''homens dos quais o mundo
não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos
antros da terra. Ora, todos estes
que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização
da promessa,por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que
eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.” (Hebreus 11.38-40).
A igreja, neste momento,
precisa de homens, o tipo certo de homens, homens ousados. Afirma-se que
necessitamos de avivamento e de um novo movimento do Espírito; Deus sabe que
precisamos de ambas as coisas. A igreja suspira por homens que se consideram
sacrificáveis na batalha da alma, homens que não podem ser amedrontados pelas
ameaças de morte, porque já morreram para as seduções deste mundo. Tais homens
estarão livres das compulsões que controlam os homens mais fracos. Não serão
forçados a fazer as coisas pelo constrangimento das circunstâncias; sua única
compulsão virá do íntimo e do alto.
Esse tipo de liberdade é necessário.
Se quisermos ter novamente, em nossos púlpitos, pregadores cheios de poder, ao
invés de mascotes. Esses homens livres servirão a Deus e à humanidade através
de motivações elevadas demais, para serem compreendidas pelo grande número de
religiosos que hoje entram e saem do santuário. Esses homens jamais tomarão decisões
motivadas pelo medo, não seguirão nenhum caminho impulsionado pelo desejo de
agradar, não ministrarão por causa de condições financeiras, jamais realizarão
qualquer ato religioso por simples costume; nem permitirão a si mesmos serem
influenciados pelo amor à publicidade ou pelo desejo por boa reputação.
A verdadeira igreja jamais
sondou as expectativas públicas, antes de se atirar em suas iniciativas. Seus
líderes ouviram da parte de Deus e avançaram totalmente independentes do apoio
popular ou da falta deste apoio. Eles sabiam que era vontade de Deus e o
fizeram, e o povo os seguiu (às vezes em triunfo, porém mais frequentemente com
insultos e perseguição pública); e a recompensa de tais líderes foi a
satisfação de estarem certos em um mundo errado.
Outra característica do
verdadeiro homem de Deus tem sido o amor. O homem livre, que aprendeu a ouvir a
voz de Deus e ousou obedecê-la, sentiu o mesmo fardo moral que partiu os
corações dos profetas do Antigo Testamento, esmagou a alma de nosso Senhor
Jesus Cristo e arrancou abundantes lágrimas dos apóstolos.
Sim, o cristianismo
precisa novamente de homens, o tipo certo de homens, precisa buscar, em oração
e muita humildade, o surgimento de homens feitos da mesma qualidade dos
profetas e dos antigos mártires. Deus ouvirá os clamores de seu povo, assim
como Ele ouviu os clamores de Israel no Egito. Haverá de enviar libertação, ao
enviar libertadores. É assim que Ele age entre os homens. Revista fé para hoje!