oração de Davi, que começa nos versos 1 a 7 e termina com os versos 14 a 17, que
envolvem uma divisão de adoração e ação de graças (versos 8 a 13).
Verificamos no verso 1,
que a miséria humana provê a ocasião da misericórdia divina. O “piedoso” é
aquele que confia em Deus e a Ele dirige as petições (v.2), “de contínuo”, não
esporadicamente, mas quem pertence a Deus busca comunhão ininterrupta. “Porque
me respondes” (v. 7) – a oração se baseia na certeza da resposta divina.
Dos versos 8 a 10,
comprova-se o poder de Deus para atender às orações. Não sabemos confiar em
Deus até que Ele nos transforme o coração (v.11). Dar graças “de todo o
coração” (v. 12), revela um coração disposto e íntegro, pela obra de Deus. E o
verso 13, fala da experiência pessoal do salmista “me livraste a alma”.
Após demonstrar sua
convicção de que Deus responde a oração, o autor continua sua súplica falando
dos zombadores (v. 14),e da ameaça imediata. No verso 16, mais uma vez, como no
verso 3, ele apela para o caráter compassivo de Deus.
Seu pedido final (v.17),
não por uma solução imediata, mas por um sinal que comprovasse que sua causa
era correta, e limpasse seu bom nome, encerra-se com um tom de confiança: “pois
tu, SENHOR, em ajudas e me consolas”. E isto, não por causa dele, mas por causa
da Aliança de Deus com ele.
Certamente a aflição e
necessidade do salmista, que o impulsiona a orar, é algo com que nos
identificamos. E é bem neste momento que nós estamos preparados para perceber a
grandeza e a bondade do Senhor, e para reconhecer que só ele é Deus.
Você tem buscado o
Senhor continuamente? Ou tem vivido como os ímpios, que não O reconhecem como
Deus, e não temem o Seu nome? (Peça o que o salmista pediu no v. 11).
Rev. Jonas M.
Cunha